Washington não ficou impressionado com a promessa de transparência iraniana. Gregory Schulte, enviado americano das Nações Unidas diz que a atitude iraniana serviu para afastar as suspeitas da sua busca secreta por bombas atómicas.
A AIEA recusou comentar as declarações de Schulte. Um diplomata próximo da agência disse que as suas afirmações mostram «uma campanha deliberada para provocar o fracasso do processo».
Schulte disse que Washington deu as boas vindas a qualquer progresso que levasse à resolução das questões problemáticas que dizem respeito às actividades nucleares do Irão.
«Mas compreendemos que existem limitações reais com o plano, incluindo a recusa para implementar o Protocolo Adicional da AIEA», disse aos jornalistas numa chamada telefónica em conferência.
Gregory estava a referir-se a uma medida que permitiria os inspectores fazer verificações em sítios não declarados mas considerados importantes para resolver as investigações da AIEA no programa nuclear do Irão, que já duram há quatro anos.
O acordo assinado na terça-feira servirá para resolver as preocupações da AIEA acerca das indícios dados pelos serviços de inteligência acerca de envolvimento militar iraniano no projecto que alegadamente apenas pretende o uso pacífico da energia nuclear.
Os diplomatas ocidentais acreditam que o Irão está a fazer um esforço de cooperação para dividir poderes munidas importantes no que diz respeito à necessidade de sansões mais duras para o país do Médio Oriente.
A Rússia e a China estão relutantes, e isto faz com que o Irão tenha mais tempo para continuar com o projecto de enriquecimento de urânio.
Poderes ocidentais acreditam que o objectivo declarado do Irão de refinar urânio para produzir electricidade seja apenas uma fachada para aperfeiçoar os meios para fazer bombas nucleares.
Reuters/SOL, 23 de Agosto de 2006 [fonte]
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