domingo, 29 de março de 2009

Irão confirma presença na Conferência Internacional sobre a reconstrução do Afeganistão

Síria e Irão confirmam aliança estratégica


Os presidentes da Síria, Bashar al-Assad, e do Irão, Mahmoud Ahmadinejad, confirmaram hoje a aliança estratégica entre os dois países e afirmaram que Israel «está cada vez mais enfraquecido».

Segundo a agência de notícias iraniana Mehr, os dois governantes conversaram por telefone para analisar a situação regional e as relações entre os dois Estados.

Ahmadinejad disse que os inimigos da paz regional estão a perder terreno, enquanto «a formidável amizade entre Síria e Irão é cada vez mais forte», segundo a Mehr.

Além disso, reiterou que os países da região devem aproveitar «de forma inteligente» as oportunidades que começam a aparecer.

Assad assinalou que «a conjuntura internacional se tornae favorável aos muçulmanos, em comparação com o regime sionista e os seus aliados», em alusão a Israel e EUA.

Os dois presidentes também analisaram a próxima cimeira árabe, que decorrerá na próxima semana no Qatar.

A aliança estratégica entre a Síria e o Irão remonta à década de 1980, época em que os dois países se uniram para enfrentar o Iraque de Saddam Hussein e colaborar no controlo do Líbano. [fonte]

quinta-feira, 26 de março de 2009

Irão considera que opção militar no Afeganistão mostrou-se ineficaz

Teerão - O ministro dos Assuntos Exteriores do Irão, Manouchehr Mottaki, pediu nesta segunda-feira à comunidade internacional para que respeite os desejos do povo afegão, se quiser realmente contribuir para resolver os problemas do Afeganistão, e que se esqueça da opção militar, já que mostrou ser ineficaz.

Em declarações divulgadas hoje pela televisão iraniana, Mottaki definiu a postura do Irão se decidir aceitar o convite dos Estados
Unidos para participar da cúpula internacional sobre o Afeganistão, prevista para finais de Março.

"As reuniões que vão acontecer em Roma e Haia devem se concentrar nos desafios que realmente ameaçam o Afeganistão, devem respeitar o desejo do povo afegão e o valor de suas tradições", afirmou Mottaki.

"Após sete anos, a comunidade internacional e os países do Ocidente, em particular, devem compreender que a opção militar no Afeganistão não deu frutos.

Ficou comprovado que, só levando em conta os desejos e a dignidade do povo afegão, serão alcançados os resultados", acrescentou.

No dia 6, e num gesto de aproximação sem precedentes, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, convidou o Irão a
participar da cúpula, após anos de isolamento do regime dos aiatolás.

O Irão ainda não respondeu, mas analistas na região acreditam que o país comparecerá ao evento. [fonte]

Ahmadinejad oferece ajuda "sem limites" ao Iraque

(Folhapress) - O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, recebeu formalmente ontem o chefe de Estado iraquiano, Jalal Talabani, que chegou quinta-feira à noite em Teerã, para uma visita oficial de três dias. Ahmadinejad afirmou após o encontro que o Irã está pronto para cooperar para a aceleração do desenvolvimento iraquiano. "A ajuda do Irã para acelerar o progresso do Iraque não tem limite. Irã está pronto para oferecer ao Iraque suas experiências em cada campo possível", disse Ahmadinejad, citado pela televisão estatal.

O presidente não deu mais detalhes sobre o tipo de ajuda que ofereceria, mas o país já falou anteriormente em auxiliar no desenvolvimento na agricultura, economia, transporte e energia. Os dois países têm relações próximas desde que o ditador Saddam Hussein foi derrubado do poder, em 2003. Hussein liderou um conflito de oito anos contra o Irã na década de 80, confronto que deixou cerca de um milhão de mortos.

Os Estados Unidos acusam o regime iraniano - de maioria xiita - de fornecer armas e treinamento aos militantes xiitas do Iraque, para que se rebelem contra a ação americana no país. Teerã nega as acusações e afirma que foi a ocupação americana que causou problemas de segurança no Iraque. [fonte]

Irão quer reforçar relações bilaterais com Mauritânia


O Irão expressou hoje através do seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Manouchehr Mottaki, a sua intenção de reforçar as relações bilaterais com a Mauritânia em matéria de saúde, energia, comércio, petróleo e investimentos.

Mottaki, que se encontra em Nuakchott acompanhado de uma vasta delegação de representantes de diferentes sectores, declarou ter delineado com o seu homólogo mauritano, Mohammed Mahmoud Ould Mohamed, os planos para aumentar a cooperação entre as nações.

Após se encontrar com o chefe da Junta Militar, Mohammed Ould Abdelaziz, no poder desde o golpe de Estado de Agosto do ano passado, o chanceler iraniano disse ser uma «decisão sábia» a realização de eleições no país a 6 de Junho.

Até ao momento, são poucos os países que manifestaram intenção de reforçar os vínculos comerciais com a Mauritânia após o golpe de Estado e a consequente crise política, entre eles a China. [fonte]

sexta-feira, 6 de março de 2009

Semana cultural do Irão na Universidade Católica

domingo, 1 de março de 2009

Mentir à descarada - Como se fabrica “opinião pública”

O diário de distribuição gratuita Meia Hora deu destaque de primeira página, na sua edição de 2 de Fevereiro, aos 30 anos da revolução no Irão dizendo que o país vive “arredado do convívio (?) das nações” por apoiar “grupos radicais islâmicos” e por andar a enriquecer urânio “à revelia da ONU”. Dias depois, a 17 de Fevereiro, comentava o resultado do referendo na Venezuela dizendo que Hugo Chávez “agora pode ficar no poder até se fartar”. Para o jornalismo praticado pelo Meia Hora os factos não contam.

“Eixo do Mal”
No que toca ao Irão, não se percebe que “convívio” e que “nações” tem em mente o Meia Hora, mas é um facto objectivo que o Irão é membro de pleno direito da ONU – organismo internacional que, mal ou bem, é o fórum onde as nações do mundo “convivem”. A afirmação do MH é portanto desprovida de qualquer valor para caracterizar o posicionamento internacional do Irão. Tem apenas o efeito de dar a conhecer o padrão mental do MH que, pelos vistos, é o dos EUA do senhor Bush e o dos sionistas israelitas.

Sendo assim, percebe-se que o “apoio dado a grupos radicais islâmicos” pelo Irão incomode o MH – foram esses “grupos radicais” que deram o corpo ao manifesto para enfrentar as agressões de Israel ao Líbano em 2006 e recentemente em Gaza. Claro que, por isso, o Irão merece, na óptica retorcida do MH, o anátema de “eixo do mal” – mas não os EUA e Israel que têm às costas, só nos últimos oito anos, bem mais de um milhão de mortos civis em quatro teatros de guerra (Afeganistão, Iraque, Líbano e Palestina).

Países “perigosos”
Classificando o Irão como “um país perigoso”, o MH serve-se de um relatório do International Institute for Strategic Studies (do Reino Unido) para sugerir que o Irão poderia fabricar uma bomba nuclear “até ao fim do ano”. Tudo, claro, “à revelia da ONU”.

Ora, o relatório não afirma o que o MH lhe atribui, e os factos acerca da questão são completamente outros. O Irão produz urânio enriquecido com conhecimento da organização da ONU capacitada para o fazer, a Agência Internacional de Energia Atómica. Mais, o Irão subscreveu o Tratado de Não Proliferação das Armas Nucleares e por isso é fiscalizado pela AIEA – coisa que Israel não fez, tendo-se tornado uma potência nuclear clandestina, sem qualquer controlo, e por isso mesmo “um país perigoso”.

Como que desmentindo tudo o que dissera antes, o MH de 20 de Fevereiro dá conta, (mas numa nota muito pequena…) de uma informação dada na véspera pela AIEA, segundo a qual ”o Irão continua a realizar operações de enriquecimento de urânio” não tendo a AIEA “registado qualquer progresso substancial” no que respeita ao inquérito sobre o “alegado programa nuclear militar de Teerão”.

Chávez é mau
Com o caso de Hugo Chávez, de novo as impressões contam mais que os factos, na mesma linha de jornalismo “insinuante” que o MH pratica.

O facto é este: foi aprovada em 16 de Fevereiro, por referendo, uma emenda à constituição venezuelana que permite a recandidatura, sem limites, de todos os eleitos para cargos políticos. A notícia do MH diz que a Venezuela “coroou Chávez” e que ele agora “pode chegar à eternidade” como presidente.

Houve fraude no referendo? Não. Chávez, ou qualquer candidato venezuelano, têm a partir de agora a reeleição garantida? Também não. O comentário desvairado do MH mostra apenas um propósito: atribuir, de forma inteiramente gratuita, projectos ditatoriais a Hugo Chávez passando por cima do facto de a emenda constitucional ter sido sujeita a sufrágio e ter vencido com o apoio dos votos populares por ampla margem. É isto que dói a todos os Meias Horas.

Uribe é bom
O facciosismo do MH torna-se ainda mais patente lembrando este outro facto: em Junho de 2004, na Colômbia, foi tomada a mesma decisão com o propósito de renovar o mandato do presidente Álvaro Uribe, o traficante de armas e de droga que os EUA apoiam e financiam. A emenda constitucional foi, neste caso, aprovada no parlamento (e não em referendo) apenas por uma diferença de dois votos. Soube-se entretanto, em Abril de 2008, através de uma deputada que deu com a língua nos dentes, que Uribe comprara votos dos deputados – e, diante disto, o Supremo Tribunal de Justiça da Colômbia instituiu um Tribunal Constitucional para impugnar a ilegalidade.

Neste caso sim, o propósito não foi outro senão eternizar o regime corrupto e torcionário que domina a Colômbia contra os interesses da sua população. Mas não parece que o Meia Hora se atreva a dizer que Uribe tenha sido “coroado” ou “eternizado” no poder. [fonte]

Presidente iraniano deseja laços mais fortes com países africanos


Nairobi - O Presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, apelou quarta-feira aos países africanos para ignoraram as críticas dirigidas ao seu país a fim de aproveitar ocasiões disponíveis de reforçar as suas relações políticas e diplomáticas com o Irão.

"É possível entulhar-se o fosso entre os países em desenvolvimento e os países desenvolvidos, desde que os primeiros ignorem os clichés que os impedem de cooperar com o Irão", declarou o chefe do Estado iraniano durante um encontro com o primeiro-ministro queniano, Raila Odinga, no termo da sua visita de dois dias ao Quénia.

Ele indicou que os obstáculos que impedem a progressão dos países em desenvolvimento na Ásia e em África são estereótipos que é preciso ignorar.

O estadista iraniano estimou que os países em desenvolvimento têm uma pontencialidade forte que, se utilizada, pode permitir-lhes ultrapassarem os desafios que se apresentam em matéria de desenvolvimento.

Na sua óptica, os países do Terceiro Mundo podem ultrapassar estes obstáculos reforçando a sua cooperação e pondo em comum os seus recursos.
"Podemos por exemplo reforçar a cooperação entre o Quénia e o Irão em todos os domínios do empreendimento humano pois é através destas trocas que nos poderemos ajudar mutuamente a desenvolver-nos", sublinhou o Presidente do Irão que têm relações difíceis com os Estados Unidos de América que lhe impuseram sanções por suas tentativas de instalar infra-estruturas nucleares no seu próprio território.

Por sua vez, o primeiro-ministro queniano realçou as relações entre o os dois países, declarando que os dois têm ideias similares sobre no tocante a questões internacionais.

Falando da Palestina, Odinga sublinhou que o Quénia e o Irão são favoráveis à criação de um Estado palestino, conforme indica um comunicado dos seus serviços de apoio divulgado quarta-feira pela imprensa.

O chefe do Governo queniano acrescentou que o Quénia apoia igualmente o Irão na sua busca do progresso tecnológico, incluindo o seu programa nuclear. [fonte]

Irão pede ajuda para se aproximar dos EUA


O Irão pediu ajuda a Ancara para restabelecer relações com os Estados Unidos, após 30 anos de relações conflituosas, declarou o primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan numa entrevista ao diário britânico Guardian, publicada esta terça-feira, refere a Lusa.

O primeiro-ministro turco indicou que os responsáveis iranianos fizeram esse pedido enquanto o presidente George W. Bush ainda era presidente dos Estados Unidos.

Na altura, Erdogan transmitiu a mensagem dos iranianos à Casa Branca.

«O Irão deseja realmente que a Turquia desempenhe tal papel. Se os Estados Unidos também o quiserem e nos pedirem para desempenhar esse papel, estamos prontos para fazê-lo», declarou Erdogan, numa entrevista concedida no seu avião ministerial, enquanto viajou para Mardin, no sudeste da Turquia, para uma eleição local.

«(O Irão) disse que se acontecesse algo do género (uma oportunidade de aproximação), desejava que a Turquia desempenhasse um papel», indicou.

Em Novembro de 2008, Erdogan indicou que o seu país podia desempenhar um papel positivo enquanto mediador nas negociações bloqueadas com o Irão na sequência do seu programa nuclear.

O primeiro-ministro turco não indicou, no entanto, se recebeu uma resposta da administração norte-americana relativamente a esta oferta. [fonte]

Irão vai fazer teste à central nuclear de Bushehr


O regime iraniano agendou para amanhã um teste de "software" da central nuclear de Bushehr, no sudeste do país, construída e alimentada pela Rússia e cuja operacionalidade está prevista para não mais tarde que o final deste ano.

O anúncio da “pré-comissão” foi feito hoje pela Organização de Energia Atómica (AEO) iraniana, com o seu porta-voz, Mohsen Delaviz, citado pela agência noticiosa RIA Novosti, a precisar que o presidente da energética nuclear estatal russa Rosatom, Serguei Kirienko estará “presente na cerimónia”.

O vice-presidente da AEO, Mohammad Saidi, indicara já na véspera que esta constitui uma “fase preliminar” à entrada em funcionamento da central – cuja operacionalidade tem sido sucessivamente adiada, desde que, no lançamento do projecto em 1998, foi agendada a sua plena laboração para o final de 2006.

Entretanto, porém, a Rússia – que não apenas está a construir Bushehr como a fornecer-lhe o necessário combustível nuclear (desde finais de 2007) – veio impondo uma série de atrasos, justificando-se com faltas de pagamento por parte de Teerão.
Inúmeros analistas consideram, porém, que tal se deve à pressão ocidental, de onde emergem suspeitas de que o Irão está a tentar desenvolver um programa nuclear com propósitos bélicos.

Teerão mantém que o seu programa de enriquecimento de urânio se destina exclusivamente à produção de energia e recusa-se a ceder às pressões internacionais para que o abandone. A questão pode vir a tornar-se num dos “calcanhares de Aquiles” das relações entre a Rússia e os Estados Unidos. [fonte]

AIEA satisfeita com Teerão

O Irão está a cooperar bem com os inspectores da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA).

A informação é avançada, em comunicado, pelo próprio organismo das Nações Unidas.

A AIEA nota que Teerão está, agora, a apresentar mais relatórios sobre urânio enriquecido.

O país de Ahmadinejad nega que esteja a construir armas nucleares, mas a comunidade internacional está atenta.[fonte]