Akbar Hachémi Rafsandjani, antigo presidente do Irão e alto responsável do país, revela no novo volume das suas memórias que o fundador da República Islâmica, o ayatollah Khomeiny, se preparava para banir o uso da tradicional palavra de ordem "Morte à América".
Chefe do Conselho do discernimento - órgão de arbitragem entre o Parlamento e o Conselho dos Guardiãos - , Rafsandjani revela no V volume das suas memórias que, em 1984, quando era presidente do Parlamento, um deputado lhe sugeriu que fossem "banidas as palavras de ordem 'Morte à América' e 'Morte à União Soviética'". "Disse-lhe: 'foi tomada uma decisão de princípio e o imã [Khomeiny] aprovou-a, mas esperamos o momento oportuno", escreve Rafsandjani.
Recorde-se que, entre 1980 e 1989, o Irão estava em guerra com o Iraque, conflito iniciado pelo regime de Saddam Hussein e que os EUA apoiavam. Daí que Teerão tivesse de esperar por um momento mais adequado para abandonar a sua retórica de ódio contra Washington. O ano de 1980 ficou marcado pelo sequestro dos diplomatas americanos em Teerão, o que levou os EUA a cortarem as suas relações com o Irão.
A revelação de Rafsandjani, um conservador pragmático, caiu mal entre os ultraconservadores que lhe pediram para "corrigir o seu comportamento". Os ultraconservadore acusam ainda Rafsandjani, que foi conselheiro do ayatollah Khomeiny, de estar a usar a informação privilegiada que adquiriu quando trabalhava com o fundador da República.
Lumena Raposo, Diário de Notícias, 21 de Agosto de 2007 [fonte]
Chefe do Conselho do discernimento - órgão de arbitragem entre o Parlamento e o Conselho dos Guardiãos - , Rafsandjani revela no V volume das suas memórias que, em 1984, quando era presidente do Parlamento, um deputado lhe sugeriu que fossem "banidas as palavras de ordem 'Morte à América' e 'Morte à União Soviética'". "Disse-lhe: 'foi tomada uma decisão de princípio e o imã [Khomeiny] aprovou-a, mas esperamos o momento oportuno", escreve Rafsandjani.
Recorde-se que, entre 1980 e 1989, o Irão estava em guerra com o Iraque, conflito iniciado pelo regime de Saddam Hussein e que os EUA apoiavam. Daí que Teerão tivesse de esperar por um momento mais adequado para abandonar a sua retórica de ódio contra Washington. O ano de 1980 ficou marcado pelo sequestro dos diplomatas americanos em Teerão, o que levou os EUA a cortarem as suas relações com o Irão.
A revelação de Rafsandjani, um conservador pragmático, caiu mal entre os ultraconservadores que lhe pediram para "corrigir o seu comportamento". Os ultraconservadore acusam ainda Rafsandjani, que foi conselheiro do ayatollah Khomeiny, de estar a usar a informação privilegiada que adquiriu quando trabalhava com o fundador da República.
Lumena Raposo, Diário de Notícias, 21 de Agosto de 2007 [fonte]
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