quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Evo Morales defende cooperação da Bolívia com o Irã


O presidente da Bolívia, Evo Morales, defendeu nesta terça-feira (25) sua cooperação com o Irã e reiterou que recuperará os campos de petróleo e gás em solo boliviano se as empresas que os operam não investirem nele.

"As famílias indígenas são da cultura do diálogo e da vida, sem marginalização nem discriminação, sobre a unidade, solidariedade e complementaridade", disse Morales em reunião com jornalistas na véspera de sua participação na 62ª Assembléia Geral da ONU.

"Por isso, vamos abrir relações comerciais e diplomáticas com todos os países com que possamos nos complementar em defesa da vida", afirmou o governante boliviano, descartando que sua nação vá fazer acordos com "políticas ou programas que atentem contra a vida".

A Bolívia quer "se complementar no âmbito petroquímico" com o Irã, assegurou Morales, que "sonha" em ter fábricas processadoras de leite e fruta, produtos que o país andino já importa do asiático, um desejo que os fez chegar a este acordo.

Visita
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, chegará à Bolívia na próxima quinta-feira (27) para assinar vários acordos de cooperação com Morales que facilitem a transferência de tecnologia e a instalação de fábricas industrializadoras.

Sobre o programa nuclear iraniano, o líder boliviano opinou que "as acusações internacionais abundam", falando que quando ele era dirigente sindical o chamaram de "terrorista, assassino, narcotraficante e (Osama) Bin Laden latino".

Também no âmbito exterior, defendeu que seu partido foi permanentemente vítima do Departamento de Estado dos Estados Unidos, "antes com mais força", mas que continua havendo funcionários que "incitam o desgaste de Evo Morales".

Criticou igualmente a política de vistos desse país, pelo que confirmou sua decisão de reivindicar também essas permissões para a entrada de cidadãos americanos na Bolívia.

"O tema dos vistos tem que ser recíproco", disse Morales, que em 2006 teve que esperar oito dias para receber o documento para viajar à Assembléia da ONU, segundo explicou.

Fraquezas
No âmbito nacional, reconheceu que foi difícil entender a administração do Estado e que durante seu mandato houve conquistas, mas também "fraquezas", como o crescimento econômico de 3% ou 4 % e uma inflação que poderia chegar este ano a 8% ou 9%.

Nesse sentido, lamentou que haja monopólios que controlam os preços para subi-los e que seja praticada uma "sabotagem interna por parte dos inimigos internos" de seu Governo, "a oligarquia e os neoliberais", que contam com "cooperação exterior para desgastar sua administração.

Outra fraqueza à qual se referiu foi a falta de investimentos no mercado interno do gás, uma carência na qual se comprometeu a trabalhar.

Morales advertiu que há algumas empresas que têm explorado o petróleo e o gás em alguns campos mas que não tem feito investimentos neles, reiterando que se não o fizerem, o Governo vai recuperá-los.

O presidente boliviano confirmou que o projeto da nova Constituição do país inclui uma cláusula para a reeleição presidencial consecutiva e ilimitada.

"É uma iniciativa dos movimentos sociais, especialmente do indígena. É um sentimento do povo", esclarecendo que nunca pensou na reeleição.

G1

«No nosso país não há homossexuais»

O presidente do Irão, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou esta segunda-feira que não existe homossexualidade no país que preside. Durante uma conferência na Universidade de Columbia, Nova Iorque, perguntaram-lhe sobre os direitos dos homossexuais no Irão. «No nosso país não há homossexuais», afirmou Ahmadinejad.

Incomodado com o tema, o presidente iraniano preferiu falar sobre os direitos das mulheres. Perante a insistência da pessoa que o questionava, hesitou alguns segundos e negou a existência deste tipo de orientação sexual no Irão. Recorde-se que no país homossexualidade é crime punível com pena de prisão.

O tema foi muito debatido recentemente quando uma lésbica iraniana, Pegah Emambakhsh, que corria o risco de ser deportada pelo Reino Unido temia ser apedrejada ao voltar para o seu país. Emambakhsh refugiou-se no Reino Unido em 2005 depois de a sua parceira ter sido detida, torturada e apedrejada no Irão.

Portugal Diário

Rice diz que EUA cogitam mais sanções contra o Irã


NOVA YORK (Reuters) - A secretária norte-americana de Estado, Condoleezza Rice, disse na segunda-feira que os Estados Unidos cogitam novas sanções contra o Irã, inclusive contra a força Quds, a tropa de elite da Guarda Revolucionária.

"Podemos designar muito mais entidades (iranianas na lista de sanções)", disse Rice à Reuters. "Houve alguns indivíduos e entidades da força Quds já designados, e vamos examinar a perspectiva de fazer isso com a organização como um todo."

Os EUA acusam a força Quds de incitar à violência no Iraque e de treinar e equipar insurgentes que atacam as tropas norte-americanas. Teerã nega qualquer interferência no país vizinho.

"Lembrem-se que o problema com a força Quds é que ela tem uma rede de atividades no apoio ao terrorismo, mas também, acreditamos, uma rede de atividades em apoio à proliferação (de armas nucleares)", acrescentou.

Rice reiterou que todas as opções -inclusive a militar- continuam sobre a mesa, mas deixou claro que os EUA preferem por enquanto seguir o caminho da diplomacia contra o Irã.

Entretanto, ela cobrou mais urgência nos esforços internacionais para convencer Teerã a abandonar as atividades de enriquecimento, que Washington teme que sejam voltadas para o desenvolvimento de armas atômicas -o que a República Islâmica nega.

"É extremamente importante que a trilha diplomática demonstre alguma vida", afirmou a secretária.

China e Rússia, que têm poder de veto no Conselho de Segurança da ONU, relutam em aceitar um terceiro pacote de sanções internacionais contra Teerã.

O Globo

Nos EUA, Ahmadinejad diz que não negou o Holocausto


O presidente do Irão, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou durante um debate na Universidade de Columbia que nunca negou a existência do Holocausto. "Não disse que ele nunca aconteceu. O que questionei foi que, tendo acontecido, o que é que ele tem a ver com o povo palestiniano?" Ahmadinejad respondia ao presidente da universidade, Lee Bollinger, que no discurso de apresentação fez diversas perguntas e acusou o presidente iraniano de mostrar todas as características de "um ditador cruel e mesquinho". Mais de 700 pessoas, na maioria estudantes, participaram da conferência, que foi transmitida pela rede de televisão CNN.

Ahmadinejad sorriu diante da apresentação de Bollinger, mas depois deu sinais de tensão à medida em que este falava. O presidente da Universidade fora muito criticado pelo convite ao presidente do Irão e prometera dirigir-se a Ahmadinejad com palavras duras. O resultado foi além do que seria normal esperar: "O senhor é imprudentemente provocador ou espantosamente inculto", acusou Bollinger, ao referir-se à negação do Holocausto.

Ahmadinejad começou a sua resposta afirmando que Bollinger utilizou um tratamento não amigável devido às pressões da imprensa e de políticos americanos. "Infelizmente, houve insultos e afirmações que não foram correctas", disse. "Não vou deixar-me afectar por este tratamento inamistoso". O presidente do Irão disse ainda que gostava que se realizassem mais investigações sobre o assunto e que Israel aproveita-se do Holocausto para justificar os maus-tratos aos palestinianos.

Terrorismo

Perguntado sobre os motivos que levam o seu país a apoiar o terrorismo, Ahmadinejad disse que o Irão é vítima do terrorismo e defendeu que é necessário investigar as suas verdadeiras raízes e causas. Referindo-se em concreto ao 11 de Setembro de 2001 nos EUA, perguntou: "Por que ocorreu? Qual foi a sua causa? Que condições levaram a ele? Quem esteve realmente envolvido?" Ahmadinejad manifestara a vontade de visitar o Ground Zero, mas não foi autorizado.

O presidente insistiu que o Irão é uma nação pacífica que quer defender o seu direito a continuar um programa nuclear. "Somos membros da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) e a agência estipula que todos os Estados membros têm o direito à tecnologia nuclear", acrescentou.

"Queremos ter o direito a uma energia nuclear pacífica", repetiu.

Homossexuais

Questionado por que são condenados à morte homossexuais no Irão, Ahmadinejad

afirmou que não há homossexuais no seu país, provocando risos na assistência. "No Irão não temos este fenómeno, não sei quem lhe disse que temos." Assegurou ainda que as mulheres, "as melhores criaturas criadas por Deus", são as "mais livres do mundo", e participam em todos os níveis da sociedade e têm muitas responsabilidades. Disse ainda que o seu país tem um dos maiores níveis de participação da sociedade, e que nas eleições "participa 80% a 90% da população".

Dezenas de manifestantes juntaram-se diante da universidade, com cartazes que acusavam Ahmadinejad de querer ser um "novo Hitler".

Mas o director defendeu o convite a Ahmadinejad por se tratar de liberdade académica e de expressão. "É muito importante conhecer os líderes dos países que são adversários", afirmou Bollinger ao programa Good Morning America, da rede ABC.

Esquerda

Presidente do Irã visitará a Bolívia


LA PAZ (AFP) — O presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, chegará à Bolívia no próximo dia 27, para assinar acordos de integração comercial e energética, anunciou nesta segunda-feira Alex Contreras, porta-voz do governo do presidente Evo Morales.

Ahmadinejad chegará a La Paz depois de se reunir, em Caracas, com o presidente venezuelano Hugo Chávez, segundo foi informado no fim de semana em Nova York.

La Paz e Teera estabeleceram relações diplomáticas no início do mês, em um acordo assinado na capital do Irã pelos chanceleres dos respectivos países.

AFP Brasil

Chávez confirma que Ahmadinejad visitará a Venezuela nos próximos dias


Caracas, 23 set (EFE).- O presidente venezuelano, Hugo Chávez, confirmou hoje que "nos próximos dias" a Venezuela será novamente visitada pelo governante do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, e destacou que nenhum dos dois países, com tensas relações com os Estados Unidos, constrói bombas atômicas.

"Isto é revolução petroquímica, não bombas atômicas; como Ahmadinejad nos visitará nos próximos dias dirão por aí que avançamos na construção de bombas atômicas", disse Chávez ao inaugurar a ampliação de instalações petroquímicas no Lago de Maracaibo, noroeste venezuelano.

O presidente do Irã anunciou que, após participar na terça-feira da Assembléia da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York, viajará para Venezuela e Bolívia, duas nações latino-americanas com tensas relações com os Estados Unidos, embora não tenha informado a data exata das visitas.

Chávez também revelou que o presidente da Bolívia, Evo Morales, fez nas últimas horas uma breve passagem pela Venezuela a caminho de Nova York, onde também participará da Assembléia Geral da ONU.

"Quero dizer que hoje, à meia-noite, esteve na Venezuela, fazendo uma escala em Maiquetía (perto de Caracas) rumo a Nova York, o irmão presidente da Bolívia, e o chanceler Nicolás (Maduro) o recebeu e conversou com ele" assuntos não revelados, afirmou.

Desde sua eleição em 2005, Ahmadinejad estabeleceu relações privilegiadas com Chávez, no poder desde 1999, e ambos se visitaram em duas vezes e três oportunidades, respectivamente.

Os dois países assinaram desde então diversos acordos e convênios em diferentes setores econômicos, com investimentos recíprocos de mais de US$ 10 bilhões, cerca da metade para projetos petrolíferos na Venezuela.

Na visita de Chávez ao Irã em julho, o presidente pôs com Ahmadinejad a pedra fundamental de um complexo petroquímico bilateral no país, e ambos devem fazer o mesmo na próxima semana com um complexo semelhante na Venezuela.

A nova visita de Ahmadinejad ocorre depois que, em 18 de setembro, um centro de estudos políticos de Washington indicou que Chávez transformou a Venezuela em um refúgio de terroristas.

"Infelizmente, está buscando alianças abertamente hostis aos Estados Unidos, incluindo o Irã e a Coréia do Norte, e com nações que cada vez se opõem mais aos interesses dos Estados Unidos e seus aliados, como a China e Rússia".

A acusação faz parte do documentário "Crisis in the Americas", do "American Security Council Foundation" (ASCF), que sustenta que Chávez "está transformando seu país em uma base de terroristas de todo o mundo, incluindo grupos do Oriente Médio, tais como Hisbolá e Hamas".

Último Segundo

Pré-candidato republicano quer proibir presença de Ahmadinejad na ONU


WASHINGTON (AFP) — Um dos candidatos republicanos à Casa Branca em 2008, Mitt Romney, afirmou nesta segunda-feira que o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad deveria ser proibido de participar na Assembléia Geral das Nações Unidas na semana que vem e o acusou de genocídio.

O ex-governador de Massachusets pediu ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que retire o convite ao presidente iraniano para participar na Assembléia Geral da organização e disse que o governo americano deveria reconsiderar seu apoio financeiro à organização internacional se Ki-moon não fizer isso.

"Eu peço às Nações Unidas para anular qualquer convite ao presidente Ahmadinejad em relação à Assembléia Geral", afirmou o candidato numa carta. Se o presidente iraniano "colocar o pé em solo americano, ele deverá ser indiciado pelas regras da Convenção de Genebra por genocídio", acrescentou.

"Os Estados Unidos e o mundo devem adotar uma posição forte contra o regime terrorista iraniano e o momento de agir é agora", disse ainda.

Se a ONU não reagir às ameaças do Irã, disse Romney, "os Estados Unidos devem reconsiderar seu nível de financiamento às Nações Unidas no momento em que nós queremos reconstruir e revitalizar as alianças internacionais para fazer frente às ameaças do século XXI".

Romney, 60 anos, um protestante multimilionário, está na frente nas sondagens nos Estados de Iowa (centro) e de New-Hampshire (leste).

AFP Brasil

Ahmadinejad promete festival de propaganda


"A Assembleia Geral é um teatro onde actuam os Ahmadinejad e outros do género, uma twilight zone que serve de palco a ditadores com megafones de lata. Deve ser tratada como produção off-Broadway". A frase é de John Bolton, ex-embaixador americano na ONU. Nada que os políticos não saibam. Por isso, eles tentam a tirada de impacto, o gesto que lhes assegure entrada na memória colectiva.

No ano passado, Hugo Chávez saiu-se com "este lugar cheira a enxofre", por antes lá ter passado o "demónio" George W. Bush. Em 1975, Idi Amin, do Uganda, exigiu aos EUA que se livrassem "dos sionistas" e "a extinção de Israel como estado". Um ano antes, Yasser Arafat, com um coldre vazio a fingir que estava armado, ameaçava: "Vim com um ramo de oliveira e a arma de um lutador pela liberdade. Não façam com que o ramo me caia das mãos." O ano mais marcante foi 1960, quando Fidel Castro debitou uma tirada de quatro horas e Nikita Krushchev martelou com o sapato na bancada para protestar contra a crítica de um delegado à União Soviética.

Como em todas as produções off-Broadway, a publicidade ao show é fundamental para o êxito. Este ano, Mahmud Ahmadinejad ganhou notoriedade antes mesmo de subir ao palco.

No ano passado, pediram-lhe para discursar na Universidade de Columbia, mas o pedido foi recusado. Este ano vai lá, com a condição de o presidente da universidade, Lee Bollinger, o interpelar sobre as suas posições mais polémicas, como a defesa da destruição de Israel e a negação do Holocausto nazi. Era, portanto, necessário encontrar um golpe publicitário mais forte - como, por exemplo, um pedido de visita ao Ground Zero, símbolo do maior dos ataques terroristas.

Em entrevista à CBS, Ahmadinejad disse estar espantado com a reacção dos americanos ao considerarem o pedido um insulto: "Porquê? Normalmente vamos a esses locais demonstrar respeito e dar o nosso ponto de vista sobre as raízes desses incidentes."

Com base na falta de segurança devido à construção da Torre da Liberdade, a 11 de Setembro o mayor Michael Bloomberg recusou às famílias das vítimas a ida ao Ground Zero para assinalarem os seis anos dos atentados. Foi assim fácil à polícia de Nova Iorque recusar a pretensão de Ahmadinejad.

A polémicaserve os intentos do presidente iraniano: ele pode mostrar aos seus compatriotas os tablóides americanos classificando-o de idiota por ter querido prestar respeito às vítimas e iluminá-los sobre as acções de Washington que originaram os atentados.

Passada a fase propagandística, as 48 horas de Amadinejad em Nova Iorque deverão ser calmas. Estamos no Ramadão, época que aconselha o retiro e jejum durante o dia. Haverá uma grande manifestação junto das Nações Unidas, mas afastada uns quantos quarteirões, e Ahmadinejad nem a verá. Pelo contrário, terá que atravessar a manifestação prevista para amanhã junto à Universidade de Columbia.

Na noite de terça-feira, regressa a Teerão certo de ter sido a estrela da 62ª Assembleia Geral da ONU.

Mas talvez tenha surpresas. Há uns cem anos, os nova-iorquinos encontraram uma resposta à altura para um visitante do género. Contou o presidente Theodore Roosevelt nas memórias (em 1913) que, quando era comissário da polícia de Nova Iorque, teve que prover a segurança a um dirigente alemão conhecido pelas opiniões anti-semitas. Roosevelt teve o cuidado de escolher para a segurança um grupo de agentes todos eles judeus.

Escreveu Roosevelt que "a melhor coisa a fazer é torná-los ridículos. Foi a resposta mais eficiente; e ao mesmo tempo uma lição para o nosso povo, para aprender que não devem existir divisões baseadas no ódio de classes".

Diário de Notícias

Presidente do Iraque exige aos EUA que liberte civil iraniano


O presidente do Iraque, Jalal Talabani, exigiu hoje a libertação imediata do funcionário civil iraniano Agai Mahmudi Ferhadi, detido quinta-feira pelas tropas norte-americanas no norte do Iraque.

O exército dos Estados Unidos deteve Ferhadi quinta-feira num hotel de Souleimaniyeh, cidade do Curdistão iraquiano situada 330 quilómetros a norte de Bagdad, alegando que o iraniano fornecia armas a grupos rebeldes.

O presidente do Iraque exigiu aos norte-americanos a libertação imediata de Ferhadi, sublinhando que se trata de um funcionário civil iraniano que integrava uma delegação comercial da província de Kermanshah (Oeste do Irão) em visita oficial ao Iraque com conhecimento do governo de Bagdad e das autoridades do Curdistão.

"Reclamo a sua libertação imediata para manter as boas relações entre a região do Curdistão e o Irão e para a prosperidade do Curdistão", afirma Talabani na carta de protesto dirigida ao embaixador dos Estados Unidos em Bagdad, em que manifesta o seu "descontentamento face à prisão de um visitante civil sem que o governo do Curdistão fosse informado".

"Vocês humilharam o governo regional [do Cudistão] e ignoraram a sua autoridade", acrescenta a carta do presidente iraquiano.

Talabani indicou que as autoridades iranianas ameaçaram fechar a fronteira com o Curdistão, o que causará danos consideráveis ao comércio daquela região autónoma no mês do Ramadão (jejum muçulmano).

O governo do Irão já protestou contra a detenção de Ferhadi junto das autoridades do Iraque e considerou-a como um atentado contra a soberania do Iraque e uma ingerência do exército norte-americano nos assuntos internos daquele país.

Jornal de Notícias

Filhos de Che Guevara homenagearam os mártires


Os filhos de Che Guevara, grande revolucionário da América do Sul, visitaram o cemitério dos mártires da guerra imposta pelos EUA entre a República Islâmica do Irão e o Iraque, demonstrando assim o seu respeito.

Os filhos mais velhos do Dr. Ernesto Guevara, Aleida e Camilo Guevara, na sua primeira visita ao Irão além de visitarem o cemitério conheceram a sua história e papel de marco espiritual dos combatentes e dos símbolos da Revolução islâmica.

Os filhos de Guevara visitaram também a casa do fundador da República Islâmica, o imã Khomeini (que descanse em paz).

Irã apresenta novo míssil de longo alcance em plena crise por questão nuclear


TEERÃ (AFP) — O Irã apresentou neste sábado seu novo míssil de longo alcance, capaz de atingir Israel e as bases americanas na região, em uma parada militar realizada em meio à crescente pressão internacional contra o programa nuclear de Teerã.

O apresentador militar oficial da parada, exibindo o texto de seu discurso, informou a alguns jornalistas que o "Ghadr-1" (que significa "poder") tem "um alcance de 1.800 quilômetros e funciona com combustível líquido".

Um exemplar desse míssil foi exibido junto com um Shahab-3, cujo alcance é de 1.300 km, segundo o apresentador oficial da parada. O novo míssil parece ser um modelo aperfeiçoado do "Shahab-3".

O governo de Teerã aproveitou o desfile que comemorava o início da guerra entre Irã e Iraque (1980-88) para exibir sua nova arma e reiterar seu desafio aos países ocidentais, em plena crise causada por seu programa nuclear.

"Aqueles que pensam que com instrumentos antiquados, como a guerra psicológica e as sanções econômicas, podem impedir a marcha do Irã rumo ao progresso, se enganam completamente", disse o presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, em seu discurso aos participantes da parada militar.

Ahmadinejad disse que o Irã "é uma potência influente (...) e que o mundo deve saber que essa potência sempre esteve a serviço da paz, da estabilidade, da fraternidade e da justiça".

Denunciou a presença "de forças ilegítimas (americanas) na região" como "a causa de todas as divergências e ameaças", exigindo sua retirada "em benefício dos povos da região".

Este ano, ao contrário de 2006, várias acusações dirigidas a americanos e israelenses foram feitas durante o evento.

Em alguns veículos se podia ler: "Morte à América", ou "Israel deve ser apagado do mapa", frase pronunciada em 2005 pelo presidente iraniano e que gerou a condenação da comunidade internacional.

Autoridades militares européias não compareceram ao desfile, assim como em 2006 para evitar um mal-estar, segundo um diplomata europeu. Em 2005 se retiraram da tribuna em sinal de protesto.

No começo do desfile foram feitas exibições com três caças Saegheh, o novo avião de guerra iraniano que havia sido apresentado na quinta-feira.

O desfile foi realizado no dia seguinte a uma reunião das grandes potências para decidir possíveis novas sanções contra a República Islâmica.

Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (China, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha e Rússia) junto com a Alemanha se reuniram na sexta-feira para estudar um terceiro pacote de sanções contra o programa nuclear do Irã.

No entanto, parece que no encontro voltaram a ficar patentes as divergências entre os Estados Unidos e os países europeus, de um lado, e Rússia e China, de outro, em relação ao tema.

Os países ocidentais acusam o Irã de querer produzir a bomba atômica sob o pretexto de levar adiante um programa nuclear com fins pacíficos.

O ministro francês das Relações Exteriores, Bernard Kouchner, se referiu no início desta semana à possibilidade de uma "guerra", embora depois tenha dito que tudo será feito para evitá-la.


AFP Brasil

sábado, 22 de setembro de 2007

Ahmadinejad é proibido de visitar o Marco Zero


Presidente iraniano pretendia promover visita e depositar flores no local durante sua estada em Nova York

NOVA YORK - O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, pediu autorização para depositar flores no Marco Zero de Nova York, onde ficava o World Trade Center, mas a polícia local rechaçou a requisição. Ahmadinejad, que chegará a Nova York depois de amanhã para discursar durante a Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), havia pedido no mês passado à prefeitura nova-iorquina e ao Serviço Secreto dos Estados Unidos autorização para visitar o Marco Zero. Diplomatas americanos criticaram a iniciativa como uma tentativa de transformar uma eventual visita ao local atacado em 11 de setembro de 2001 em uma jogada de marketing. Paul Browne, porta-voz da polícia local, alegou que a requisição de Ahmadinejad foi rejeitada porque há obras no local, além de preocupações com a segurança.

Em Washington, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, defendeu a decisão da polícia nova-iorquina. “Posso entender por que eles não querem ali alguém que dirige um país que é um Estado patrocinador de terrorismo”, acusou. Mohammad Mir Ali Mohammadi, porta-voz da missão iraniana na ONU, disse não ter sido notificado formalmente sobre a recusa da polícia, mas lamentou a decisão. “O presidente Ahmadinejad pretendia depositar flores no local do Marco Zero com o objetivo de homenagear as vítimas dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001. Temos a esperança de que ainda seja possível conversar com o departamento de polícia a respeito”, comentou.

O comissário de polícia revelou anteontem que a prefeitura estava analisando o pedido de Ahmadinejad, causando alvoroço entre políticos americanos e familiares das vítimas. EUA e Irã não mantêm relações diplomáticas desde 1979, quando Washington rompeu os contatos com Teerã depois de estudantes iranianos terem protagonizado uma tomada de reféns na embaixada americana em Teerã que durou mais de um ano.

Ao mesmo tempo, os EUA acusam o Irã de manter em segredo um programa nuclear com fins bélicos e de armar rebeldes xiitas no Iraque. Teerã nega as acusações. Anteontem, Zalmay Khalilzad, embaixador americano na ONU, disse que os EUA não apoiariam a tentativa iraniana de “usar o local para uma jogada de marketing”.

Ontem, o jornal popular Daily News mandou o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, para o inferno em sua manchete, um dia após a polícia de Nova York negar a ele a autorização para visitar, na próxima semana, o Marco Zero, onde estavam as torres gêmeas, destruídas em 11 de setembro de 2001. A maioria de jornais populares nova-iorquinos dedicou ontem sua capa a Ahmadinejad, criticando sua intenção de visitar o local durante a 62ª Assembléia Geral das Nações Unidas.

“Nossa mensagem ao louco iraniano: se você pensa que pode colocar um pé perto do Marco Zero, você pode... ir para o inferno”, afirma o Daily News na capa, em letras colossais, ao lado de uma foto de Ahmadinejad com o símbolo de proibido.

Correio da Bahia

Bush apóia decisão de proibir visita de Ahmadinejad ao "Marco Zero"


Washington, 20 set (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, George W.

Bush, apoiou hoje a decisão da Polícia de Nova York de proibir a visita do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad , ao "Marco Zero".

Em entrevista coletiva realizada na Casa Branca, Bush disse não entender o porquê de "alguém que dirige um país que apadrinha o terrorismo" querer visitar a região.

O porta-voz da Polícia nova-iorquina, Paul Browne, disse nesta quarta-feira que "a área está fechada aos visitantes, devido aos trabalhos de construção", mas especificou que o pedido do presidente do Irã "também seria negado" devido a questões de segurança.

Ahmadinejad, cujo país não mantém relações diplomáticas com os EUA há mais de duas décadas, havia pedido para visitar o "Marco Zero" durante sua visita a Nova York, por ocasião de sua participação na 62ª Assembléia Geral das Nações Unidas, que começa na próxima terça-feira.

Irão sob ameaça


O ministro dos negócios estrangeiros da França admitiu o uso da força contra o Irão caso o país não desista do respectivo programa nuclear. A AIEA reagiu afirmando que a opção bélica «não faz sentido».

Bernard Kouchner declarou, domingo, num programa de televisão, que «o mundo tinha que se preparar para o pior», ou seja, para a possibilidade de vir a ser desencadeada uma guerra contra o Irão.

As palavras do responsável pela diplomacia francesa endureceram o discurso em torno do projecto nuclear iraniano, tema central da reunião da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), que começou segunda-feira, em Viena, e do encontro agendado para amanhã, em Washington, no qual os EUA, a China, a Rússia, a Grã-Bretanha, a França e a Alemanha vão analisar uma resolução que visa a imposição de sanções mais duras contra a República Islâmica.

Contrariamente ao que aconteceu no caso da preparação da invasão e ocupação do Iraque, o Eliseu alinha agora com as posições agressivas da Casa Branca, por isso não é de estranhar que o chefe do executivo de Paris, François Fillon, em vez de se demarcar de Kouchner, tenha secundado as palavras do seu parceiro no governo sublinhando que «os iranianos devem entender que a tensão é extrema na relação com os vizinhos e com Israel».

Ameaça inexistente

Doutro modo pensa o director da AIEA, Mohamed El-Baradei, que considerou absurdo o tom crispado da França na medida em que «só se pode recorrer à força quando todas as opções estão esgotadas». «Não creio que estejamos nesse ponto», concluiu.

Também em Viena, o vice-presidente do Irão e responsável pela agência nacional de energia atómica, Reza Aghazadeh, acrescentou que o que está em causa é a recusa das potências mundiais em admitirem «que outros países em desenvolvimento sejam possuidores de tecnologia moderna».

Teerão respondeu ainda à provocação gaulesa através do seu titular das relações externas, Ali Hosseini, para quem «as declarações de Kouchner não só não correspondem às políticas da UE em relação ao Irão, como colocam em causa a competência da AIEA». Hosseini mostrou-se chocado com a posição francesa, a qual, no seu entender, «afecta a credibilidade da França e contraria o papel histórico, cultural e civilizacional» desempenhado por aquela nação.

O presidente iraniano, por sua vez, reiterou a vontade de debater com George W. Bush, no final deste mês, em Nova Iorque, o diferendo nuclear, desafiando mesmo o presidente norte-americano a dialogar perante os cerca de 200 chefes de Estados representados na ONU.

A AIEA têm em curso um programa de monitorização do projecto nuclear do Irão e os especialistas da organização afecta às Nações Unidas revelaram recentemente que o país está longe de ser detentor de armas nucleares, não constituindo, por essa via, uma ameaça à paz.

A «fórmula» neoconservadora

Os norte-americanos depositam confiança na «via diplomática e económica para alcançar uma solução, mas todas as opções estão em cima da mesa», disse o secretário da Defesa, Robert Gates reagindo à polémica. Apesar de aparentemente mais comedido, o responsável da administração conservadora não deixou de classificar taxativamente o Irão como «uma ameaça», orientação que nas últimas semanas se nutriu de uma intensa campanha mediática.

Primeiro foi o secretário de Estado adjunto, John Negroponte, que em Cabul afirmou «estar convicto de que armas e outros equipamentos militares provenientes do Irão chegam às mãos dos talibãs», e em seguida foi o Washington Post que citou fontes não identificadas da NATO para corroborar a tese de Negroponte, adiantando terem sido feitas três avultadas capturas de material bélico, em Abril, Maio e agora em Setembro, que «marcaram psicologicamente o espírito» das tropas no território, segundo informou um oficial norte-americano sob anonimato. Estas supostas apreensões não foram sequer confirmadas pelo subserviente presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, que recusou avançar suspeitas sobre a nação persa.

Avante!

Nova York nega pedido de Ahmadinejad para visitar área do 11/9


Por Christine Kearney

NOVA YORK (Reuters) - O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, viu rejeitado seu pedido para visitar o local onde ficava o World Trade Center, destruído nos atentados de 11 de setembro de 2001, disse a polícia de Nova York na quarta-feira.

Ahmadinejad, que em seus discursos costuma acusar os EUA de arrogância, havia pedido para visitar o local quando estiver em Nova York para a sessão anual a Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), neste mês.

"O local está fechado a visitantes devido às obras de construção ali", disse o porta-voz policial Paul Browne em nota. "Pedidos do presidente do Irã para visitar a área imediatamente vizinha também seriam contrariados pelo Departamento de Polícia de Nova York, por questões de segurança."

A polícia disse não saber por que Ahmadinejad pretendia visitar o local. Mas a possibilidade de que isso acontecesse provocou críticas de presidenciáveis de ambos os partidos. Washington há muito tempo acusa o Irã de patrocinar o terrorismo.

Depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, alguns iranianos realizaram vigílias espontâneas em Teerã.

Em 2002, o presidente George W. Bush criou a famosa expressão "eixo do mal" para qualificar o grupo de inimigos dos EUA formado por Irã, Coréia do Norte e Iraque, então sob o regime de Saddam Hussein.

Mais recentemente, o Irã desafia a pressão e as sanções ocidentais para que suspenda seu programa de enriquecimento de urânio, que o Ocidente suspeita que esteja voltado para o desenvolvimento de armas atômicas --algo que Teerã nega.

Funcionários da missão iraniana na ONU não foram localizados para comentar o veto à visita de Ahmadinejad ao WTC.

Reuters Brasil

Kouchner nega grito de guerra contra o Irão


"Não quero que as pessoas digam que sou um espalha-brasas. A minha mensagem foi de paz e seriedade". O ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Bernard Kouchner, esclareceu ontem que o seu país apenas pretende evitar uma guerra com o Irão e acusou a imprensa de manipular as declarações que fez no domingo.

Num programa televisivo, o ministro de Sarkozy disse que "o mundo deve preparar-se para o pior", no que respeita ao braço-de-ferro entre o Irão e os países ocidentais sobre o seu controverso programa nuclear. Questionado sobre o que era o pior, respondeu sem qualquer hesitação ou cautela diplomática: "é a guerra".

A caminho de Moscovo, onde ontem esteve reunido com o seu homólogo russo, Serguei Lavrov, Kouchner desdobrou-se em explicações aos jornalistas que o acompanhavam no avião e tentou acalmar a polémica originada pelas suas declarações. "A situação pior seria a guerra. Mas para evitá-la, a atitude francesa é a de negociar, negociar, negociar. E trabalhar com os parceiros europeus para ter sanções credíveis".

A França ficaria contente com uma resolução das Nações Unidas, que aprovasse um terceiro pacote de sanções contra Teerão, mas caso isso não aconteça torna-se necessário pensar em sanções fora da ONU, referiu o chefe da diplomacia francesa, segundo o Monde on-line. Paris, agora mais próxima de Washington, está apostada em convencer os seus restantes parceiros da União Europeia a elaborar um regime de sanções que vá mais além do que aqueles que já foram decididos pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.

O primeiro-ministro e presidente da UE, José Sócrates, admitiu ontem em Lisboa o recurso "a todas as formas de sanções" ao Irão, no caso de o país desrespeitar as leis internacionais sobre energia nuclear.

Alguns jornais alemães escreveram que as declarações do ministro visam pressionar Berlim a adoptar uma atitude mais dura face ao Irão. O país islâmico é acusado pelos EUA de estar a fabricar a bomba atómica. E o seu Presidente já ameaçou que irá "apagar Israel do mapa".

Mahmud Ahmadinejad desvalorizou as declarações de Kouchner, garantindo que não são "sérias", pois "uma coisa são as afirmações mediáticas e outra as posições reais". O líder iraniano falava à imprensa à saída do Parlamento em Teerão.

Kouchner chega hoje a Washington, vindo de Moscovo, em vésperas da reunião do Conselho de Segurança da ONU. Mas dois dos seus membros, Rússia e China, não gostam da ideia de novas sanções contra Teerão sem ouvir antes a Agência Internacional de Energia Atómica. Ahmadinejad, por seu lado, chega a Nova Iorque, no domingo, para a Assembleia Geral da ONU.
Patrícia Viegas, Diário de Notícias, 19 de Setembro de 2007

Ahmadinejad propõe a Bush debate na ONU


TEERÃ (AFP) — O presidente iraniano, Mahmud Ahamdinejad, propôs neste domingo ao americano George W. Bush um debate público sobre as grandes questões mundiais.

"Já fiz a proposta no ano passado. Vou a Nova York. Nos sentamos juntos e discutimos. Porém, não atrás de uma porta fechada. Proponho que o façamos na assembléia geral da ONU", declarou Ahmadinejad à televisão de seu país.

"Nosso objetivo é solucionar os problemas mundiais. Que ele afirme sua posição e eu direi a minha. Aí os representantes dos 200 países reunidos poderão julgar", acrescentou.

Ahmadinejad propôs também um "referendo mundial" para escolher "entre as soluções que nós propusemos e as deles".

O presidente iraniano viajará para Nova York no final de setembro para participar da assembléia geral da ONU.

Os Estados Unidos acusam o Irã de manter por trás de seu programa nuclear a intenção de desenvolver armas nucleares e fornecer de armas os rebeldes iraquianos.

AFP

sábado, 15 de setembro de 2007

MNE francês diz que é inevitável trabalhar com PM iraquiano


O ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Bernard Kouchner, afirmou hoje que não há outra hipótese senão trabalhar com o primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, apesar das críticas à falta de autoridade do governo.

«Sei que sim [que há falta de autoridade do governo]. Foi o que os iraquianos me disseram, mas o governo é o que há e Maliki é o primeiro-ministro. Assim, temos de trabalhar com ele», disse Kouchner, entrevistado pela rádio BBC4.

Em final de Agosto, o ministro francês teve de pedir desculpa publicamente por ter pedido a demissão do primeiro-ministro iraquiano.

«Não temos escolha, temos de trabalhar com os iraquianos, através do seu governo«, referiu Kouchner.

O primeiro-ministro iraquiano tem estado igualmente debaixo de fogo por parte dos Estados Unidos, por ter apertado a mão ao presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, durante uma visita a Teerão, em Agosto.

Diário Digital / Lusa

ElBaradei pede paciência para desenvolver acordo entre Irã e AIEA


Viena, 12 set (EFE).- O diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Mohamed ElBaradei, pediu hoje paciência para que os inspetores façam seu trabalho no Irã e lembrou que a negociação é "a única solução viável" para encontrar uma saída para a polêmica sobre o programa nuclear da República Islâmica.

"Na diplomacia é necessário tempo e as pessoas devem entender que temos que utilizar todas as ferramentas a nosso alcance para conseguir resultados", disse ElBaradei aos jornalistas.

"Peço ao Irã e à comunidade internacional que façam o quanto puderem para nos ajudar, para achar uma solução crível", acrescentou, ressaltando o trabalho de "imparcialidade e objetividade" da AIEA.

O diretor da AIEA reiterou a idéia de estabelecer um "tempo morto" para facilitar o diálogo sobre o programa nuclear iraniano, no qual o Conselho de Segurança suspenda as sanções e o Irã encerre os trabalhos de enriquecimento de urânio.

"Fiquei encorajado hoje ao ver Alemanha, França e Reino Unido apoiarem a idéia de um 'tempo morto', que também foi feito na China e África do Sul", disse ElBaradei.

No entanto, o grupo conhecido como UE-3 (Alemanha, França e Reino Unido), que no passado se mostrou firme nas negociações com o Irã, também mostrou receio de que a República Islâmica só tente ganhar tempo com o acordo com a AIEA.

"Estamos, de qualquer forma, preocupados pela natureza seqüencial do plano de trabalho dado que é possível que seja usado para atrasar os esclarecimentos sobre as questões pendentes", afirmou o discurso do embaixador alemão na junta, Klaus Peter Gottwald, que falou em nome dos três países.

O acordo de 21 de agosto estabelece que o Irã cooperará com a AIEA para esclarecer até o fim do ano a natureza do programa nuclear do país, que teria ocultado parte de suas pesquisas da comunidade internacional durante 18 anos, até 2003.

Alguns diplomatas se mostram críticas com o calendário estipulado pela AIEA e o Irã e asseguram que é muito difícil que ele possa ser cumprido logo, e por isso se prolongaria até 2008.

ElBaradei voltou a assegurar hoje que o plano estipulado com Teerã era um grande passo e que um prazo de tempo de dois a três meses é razoável se comparado com a falta de avanços sobre o programa nuclear iraniano nos últimos anos.

"Esperamos que o Irã, para esclarecer as questões pendentes, ofereça toda a transparência necessária. Nosso trabalho consiste em deixar claro que o Irã aqui e agora tem um programa nuclear pacífico", insistiu o diretor da AIEA.

ElBaradei pediu mais uma vez que o Irã suspenda o enriquecimento de urânio, como o Conselho de Segurança da ONU exigiu em duas resoluções. Ele disse que não se podem julgar as intenções futuras do Irã, mas "esclarecendo o passado e o presente do seu programa nuclear, isso terá um impacto na confiança internacional" no país.

O diretor da agência da ONU reiterou também o pedido de que o Irã ratifique e aplique o Protocolo Adicional do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), que daria aos inspetores da AIEA a possibilidade de fazer visitas surpresa a instalações suspeitas, como medida para esclarecer de forma definitiva as intenções nucleares do país.

Teerã rejeita categoricamente a exigência de interromper seu programa nuclear argumentando que desenvolver a energia atômica com fins pacíficos é um direito inalienável, ressaltando que não tem intenção de desenvolver armamentos nucleares. EFE ll pp/pa

Último Segundo

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Irã pede apoio ao Brasil contra sanções


BRASÍLIA - O vice-secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã, Mohammad Nahavandian, acusou terça-feira potências ocidentais lideradas pelos EUA de promoverem uma campanha de propaganda negativa contra o país. Na semana em que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) se reúne para discutir o programa nuclear iraniano em Viena, o dirigente desembarcou no Brasil em busca de apoio contra as sanções econômicas impostas desde março pelo Conselho de Segurança da ONU.

- Isso é parte de uma campanha injusta contra o país. Não foi o Irã que ajudou a produzir o regime Talibã - disse, referindo-se ao apoio americano aos extremistas na época em que o Afeganistão era controlado pela antiga União Soviética.

Globo

Irã diz ter identificado os 'pontos fracos' dos EUA no Iraque e Afeganistão


TEERÃ (AFP) — O novo chefe dos Guardiões da Revolução iraniana, general Mohammad Ali Jaafari, disse ter identificado os "pontos francos dos Estados Unidos no Iraque e no Afeganistão", e que dará uma "resposta decisiva" em caso de ataque americano, informou nesta terça-feira a agência de notícias oficial do Irã.

"Os Guardiães da Revolução identificaram os pontos fracos do inimigo que ocupa o Iraque e o Afeganistão e se o inimigo quiser realizar uma ação contra o povo iraniano, receberá uma resposta destrutiva", afirmou Jaafari.

O antecessor de Jaafari, Rahim Yahia Safavi, aludiu na semana passada à "vulnerabilidade" dos 200.000 soldados americanos na região.

AFP Brasil

Bolívia "relança" relações diplomáticas com o Irã


LA PAZ - O governo boliviano anunciou na terça-feira o restabelecimento de relações diplomáticas plenas com o Irã, mas afirmou que isso não deve afetar a cooperação de La Paz com Washington.

O chanceler boliviano, David Choquehuanca, disse que um acordo de fortalecimento de vínculos foi firmado há uma semana e busca impulsionar principalmente a cooperação econômica entre Irã e Bolívia.

O Irã é um dos principais adversários dos EUA no mundo, qualificado há alguns anos pelo presidente George W. Bush como parte de um "eixo do mal".

Há uma semana, o governo de Evo Morales pôs em dúvida suas relações com os EUA ao denunciar que parte da cooperação econômica de Washington estaria sendo destinada a financiar atividades da oposição de direita.

- Firmou-se o estabelecimento de relações diplomáticas entre Bolívia e Irã - disse Choquehuanca em entrevista coletiva, embora uma porta-voz da chancelaria tenha explicado que se trata na verdade de um "relançamento", já que nas últimas décadas as relações bilaterais quase desapareceram.

Choquehuanca disse que a aproximação com o Irã "não tem por que prejudicar as relações da Bolívia com os Estados Unidos, já que se trata de uma ação realizada no âmbito da soberania dos povos."

A porta-voz Mayra Gómez disse que o governo Morales pretende manter relações "muito ativas" com o Irã, mas que "ainda não há planos concretos para enviar um embaixador ao Irã".

JB Online

sábado, 8 de setembro de 2007

Acordo com Irão é necessário para evitar guerra


O acordo com o Irão para inspecções ao controverso programa nuclear iraniano é necessário para impedir uma confrontação que poderia conduzir à guerra, declarou esta sexta-feira o director da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Mohamed ElBaradei.

( 19:18 / 07 de Setembro 07 )


«Vejo, por um lado, que o Irão prossegue o enriquecimento (de urânio) sem que façamos as verificações sólidas que se impõem» e «por outro, os tambores de guerra dos que dizem que, de facto, a solução é bombardear o Irão», afirmou ElBaradei a jornalistas, em Viena.

Esta hipótese «faz-me tremer, porque parte da retórica utilizada recorda» a anterior à guerra lançada pelos Estados Unidos e a Grã-Bretanha contra o Iraque.

ElBaradei foi criticado porque a AIEA chegou a acordo, em Agosto, com o Irão sobre um calendário, nos termos do qual Teerão deve responder às questões sobre as suas actividades passadas não explicadas.

O jornal Washington Post considerava quarta-feira que, ao concluir este acordo, o responsável da AIEA evitava criticar o Irão devido à sua produção de urânio enriquecido, matéria que pode ter aplicações, tanto civis, como militares.

ElBaradei respondeu hoje que este acordo respeitava apenas à cooperação do Irão com os inspectores da sua agência, como exige o Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Este organismo impôs por duas vezes sanções contra os iranianos por se recusarem a suspender o enriquecimento, como a ONU exige.

TSF Online

Irã condena vôo de aviões israelenses sobre a Síria


TEERÃ (AFP) — O Irã, principal aliado da Síria no Oriente Médio, condenou o vôo sobre território sírio de aviões israelenses, informou nesta sexta-feira a imprensa de Teerã.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mohamad Ali Hoseini, condenou a "violação do espaço aéreo sírio por aviões do regime sionista".

"Esse ato provocador busca transferir a crise e os problemas internos para fora das fronteiras israelenses e criar insegurança na região", prosseguiu.

O chefe da diplomacia iraniana, Manichehr Mottaki, enviou ao chanceler sírio, Walid Muallem, sua "solidariedade".

A Síria anunciou na quinta-feira que suas forças dispararam contra aviões de Israel que sobrevoaram seu território. Israel não se pronunciou sobre o caso.

Agence France Press

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Irão: País oferece tecnologia nuclear a países não-alinhados


Teerão, 04/09 - O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, ofereceu os conhecimentos do Irão em tecnologia nuclear aos membros do Movimento dos Países Não-Alinhados (Noal), ao mesmo tempo em que criticou duramente a política dos Estados Unidos com relação ao seu país.

Num discurso durante reunião ministerial do Noal, inaugurada segunda-feira em Teerão, ele pediu aos países em desenvolvimento que resistam às tentativas de "algumas potências arrogantes de impôr a sua hegemonia por meio da globalização".

Também descartou a possibilidade de um ataque dos EUA, dizendo que o poder americano no Iraque e na região está a decair.

Ahmadinejad disse que, com base nos seus cálculos de engenheiro e na sua crença em Deus, está convencido de que o Irão não será atacado pelas potências ocidentais, que tentam pôr fim o seu programa nuclear.

As declarações de Ahmadinejad foram feitas um dia após ele anunciar que o Irão já tem 3 mil centrífugas, alcançando o seu objectivo de enriquecer urânio em escala industrial.

O anúncio, no entanto, contrasta com o relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), segundo o qual o Irão teria cerca de 2 mil centrífugas.

A agência da Organização das Nações Unidas (ONU) disse que o Irão havia reduzido o ritmo de enriquecimento e estava a cooperar com os inspectores internacionais.

Em Abril, o Irão anunciou que já estava a enriquecer urânio em escala industrial, mas a AIEA disse, na ocasião, que Teerão tinha apenas 328 centrífugas.

Angola Press

Presidente do Irã cumprimenta novo presidente da Turquia


O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, parabenizou o islâmico moderado Abdullah Gül por sua eleição como novo presidente da Turquia, e manifestou seu desejo de fortalecer a cooperação em todos os âmbitos entre os dois países.

"Tenho certeza de que as relações entre os dois Estados e os dois povos muçulmanos da República Islâmica e da República da Turquia se desenvolverão ainda mais durante sua Presidência", disse o governante iraniano em mensagem a Gül, segundo a agência oficial "Irna".

O presidente dos Emirados Árabes Unidos (EAU), xeque Khalifa bin Zayed al-Nahiyan, também cumprimentou o novo presidente turco, a quem desejou os "maiores sucessos".

Gül, que substituiu Ahmet Necdet Sezer, é o 11º presidente da Turquia e o primeiro islâmico a ocupar o cargo.

Gazeta Online

Oliver Stone quer realizar filme sobre presidente iraniano


O presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, aceitou ser o tema de um filme do realizador norte-americano Oliver Stone, mas sob «certas condições».


Segundo o assessor artístico do líder iraniano, Yavad Shamghadri, citado pela agência Fars, Stone manifestou interesse em rodar um filme sobre Ahmadinejad numa carta enviada ao governo de Teerão.

«Seguramente - disse Shamghadri - vamos pedir explicações (a Stone) sobre o projecto e o programa que tem previsto para realizar este documentário».

«Vamos perguntar-lhe - precisou - o tempo previsto para concluir o filme, o resultado que prevê alcançar e o que pretende demonstrar, além de lhe pedirmos o guião, para o estudarmos».

O porta-voz escusou-se a divulgar pormenores do conteúdo da carta de Stone e mesmo a indicar quando foi enviada, mas assinalou não ser a primeira que o realizador norte- americano enviava às autoridades iranianas.

«O presidente Ahmadinejad - referiu ainda - não respondeu negativamente ao pedido de Stone, mas disse preferir que fizesse o filme um realizador iraniano», acrescentou.

Ainda segundo o porta-voz, Stone enviou mais tarde uma outra carta em que apresentava razões que a Teerão pareceram «interessantes», nomeadamente quando o realizador apontava como seu objectivo dar «a verdadeira imagem do Irão ao povo norte-americano».

Nesta última carta, indicou Shamghadri, Stone «dizia que actualmente não existe uma imagem correcta do Médio Oriente, dos muçulmanos e do Irão no Ocidente, e que a sua película pode romper com esta imagem negativa».

Diário Digital

Arrasar Irão em 3 dias


Segundo o perito, citado pelo ‘Sunday Times’, os planos do Pentágono não prevêem apenas ataques localizados contra as instalações nucleares iranianas, mas também bombardeamentos maciços de “toda a estrutura militar” da república islâmica. Ao todo estão identificados 1200 alvos, sobre os quais se prevê o lançamento de milhares de toneladas de bombas.

Estas revelações surgem numa altura em que o presidente George W. Bush tem acentuado a retórica agressiva contra Teerão, a quem acusa de ter em curso um programa de fabrico de armas de destruição maciça que coloca o Médio Oriente “sob a sombra de um holocausto nuclear”. Bush assegurou ainda que os EUA têm a intenção de agir “antes que seja demasiado tarde”.

Apesar de tudo, Debat pensa que os planos norte-americanos são arriscados, pois colocam em jogo tantos recursos que ameaçam esgotar a capacidade para manter as frentes de batalha no Afeganistão e no Iraque.

O endurecimento da posição de Washington tem lugar depois de a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) afirmar que houve uma evolução “significativa” da cooperação do Irão, que terá mesmo retardado o processo de enriquecimento de urânio.

TEERÃO ALEGA NOVO AVANÇO ATÓMICO

O Irão tem neste momento em actividade três mil centrifugadoras destinadas a enriquecer urânio e todas as semanas aumenta esse número, afirmou ontem o presidente do Irão, Mahmoud Ahmadinejad. Alguns peritos europeus consideram que, a ser verdade, aquele número de centrifugadoras é capaz de produzir urânio suficiente para uma bomba atómica em cerca de um ano.

“Eles [os poderes mundiais] pensavam que com cada nova resolução [da ONU] o nosso país recuava. Mas depois de cada resolução a nação iraniana anunciou um novo triunfo nuclear”, afirmou Ahmadinejad, aludindo à ameaça de novas sanções da ONU se o programa nuclear iraniano não for suspenso. A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) põe em causa a veracidade das palavras do presidente e considera que houve mesmo um abrandamento do programa nuclear, seja ele motivado por razões técnicas ou estratégicas. A oposição iraniana considera, no entanto, que a AIEA está a ser enganada.


F.J.Gonçalves, Correio da Manhã, 03 de Setembro de 2007 [fonte]

Teerão diz ter atingido o seu objectivo nuclear

O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou ontem que o Irão tem já a funcionar 3000 centrifugadoras de enriquecimento de urânio. A declaração sucede a um relatório da entidade fiscalizadora - Agência Internacional da Energia Atómica (IAEA) -, segundo o qual o Irão está muito longe de atingir os seus objectivos neste domínio. O relatório refere que o Irão tem apenas 1968 centrifugadoras a funcionar, tendo outras 656 em várias fases de instalação e teste.

Segundo Mahmoud Ahmadinejad, a República Islâmica "pôs em funcionar mais de 3000 centrífugadoras, e instala semanalmente uma nova série" de 164 unidades.

Sadeq Saba, correspondente da BBC no Irão, dizia ontem que os opositores de Mahmoud Ahmadinejad consideram o relatório da IAEA como um sinal de compromisso, ou fraqueza, do Governo iraniano. Os EUA, a França e o Reino Unido indicaram que tentariam obter nova resolução da ONU contra o Irão caso o país se negue a suspender o enriquecimento de urânio.

Jornal de Notícias, 03 de Setembro de 2007 [fonte]

Irão tem mais de 3.000 centrífugadoras em funcionamento


O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, anunciou hoje que o Irão entrou numa nova etapa do respectivo programa nuclear ao manter em funcionamento mais de 3.000 centrífugadoras de enriquecimento de urânio, segundo a televisão estatal.

A República Islâmica «pôs em operação mais de 3.000 centrífugas, e instala tas as semanas uma nova série» de 164 unidades, disse o presidente.

O número de 3.000 centrífugadoras é considerado simbólico. Se funcionarem em plena capacidade, levarão menos de um ano para produzir urânio altamente enriquecido suficiente para fabricar uma bomba atómica.

A afirmação vai de encontro aos dados da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), que no último relatório indicou que apenas 1.968 centrífugadoras estavam activas e que outras 656 estavam em diversas etapas de instalação e teste.

Ahmadinejad mencionou a possibilidade de uma nova resolução do Conselho de Segurança da ONU contendo sanções contra o Irão afirmando que «após cada resolução, a nação iraniana conseguiu dar um novo passo em direcção ao desenvolvimento nuclear».

Diário Digital

Países do golfo podem ter zona de livre comércio com Irã


RIAD - Os países árabes do Golfo Pérsico estudam proposta para estabelecer uma zona de livre comércio entre o Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) e o Irã, segundo o secretário-geral da aliança árabe, Abdel-Rahman al-Attiyah. Attiyah, citado neste domingo, 2, pelos meios de comunicação da região, fez esta declaração após a reunião que os chefes da diplomacia do CCG - Arábia Saudita, Omã, Emirados Árabes Unidos, Catar, Barein e Kuwait - realizaram na noite do último sábado na cidade saudita de Jidá.

Segundo Attiyah, a idéia de estabelecer uma zona de livre-comércio foi proposta pelo Irã através de uma mensagem enviada à Secretaria-Geral do CCG pelo ministro de Assuntos Exteriores iraniano, Manouchehr Mottaki, no qual expressava o desejo de seu país de entabular negociações diretas a esse respeito. "Não é nada novo (..) houve contatos sobre esse assunto anteriormente, mas desta vez (Irã) expressa seu desejo de forma oficial e pública", disse o secretário-geral do CCG.

Além das relações com o Irã, a reunião ministerial do CCG discutiu os esforços para solucionar as crises no Iraque, Líbano e nos territórios palestinos, assim como a polêmica envolvendo o programa nuclear iraniano.

O ministro de Estado saudita para Assuntos Exteriores, Nazar Ebeid Madani, reiterou após o encontro que os países dessa rica aliança petrolífera árabe "coincidem sobre a necessidade de solucionar a polêmica (entre Irã e a comunidade internacional) pelos meios pacíficos, e evitar qualquer tipo de enfrentamento militar" na região.

No entanto, Madani e Attiyah não comentaram a recente declaração do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, na qual expressou que seu país está disposto, junto com os países da zona, especialmente a Arábia Saudita, a "encher o vazio" que causaria uma eventual retirada das tropas americanas do Iraque.

Madani confirmou que o reino wahhabista, um país sunita com especial influência no mundo islâmico, e que ostenta a presidência rotativa da Liga Árabe e do CCG, estuda abrir uma embaixada no Iraque, e que enviou há uma semana uma missão a Bagdá para tratar desse assunto com as autoridades locais.

Estadão, 02 de Setembro de 2007 [fonte]

Irã e Síria rejeitam "interferência exterior" em eleições do Líbano


Teerã, 3 set (EFE).- Irã e Síria expressaram que defendem "eleições meramente libanesas, sem a interferência exterior" para escolher o sucessor do presidente Émile Lahoud, informam hoje os meios de comunicação iranianas.

Esta postura foi informada pelos ministros de Assuntos Exteriores do Irã, Manouchehr Mottaki, e da Síria, Walid al-Moalem, em reunião realizada ontem à noite em Teerã, na qual coordenaram também as posturas de seus respectivos países a respeito das crises no Iraque e nos territórios palestinos.

Moalem, cujo país é quase o único aliado árabe do Irã, se encontra em Teerã para assistir à reunião ministerial que o Movimento de Países Não-Alinhados (NOAL) inaugurará hoje para discutir "os direitos humanos e a diversidade cultural".

"A situação no Líbano não suporta uma solução imposta do exterior (...) os libaneses devem estar de acordo eles mesmos sobre seus interesses nacionais", disse o chefe da diplomacia iraniana, enquanto Moalem reiterou que Damasco respeitará "o que os libaneses decidirem".

O Parlamento libanês elegerá o sucessor de Lahoud entre 25 de setembro e 24 de novembro, data na qual termina seu mandato, que foi prorrogado durante três anos em 2004 a pedido da Síria, segundo argumenta a oposição libanesa.

"Estamos de acordo sobre a necessidade de uma solução puramente libanesa" à crise política no Líbano, acrescentou o ministro sírio.

Moalem e Mottaki acusaram os EUA de ingerência nos assuntos do Líbano para "servir seus a próprios interesses", segundo a agência "Irna".

Já os americanos acusam Síria e Irã - considerados o principal apoio político à milícia libanesa xiita do Hisbolá - de intromissão nos assuntos do Líbano e do Iraque, e de apoiar "organizações terroristas".

Último Segundo

EUA planejariam aniquilar exército do Irã em três dias


O Pentágono teria elaborado planos para intensos ataques aéreos contra 1,2 mil alvos no Irã, com o objetivo de aniquilar a capacidade militar do país em três dias, de acordo com um especialista em segurança consultado pelo jornal britânico The Times.

Alexis Debat, diretor do Núcleo de Terrorismo e Segurança Nacional do Nixon Center, afirmou na semana passada que o exército dos Estados Unidos não estaria preparando "pequenos ataques" contra as instalações nucleares iranianas. "Eles pretendem eliminar toda estrutura militar do Irã", afirmou.

Debat participava de um encontro quando afirmou ao jornal The Sunday Times que o exército norte-americano chegou à seguinte conclusão: "se você realizar pequenos ataques ou uma ação militar 'devastadora', a reação dos iranianos será a mesma". Isso seria "um cálculo estratégico muito legítimo", segundo ele.

O presidente George W. Bush intensificou seus comentários contra o Irã na semana passada, acusando o Teerã de colocar o Oriente Médio "sob as sombras de um holocausto nuclear". Ele alertou ainda que os EUA e seus aliados enfrentariam o Irã "antes que fosse tarde".

Mais de 3 mil centrífugas
O presidente do Irã afirmou hoje que seu país já tem instaladas mais de três mil centrífugas para o enriquecimento de urânio. Além disso, reiterou que o programa nuclear iraniano é pacífico e que cooperará com a AIEA.

"Neste momento, temos mais de três mil centrifugadores em operação, e a cada semana instalamos um novo conjunto deles", afirmou o líder iraniano, segundo a agência de notícias Fras.

JB Online

Irã anuncia expansão nuclear

Teerã - Sob rígidas sanções da Organização das Nações Unidas (ONU) por conta de seu programa nuclear, o Irã anunciou ontem que atingiu a marca de 3 mil centrífugas para enriquecimento de urânio. Teerã afirma que seu programa visa produzir energia, mas EUA e União Européia temem que o país busque a bomba atômica.

“O Ocidente achou que a nação iraniana iria desistir após uma mera resolução, mas agora nós demos mais um passo no programa nuclear e lançamos mais de 3 mil centrífugas, instalando uma nova cascata (de centrífugas) a cada semana”, disse o presidente Mahmoud Ahmadinejad.

Segundo um relatório emitido na última semana pela AIEA, a agência nuclear da ONU, o Irã tem 2 mil centrífugas só na usina de Natanz e outras 650 em fase de teste. Há duas semanas, Teerã fechou um acordo que dá aos inspetores da agência acesso regular a suas instalações, a fim de mostrar que não produz armas atômicas.

Folhajornal

Presidente iraniano encontrou-se com ministro dos Negócios Estrangeiros da Venezuela


Mahmud Ahmadinejad, presidente do Irão, manteve uma reunião com Nicolás Maduro, ministro dos Negócios Estrangeiros da Venezuela, à margem do encontro ministerial dos membros do Movimento dos Não Alinhados (MNA), que decorre em Teerão.

Durante a conversação, Ahmadinejad mencionou a importância das relações entre Teerão e Caracas na vinculação da América Latina com a Ásia Central e apostou na ampliação das relações bilaterais e na aceleração das cooperações e investimentos conjuntos. “Está a formar-se um mundo novo, sendo a cultivação cultural as preliminares em que os dois países se deverão basear”, acrescentou.

Pela sua parte Maduro fez referência ao desenvolvimento de projectos conjuntos com a Venezuela e qualificou como sendo “um exemplo para os demais países” as relações irano-venezuelanas.

O titular dos Negócios Estrangeiros da Venezuela concordou com os pontos de vista de Ahmadinejad referentes aos direitos humanos e à diversidade cultural e esteve também de acordo à referência de que “se está a formar um mundo novo”, apostando em que “o Irão e a Venezuela poderão desempenhar um papel importante neste processo.”

Maduro defendeu o direito iraniano à exploração pacífica da energia nuclear e transmitiu a Ahmadinejad um convite do seu colega, Hugo Chávez, para visitar o seu país.

domingo, 2 de setembro de 2007

Irã troca comandante da Guarda Revolucionária

TEERÃ (Reuters) - A principal autoridade do Irã, o líder supremo aiatolá Ali Khamenei, substituiu neste sábado o comandante da Guarda Revolucionária, uma força que os Estados Unidos ameaçaram classificar como um grupo terrorista.

O comandante-em-chefe da Guarda Revolucionária, Yahya Rahim Safavi, foi substituído por Mohammad Ali Jafari, que já ocupava um posto de comando na entidade. Khamenei deu a notícia sobre a substituição em um pronunciamento feito na TV. O dirigente, porém, não explicou os motivos da manobra.

"Considerando a valiosa experiência do senhor e a brilhante atuação do senhor em vários momentos, e considerando as diversas responsabilidades na Guarda, eu o nomeio (Jafari) como comandante-em-chefe dessa organização revolucionária," disse Khamenei.

Segundo ele, Safavi, que liderou a Guarda por dez anos, se tornaria assessor dele para questões envolvendo as Forças Armadas.

A Guarda foi criada pouco depois da Revolução Islâmica no Irã, em 1979, para funcionar como defensora da República Islâmica. A força possui uma estrutura de comando diferente daquela dos militares e responde diretamente a Khamenei.

A Guarda conta com forças marítimas, terrestres e aéreas.

Além de ser uma força de combate, a Guarda Revolucionária mantém vários empreendimentos econômicos, entre os quais a Khatam al-Anbia, que assumiu o controle de projetos de petróleo e gás no Irã, o quarto maior produtor de petróleo no mundo.

Autoridades norte-americanas disseram que os EUA podem classificar a força como um grupo terrorista. Essa manobra permitiria ao país coibir os empreendimentos financeiros da Guarda. O governo iraniano rebateu a ameaça.

Analistas vêem na declaração norte-americana mais um componente dos esforços para isolar o Irã devido ao programa nuclear do país, o qual, segundo o presidente dos EUA, George W. Bush, colocou a região "sob a sombra de um holocausto nuclear". O Irã diz que seu programa é pacífico.

Reuters Brasil

sábado, 1 de setembro de 2007

Irão: Presidente iraniano diz ser bom trabalhador

Teerão, 29/08 - O presidente iraniano Mahmud Ahmadinejad afirmou terça-feira num programa de televisão que trabalha desde o nascer ao por do sol e é um bom cozinheiro.

Chego ao trabalho cedo, declarou Ahmadinejad ao responder a perguntas de um jornalista.

"Fico no trabalho o tempo que posso, em geral até as onze e meia ou meia noite e meia", explicou. Eleito presidente em Junho de 2005, Ahmadinejad costuma ser bastante discreto sobre sua vida pessoal, como todos os dirigentes iranianos.

Sua mulher jamais apareceu em público e nenhum veículo nunca publicou qualquer reportagem ou mesmo fotografias a respeito da vida privada do casal presidencial.

"Antes eu tinha o costume de visitar os meus parentes com mais frequência, agora vou menos", admitiu o presidente.

Contou que visita a mãe regularmente.

Em relação à rotina doméstica, Ahmadinejad disse que "raramente ajudava em casa, excepto para fazer as compras".

Mas o presidente se gabou dos seus dotes culinários: "sei como fazer toda a cozinha iraniana, cozinho muito bem", afirmou. "Pergunte a quem já provou!".

Também declarou saber preparar "diferentes tipos de sopa e de ragus", uma espécie de guisado feito com carne, batatas e verduras.

Angola Press

Sarkozy diz ser inaceitável o Irão com a arma nuclear


O presidente francês, Nicolas Sarkozy, afirmou ontem que é "inaceitável" que o Irão fabrique armas nucleares, defendeu que o G8 - o grupo dos sete países mais industrializados e a Rússia - seja alargado para 13 membros permanentes (incluindo o Brasil) e exigiu um calendário claro para a retirada das forças norte-americanas do Iraque.

No seu primeiro discurso sobre a política externa da França, após ter sido eleito presidente da República, Nicolas Sarkozy destacou o desejo de manter o seu país no primeiro plano da cena internacional, pelo que a Europa - afirmou - será a sua "prioridade absoluta" (ver caixilho).

O presidente da França usava da palavra na sessão de abertura da 15.ª Conferência de Embaixadores, que está reunida em Paris, durante três dias, congregando responsáveis das missões diplomáticas francesas de todo o Mundo.

Relativamente ao dossiê iraquiano, Nicolas. Sarkozy declarou que a França tinha sido e mantém-se "contrária" à guerra norte-americana no Iraque. Só uma "solução política" pode permitir que se ponha termo ao banho de sangue, sublinhou o presidente francês. Essa solução "passa pela marginalização dos grupos extremistas e por um processo sincero de reconciliação nacional (...)", disse Nicolas Sarkozy, sublinhando que a solução "implica também a definição de um horizonte claro para a retirada das tropas estrangeiras".

Muitas vezes considerado "pró-americano", Nicolas Sarkozy, tem defendido "a amisade" entre Paris e Washington mas - afirmou ontem - "aliados não quer dizer alinhados".

Relativamente a Teerão, afirmou "Para mim, um Irão equipado com armas nucleares é inaceitável". O presidente diz que a França apoiará a política de abertura, "desde que Teerão respeite as suas obrigações".

Turquia na UE, só associada

Nicolas Sarkozy afirmou que "a França não se oporá a que sejam abertos novos capítulos nas negociações entre a UE e os 27", mas só desde que as negociações "sejam compatíveis com as duas previsões possíveis para as futuras relações (entre a UE e a Turquia) quer seja a adesão, quer seja a associação. A segunda é a que defendi durante toda a minha campanha eleitoral. E não mudei de opinião", disse Nicolas Sarkozy. Por outro lado, defendeu "iniciativas muito fortes", a implementar nos próximos meses, para a Europa no âmbito da Defesa, sublinhando que elas não entrarão de "forma alguma" em competição com a OTAN.~

Carlos Gomes, Jornal de Notícias, 28 de Agosto de 2007 [fonte]