quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Irã diz que seu acordo com AIEA não significa "volta atrás" em plano nuclear


Teerã, 22 ago (EFE).- O Irã explicou hoje que o "plano marco" estabelecido com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) para solucionar os assuntos pendentes em relação ao caso nuclear não significa a "suspensão ou a volta trás" no seu programa atômico.

O porta-voz do Governo iraniano, Gholamhossein Elham, também reiterou que a República Islâmica insiste em que seu caso nuclear seja tratado somente pela AIEA e não pelo Conselho de Segurança da ONU.

"Achamos que o lugar adequado para solucionar o caso nuclear não é Nova York", disse Elham, segundo a agência "Irna".

Reiterou que o "plano marco" alcançado ontem com a AIEA "foi estipulado em conformidade com o Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP). A República Islâmica não renunciará a seus direitos legítimos", para a obtenção da tecnologia atômica.

O embaixador dos EUA na AIEA, Gregory Schulte, qualificou hoje em Viena de "insuficiente" o "plano marco" sobre o esclarecimento de assuntos pendentes na investigação do programa nuclear iraniano.

Schulte criticou o fato de que o Irã queira que "a aplicação do plano dependa de que o Conselho de Segurança não tome mais medidas (contra o país)", insistindo em que "uma cooperação que é parcial, condicional e só consiste em promessas para o futuro não é suficiente".

O porta-voz iraniano reiterou, no entanto, que "não é o correto que o Conselho de Segurança trate o caso nuclear iraniano, já que a AIEA é o lugar adequado para decidir sobre esse assunto".

Elham também expressou a oposição de seu país a qualquer resolução do Conselho contra o Irã por caso de sua recusa a suspender o enriquecimento de urânio, advertindo que "se o Irã for prejudicado economicamente devido a suas resoluções (com sanções) os ocidentais também serão prejudicados".

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