quarta-feira, 22 de agosto de 2007

FRANÇA ADVERTE IRÃ DE SANÇÕES SE INSISTIR EM PROJETO NUCLEAR


PARIS, 21 AGO (ANSA) - O governo francês advertiu hoje o Irã que o país enfrentará sanções "substanciais" impostas pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) se insistir no desenvolvimento de projetos nucleares, o que Teerã considera seu direito soberano.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da França, Hugues Moret, disse que Paris apoiará sanções "substanciais" no Conselho de Segurança, onde tem direito de veto, como Estados Unidos, Grã-Bretanha, China e Rússia.
"Até que o Irã não aceite a suspensão das atividades sensíveis nós devemos, claramente, continuar enviando mensagens de firmeza", disse Moret.
"Devemos, por isso, conforme a resolução 1.747, avançar no Conselho de Segurança e realizar as consultas necessárias para a adoção de uma terceira resolução de sanções que acreditamos sejam substanciais", acrescentou.
O Irã enfrenta essa briga devido a seus planos nucleares. O país foi submetido às sanções do Conselho de Segurança, que exigiu a suspensão destas atividades. O governo iraniano advertiu que manterá os projetos em andamento, os quais considera parte de seus direitos soberanos, desenvolvidos sob a base de não-proliferação e orientados à produção de combustível para suas centrais elétricas. Contudo, os Estados Unidos e as potências ocidentais exigem a suspensão destes programas, e acusam o país do Oriente Médio de ter objetivos militares, o que foi negado inúmeras vezes por Teerã.
O Irã autorizou a visita de inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) à planta nuclear em construção em Arak, 250 quilômetros a sudoeste da capital do país.
A entrada dos inspetores, no fim de julho, faz parte de um novo programa de cooperação entre a agência e o Irã. O reator de Arak, de 40 megawatts, deverá entrar em funcionamento em 2009, com capacidade para a produção de plutônio destinado para programas de investigação médica. (ANSA)

ANSA

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