O acordo foi rubricado em Teerão, depois de uma ronda de contactos entre o ministro da Energia e Recursos Naturais turco, Hilmi Guler, o seu homólogo iraniano, Parviz Fattah, e o ministro do Petróleo iraniano em funções, Gholam Hosein Nozari.
O conjunto das centrais permitirá gerar cerca de 16.000 megawatts de energia.
O acordo inclui ainda a criação de uma companhia comum para a construção de um gasoduto entre a cidade iraniana de Asaluye e a fronteira turca, que fornecerá cerca de 35 biliões de metros cúbicos anuais de gás à Europa.
Nos termos do acordo, o Irão permitirá a passagem pelo respectivo território do gás procedente do Turquemenistão com destino à Turquia.
«O nosso objectivo é estabelecer um sistema com base na reciprocidade dos direitos mútuos e que proteja as duas partes e os consumidores», declarou Hilmi Guler.
Os Estados Unidos, que não mantêm relações diplomáticas com Teerão mas que são um estreito aliado de Ancara, recusaram com veemência o acordo, objecções ignoradas pela Turquia, que anunciou que investirá cerca de 3.500 milhões de dólares nos campos de gás iranianos a partir do próximo ano.
Além de reforçar os laços nos campos económico e energético, os dois países estarão também a colaborar a nível das forças de segurança da Turquia e Irão, com ataques simultâneos nos últimos dias na luta contra os terroristas do PKK no Curdistão iraquiano, segundo o Governo semi-autónomo do norte do Iraque.
O exército turco tem cerca de 200.000 efectivos na fronteira comum com o Iraque, enquanto aguarda luz verde do Governo e do Parlamento de Ancara para realizar uma vasta ofensiva no país vizinho.
No entanto, o perigo de uma operação transfronteiriça iminente no Curdistão iraquiano já não vem da Turquia, mas sim do Irão, acusou o PUKmedia, o portal de notícias da União Patriótica do Curdistão (PUK), o partido do presidente iraquiano, Yalal Talabani.
De acordo com o PUKmedia, o exército iraniano destacou tropas adicionais durante a última semana para o cruzamento de Haji Omaran, na fronteira entre o Irão e o norte do Iraque, zona onde se registaram intensos combates e lançamento de foguetes, na sequência dos quais morreram cerca de 40 membros da Guarda Revolucionária iraniana e unas 200 famílias iraquianas se viram obrigadas a abandonar as casas, segundo a mesma fonte.Diário Digital
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