quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Académica detida no Irão por espionagem vai ser libertada sob caução

A académica com dupla nacionalidade irano-americana Haleh Esfandiari, detida no Irão desde Maio por acusações de espionagem, vai ser libertada sob o pagamento de uma caução de cerca de 244 mil euros, confirmou o seu advogado.

“Posso confirmar que foi libertado por uma caução de três mil milhões de rials [244.771 euros]”, avançou Shirin Ebadi. Uma fonte judicial indicou, por sua vez, à AFP que Haleh Esfandiari deverá ser libertada ainda hoje.

A Casa Branca já reagiu ao anúncio de libertação, através do seu porta-voz, Gordon Johndroe, considerando que se trata de uma “notícia encorajadora, que os Estados Unidos saúdam”.

A detenção de Esfandiari, que se encontrava em Teerão em Maio para visitar a sua mãe, e de outros três irano-americanos pelas autoridades iranianas nos últimos meses ajudou a fomentar as tensões entre as relações entre os Estados Unidos e o Irão.

Além de Esfandiar, que trabalha para o U.S. Woodrow Wilson International Center for Scholars, a polícia iraniana deteve pelas mesmas acusações de espionagem Kian Tajbakhsh, um consultor do Instituto Soros, fundado pelo investidor multimilionário George Soros. Um terceiro irano-americano foi já libertado sob caução, enquanto um quarto continua detido.

No mês passado, a televisão iraniana divulgou as legadas confissões de Esfandiari e Tajbakhsh, que segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano revelaram um “complot” com apoio norte-americano para derrubar as leis clericais iranianas.

Os Estados Unidos consideram as confissões “ilegítimas e forçadas” e pressionaram o Governo de Teerão a libertar os quatro detidos.

Público, 21 de Agosto de 2007 [fonte]

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