tag:blogger.com,1999:blog-81628146899997232342024-03-05T06:48:30.509-08:00Solidariedade com o IrãoBlog da Associação de Amizade Portugal - IrãoUnknownnoreply@blogger.comBlogger227125tag:blogger.com,1999:blog-8162814689999723234.post-4400012974732358562010-07-15T02:54:00.000-07:002010-07-15T02:57:43.170-07:00O despudor e o topete israelitas<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinvqMISzW85PLzhcTvKGAeZxx3kwz93w_u8W6RNivnpd0Q5N22MnN3plqcguJV9gtq4Tigo8lPcF2tonHheLuKhhZOj87wT_U1wviKDcc-ssRCKmfxXrOt6suaFrud8TjfND_bitc4i-sW/s1600/hno.jpg"><img style="float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt; cursor: pointer; width: 150px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinvqMISzW85PLzhcTvKGAeZxx3kwz93w_u8W6RNivnpd0Q5N22MnN3plqcguJV9gtq4Tigo8lPcF2tonHheLuKhhZOj87wT_U1wviKDcc-ssRCKmfxXrOt6suaFrud8TjfND_bitc4i-sW/s200/hno.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5494069959242538658" border="0" /></a>Encontra-se entre nós o ministro dos Negócios Estrangeiros da República Islâmica do Irão, Dr. Manoutchehr Mottaki (que hoje recebeu de manhã jornalistas portugueses para uma franca, aberta e participada conferência) que, como é óbvio e evidente, pelas mais simples regras de cortesia, protocolo e reciprocidade existentes entre países com relações diplomáticas (como é o caso), foi ontem recebido pelo seu congénere português no Palácio das Necessidades. Acto, pois, absolutamente normal e compreensível.<br /><br /></div><div style="text-align: justify;">Não compreensível a reacção despudorada do embaixador sionista em Lisboa que se atreveu a classificar o acto como "surpreendente", lançando duras críticas às autoridades portuguesas por terem recebido o chefe da diplomacia iraniana (ainda a entidade sionista não existia já nós mantinhamos relações diplomáticas com o Irão).<br /><br />Surprendente, de facto, o topete do representante daquela potência nuclear regional - frequentemente desestabilizadora da região - que pretende impôr a sua agenda aos demais Estados soberanos.<br /><br />Surpreendente como um Estado, que reiteradamente e tantas vezes violou determinações das Nações Unidas, se arvora em ofendido quando outros não se vergam à sua vontade.<br /><br />Surprendente vindo de um estado agressor o que, até ver, nunca foi o caso do Irão...<br /><br />Cada um que tire as suas conclusões.<br /><br />14 de Julho, 2010, <a href="http://reverentia-lusa.blogspot.com/2010/07/o-despudor-e-o-topete-israelitas.html"><span style="font-style: italic;">Reverentia</span></a>.<br /><span style="font-weight: bold;">Humberto Nuno de Oliveira</span><br /></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8162814689999723234.post-35106592706650405742010-07-15T02:50:00.000-07:002010-07-15T02:54:04.661-07:00O Irão e a energia nuclear<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOa5cFH_FYP0GIBeW9HMUENbwBBC6oftnHptzb-8PgBytN3U6sGpIVsZ-r3UVMt4O8DKC034zmA27maHSdhaPIInMTK2joGx77DAaGwuv9tK5pImXFzBcqHuMoJpSSN89cUGAXkkO6cbmK/s1600/MottakiAmado.jpg"><img style="float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt; cursor: pointer; width: 142px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOa5cFH_FYP0GIBeW9HMUENbwBBC6oftnHptzb-8PgBytN3U6sGpIVsZ-r3UVMt4O8DKC034zmA27maHSdhaPIInMTK2joGx77DAaGwuv9tK5pImXFzBcqHuMoJpSSN89cUGAXkkO6cbmK/s200/MottakiAmado.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5494068991661662146" border="0" /></a>Com cerca de 72 milhões de habitantes, a República Islâmica do Irão, na direcção da sua construção e esplendor, realizou grandes esforços e teve um grande de- senvolvimento na área da energia nuclear pacífica. No quadro das quatro décadas de presença do Irão na Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA) e de acordo com o Tratado de Não-Proliferação das Armas Nucleares (TNP), todos os progressos científicos são apenas para fins pacíficos e económicos.<br /></div><div style="text-align: justify;"><br />No entanto, no seguimento das suas actividades, no passado com a provocação de Saddam Hussein para impor uma guerra destrutiva de oito anos contra o Irão e agora com as sanções económicas e as pressões políticas com diversos pretextos, os Estados Unidos da América têm liderado um movimento que molda a opinião pública a propósito das actividades nucleares do Irão, que dizem ter como objectivo o acesso às armas nucleares.<br /><br />Apesar da insistência de mais de 20 relatórios da AIEA sobre a ausência de provas de desvio das actividades nucleares do Irão para fins militares, e da ausência de qualquer prova para tal acusação rancorosa dos EUA, a pergunta principal é saber porque é que o governo dos EUA, intencionalmente, mistura os seus objectivos políticos com tal inimizade rancorosa contra o Irão.<br /><br />A seriedade do Irão relativamente aos seus compromissos e leis internacionais, incluindo o TNP, é exemplar. O Irão nunca falhou compromissos e as suas actividades nucleares tiveram sempre vigilância da AIEA, que fez mais de 30 inspecções sem pré-avisos às instalações nucleares iranianas. Comparativamente com outros membros da AIEA, foi no Irão que a agência realizou o maior número de inspecções: 4500 pessoas/dia. No quadro dos seus compromissos na organização, o Irão aceitou a observação da agência para as suas actividades. Actualmente, as câmaras da agência estão constantemente a obter imagens das actividades nucleares. Nas instalações nucleares do Irão, todas as entradas e saídas de produtos nucleares são medidas por inspectores.<br /><br />Em contrapartida, já passaram quatro décadas desde a aprovação do TNP e o mundo continua à espera da aplicação do sexto artigo do tratado sobre o desarmamento dos países possuidores de armas nucleares. Infelizmente, tal não aconteceu. Pelo contrário, os possuidores destas armas de-sumanas defendem, sempre, a sua manutenção como parte da sua defesa. Alguns até ameaçam outros países com essas armas. O incumprimento do tratado não se limita a este ponto, mas serviu, também, para ajudar a equipar o regime sionista com essas armas destruidoras. De modo que o regime sionista, com o sentimento do apoio dos Estados Unidos, recusou ser membro da AIEA e não assinou o TNP.<br /><br />Actualmente, esse regime tem na sua posse 200 ogivas nucleares. É por isso que Israel está no sexto lugar entre os países do mundo com arsenais nucleares. São, de facto, os mesmos países que não permitiram a aprovação de qualquer resolução por parte das Nações Unidas sobre os perigos das armas de destruição em massa de Israel.<br /><br />As Nações Unidas foram criadas para a promoção da paz no mundo. Infelizmente, a organização transformou-se num clube exclusivo dos países com direito de veto. Durante quatro décadas, os detentores de armas nucleares não cumpriram as promessas para as destruir. Hoje todos os países assistem ao aumento do equipamento e ao armamento do regime sionista.<br /><br />Isto acontece numa altura em que, apesar da cooperação extraordinária do Irão com a AIEA e da falta de provas do desvio das actividades nucleares do Irão, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou quatro resoluções contra o Irão sem qualquer fundamento legal.<br /><br />Repetidamente, o Irão declarou que procura ter acesso aos inúmeros benefícios da energia nuclear pacífica em diversas áreas, como a radioterapia, a energia, a indústria e a agricultura. De acordo com a presença na AIEA e no TNP, o Irão acredita ter o direito de acesso aos recursos necessários para utilização dessa ciência desenvolvida para os seus objectivos pacíficos. Do mesmo modo que o povo e o governo do Irão respeitam os compromissos com o TNP, também não podem permitir qualquer país prive o Irão do seu direito fundamental e elementar que é o acesso à energia nuclear. Como num futuro próximo, todas as energias fósseis vão ser esgotadas, o desenvolvimento e o progresso do país depende dessas fontes de energia: a energia nuclear é economicamente mais sustentável e limpa para o ambiente.<br /><br />O Irão é contra a posse de armas nucleares que considera desumanas e "haram" [proibida pelo islão]. O Irão acredita ainda que, para eliminar as ameaças mundiais, todas as armas nucleares devem ser destruídas o mais rapidamente possível. Por isso, na conferência sobre a revisão do TNP, o presidente da República do Irão apresentou propostas para livrar o mundo de armas nucleares. De acordo com essas propostas, o mundo, e especialmente o Médio Oriente, deve ficar livre de arsenais nucleares e todos os países devem tomar iniciativas para o desarmamento do regime sionista, a maior ameaça à paz na região.<br /><br />Desde 1974 que o Irão é pioneiro na aplicação deste slogan e faz dele uma política primordial. A realização da Conferência de Teerão, no mês de Abril, sobre desarmamento nuclear com o lema "Energia nuclear para todos, armas nucleares para ninguém", mostrou a posição da República Islâmica do Irão e de uma grande parte dos países do mundo sobre as armas nucleares.<br /><br />Felizmente, no palco internacional, estamos a assistir a evoluções muito importantes na recusa do unilateralismo, das políticas discriminatórias, da utilização das políticas ambíguas e da instrumentalização das organizações internacionais para objectivos e fins políticos. A oposição de três países (Brasil, Turquia e Líbano) à Resolução 1929 contra o Irão, no Conselho de Segurança, anuncia o início das novas relações no palco internacional.<br /><br />Lula da Silva, o presidente do Brasil, mostrou o seu desgosto com a decisão do Conselho de Segurança das Nações Unidas. O presidente Lula afirmou que a aprovação traduz o comportamento "contraditório" do conselho perante o Irão. É interessante sublinhar que a aprovação da Resolução se realizou numa altura em que - no seguimento do pedido escrito de Barack Obama - os dois países, Brasil e Turquia, tinham tomado a iniciativa de assinar a Declaração de Teerão, criando um clima de confiança que eliminasse as preocupações que os EUA queriam lançar sobre o programa nuclear do Irão.<br /><br />A actuação de países independentes e eficazes, como a Turquia e o Brasil, mostra uma nova postura nos diversos palcos internacionais, onde todas as nações participam com justiça e respeito perante os direitos de todos os países independentes. Essa nova actuação está a substituir o procedimento injusto e discriminatório actual e recusa as posições ambíguas.<br /><br />A afirmação e a aprovação da declaração final da Conferência de Revisão do TNP pela comunidade internacional, em Nova Iorque, reforçou a necessidade de adesão do regime sionista ao tratado, bem como a aceitação das inspecções da AIEA sobre as suas actividades atómicas. Foi também mais um grande sinal para os EUA, que apoiam incondicionalmente o regime sionista com uma dupla política. Os EUA devem aprender a respeitar a vontade dos povos e deixar o mundo seguir o seu caminho na direcção de paz.<br /><br />Portugal tem um clima suave e um povo tolerante, que há muitos séculos tem relações com os iranianos, e que conhece muito bem objectivos pacíficos e totalmente tolerantes. Espero que a minha visita a Portugal, um país tão lindo, seja mais um passo no desenvolvimento e na diversificação das nossas relações, a todos os níveis, e no entendimento crescente entre os nossos povos e governos.<br /><br />14 de Julho, 2010, <a href="http://www.ionline.pt/conteudo/69049-o-irao-e-energia-nuclear"><span style="font-style: italic;">i Online</span></a>.<br /><span style="font-weight: bold;">Manoucher Mottaki</span><br /></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8162814689999723234.post-42227824419458901932010-04-17T05:27:00.000-07:002010-04-17T05:33:52.911-07:00Embaixador para a Santa Sé em entrevista<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYX_IVpG68JlNeSuUTcK2YHJzHUNtNvLKI-fgSN4fk_XTMnStSI6h6eoGM0ERVQBTz2dwmz9ipdExfrconO1VroU0j3pmh5otJ6R9EKIOu1Nrkz8YSZP3-FDP1Qf4povk2Bpp3eidsBMgI/s1600/BentoXVIAliNasseri.jpg"><img style="float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt; cursor: pointer; width: 168px; height: 256px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYX_IVpG68JlNeSuUTcK2YHJzHUNtNvLKI-fgSN4fk_XTMnStSI6h6eoGM0ERVQBTz2dwmz9ipdExfrconO1VroU0j3pmh5otJ6R9EKIOu1Nrkz8YSZP3-FDP1Qf4povk2Bpp3eidsBMgI/s200/BentoXVIAliNasseri.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5461082851799560754" border="0" /></a>Entrevista a sua Excelência, embaixador da República Islâmica no Irão na Santa Sé, <span style="font-weight: bold;">Ali Akbar Nasseri</span> (na foto com sua eminência, o Papa Bento XVI, no passado dia 11 de Abril). Levada a cabo pelos nossos correspondentes <span style="font-weight: bold;">Tiberio Graziani</span> e <span style="font-weight: bold;">Antonio Grego</span> no passado dia 12 de Abril, em Roma.<br /><br /></div><div style="text-align: justify;"> <span style="font-weight: bold;">Há alguns dias Teerão anunciou que organizará nos dias 17 e 18 de Abril uma conferência sobre o desarmamento nuclear no qual participarão delegados de muitos países. A conferência terá como temática “a energia nuclear para todos, armas nucleares para ninguém”. Pode explicar-nos quais os motivos que levaram o Irão a organizar esta conferência?</span><br /><br />Ali Akbar Nasseri – Em nome de Deus, o benevolente, o misericordioso, agradeço-vos a vossa presença e saúdo de igual modo o vosso ponto de vista, inspirado no direito e na razão. Quanto à vossa pergunta: a acumulação de armas nucleares é contrária à paz mundial e é motivo de preocupação por parte da comunidade internacional. Fora toda a propaganda e palavras de ordem realizadas, até agora não se levou a cabo nada em concreto para acabar com as armas nucleares. A República Islâmica do Irão, com a finalidade de ultrapassar os actuais desafios mundiais no que a isto diz respeito e a de apresentar soluções para termos um mundo sem armas nucleares e de destruição em massa, organiza esta conferência na qual participarão autoridades de mais de 60 nações. Com a conferência de Teerão sobre o desarmamento, é nossa intenção promover o princípio pelo qual “a energia nuclear pacífica esteja à disposição de todos os povos enquanto que as armas nucleares não estejam à disposição de ninguém.”<br /><br /><span style="font-weight: bold;">A China anunciou que irá participar na conferência de Teerão sobre a questão nuclear e continua a afirmar-se como sendo contra novas sanções ao Irão. Os Estados Unidos e Israel, contudo, estão a fazer tudo o que podem para que a China desista da sua decisão de apoiar a causa nuclear iraniana. Só a importância estratégia que o Irão constitui para a China, sobretudo com base no aprovisionamento de recursos energéticos, terá servido até agora como protecção contra esses pedidos. Contudo, até que ponto são sólidos os vínculos entre a China e o Irão nesta altura? Conseguirá o Ocidente afastar a China para o seu lado ou terá que renunciar a essa estratégia?</span><br /><br />Ali Akbar Nasseri – A actividade nuclear iraniana é uma actividade completamente pacífica. O Irão é membro da AIEA e signatário do Tratado de Não proliferação Nuclear. Toda a actividade referente à questão nuclear está, portanto, sob supervisão dos inspectores da dita agência. Aplicar sanções ao Irão não tem qualquer fundamento jurídico nem legal e é, principalmente, contrário aos protocolos do Tratado. Os Estados Unidos e Israel, que possuem ogivas nucleares e nos ameaçam com ataques militares, persistem numa política que não vai dar a lado nenhum. No que diz respeito à China, recordo-vos que Teerão e Pequim têm consolidado relações de amizade que remontam já ao passado. A posição independente da China em defesa da actividade nuclear pacífica por parte do Irão é digna de admiração. Esperamos que a China e a Rússia não se deixem influenciar pelas pressões políticas dos Estados Unidos e conservem, assim, a sua posição independente nesta questão.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Além da China, também outros países têm exprimido a sua proximidade e a sua amizade para com o Irão, entre eles, a Rússia, a Turquia, o Brasil e a Venezuela. Embaixador, julga que será possível, juntamente com estes países, criar uma frente compacta de oposição e reacção ao modelo de fragmentação e de agressão levado a cabo contra o continente eurásico e a América indolatina por parte dos Estados Unidos e de Israel?</span><br /><br />Ali Akbar Nasseri – Por sorte a era do domínio do poder colonialista das potências coloniais acabou. Os países livres colaboram com base nos seus interesses bilaterais. Com união e com uma maior colaboração a ordem colonialista dos Estados Unidos não alcançará os seus objectivos. Vemos com bons olhos esta frente de oposição que conseguia obter resultados concretos para a paz mundial, seja na América Latina, em África, na Ásia e também em certos países europeus. Os países que mencionaram estão a tentar construir uma política justa nessa via. Os Estados Unidos da América, com um arsenal repleto de armas nucleares e de armas de destruição em massa e com um passado negro no que diz respeito à utilização de armas nucleares, têm ameaçado mais recentemente até com um ataque nuclear. Os Estados Unidos, que apoiam o regime ilegítimo de Israel – dotado de armas nucleares – não têm qualquer autoridade para emitir juízos de valor acerca da actividade nuclear civil do Irão. É nosso desejo que a mesma Agência para a Energia Nuclear e Atómica não ceda às pressões dessas potências e que, com base nos seus regulamentos e nos da ordem jurídica, controle as actividades nucleares pacíficas de todos os países e, assim sendo, acabe com a produção de armas nucleares e de destruição em massa. É nosso desejo que a AIEA desempenhe a sua função nesse sentido.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Precisamente nos últimos dias, Obama, tendo em vista a cimeira de Washington sobre a segurança nuclear, anunciou uma radical mudança de estratégia sobre a utilização de armas nucleares. Os Estados Unidos anunciam que querem utilizar as armas nucleares só em casos extremos e nunca contra Estados que respeitem o Tratado de Não Proliferação Nuclear. Contudo, Obama acrescentou que estas novas regras não se aplicam nem à Coreia do Norte nem ao Irão que, consequentemente, continuam sob a ameaça de um ataque, também com bombas nucleares. Como sabemos, não obstante, o Irão é um dos signatários do Tratado e até agora respeitou todos os vínculos deste e aceitou as inspecções da AIEA, ao contrário de Israel que não é signatária do Tratado e que possui centenas de ogivas atómicas que ameaça utilizar contra os seus vizinhos. Que resposta pretende o Irão dar a esta enésima movimentação propagandística de Obama?</span><br /><br />Ali Akbar Nasseri – É necessário admirarmo-nos por o Irão estar sob ameaça de um ataque nuclear por parte dos Estados Unidos graças à sua nuclearização estritamente civil como, por outro lado, foi também confirmado em várias ocasiões pelas inspecções da AIEA. Os EUA têm uma atitude ambígua, de facto, ameaçam o Irão pela sua nuclearização pacífica, ao mesmo tempo que apoiam o regime sionista de Israel – que não assinou o Tratado sobre a proliferação nuclear e que possui ogivas nucleares – económica, política e militarmente. Neste âmbito, o Irão não precisa de fazer qualquer propaganda em seu favor nesta questão. A Comunidade Internacional, que está consciente de tudo isto, e os analistas dos órgãos de comunicação independentes e livres julgarão esta questão e desta tirarão as suas conclusões sobre a posição dos Estados Unidos. De qualquer modo, o Irão seguirá o seu caminho até obter o seu direito à energia nuclear pacífica. O Irão considera que a energia nuclear pacífica e a tecnologia nuclear são um direito de todos os países e de todos os povos do mundo. As sanções e as ameaças não incidirão, em absoluto, sobre a nossa vontade fundamentada nos direitos do Irão. Não incidirão, em absoluto, sobre a autoridade do povo do Irão.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Falou-nos da Comunidade Internacional, que poderia fazer a União Europeia para facilitar as relações entre o Irão e os Estados Unidos, considerando que a União Europeia é uma parte substancialmente constitutiva da frente Ocidental?</span><br /><br />Ali Akbar Nasseri – No que diz respeito a melhorar as relações entre os Estados Unidos e o Irão, considero não haver necessidade de mediadores. Se os Estados Unidos reduzirem a sua posição colonialista e deixarem de lado as suas posições hostis para com outros povos e também para com o Irão, se optarem pela via do respeito recíproco entre os países, as relações com os diversos países tornam-se automaticamente boas. Se os Estados Unidos estenderem a mão de modo sincero, os problemas resolver-se-ão; mas como diz o Guia Supremo: “Obama estende-nos a mão com uma luva de veludo que pode bem ocultar um punho de ferro”. Por causa das acções hostis e das contínuas ameaças por parte dos Estados Unidos, em particular no último discurso de Obama acerca da ameaça de um ataque nuclear, temos a certeza de que os Estados Unidos não estão interessados em boas relações. Mesmo assim, esperamos que a União Europeia – como potente pólo económico – adopte uma posição independente nas diferentes questões de interesse internacional e que não siga as políticas dos Estados Unidos.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">A Santa Sé pode facilitar, como autoridade moral e religiosa, as relações entre o Irão e a União Europeia e entre o Irão e os Estados Unidos?</span><br /><br />Ali Akbar Nasseri – Da Santa Sé, pela sua missão religiosa e enquanto portadora da mensagem de Jesus Cristo, esperamos muito mais do que conselhos morais e religiosos. Gostaríamos que esta assuma uma posição firme, determinada e emblemática ante as ameaças das potências agressivas que promovem a guerra. Com tais posições contra os vexames a que são sujeitos os povos por parte das potências colonialistas, a Santa Sé pode facilitar essas relações. A Santa Sé poderia pressionar as potências ocidentais a reverem a sua posição no que diz respeito à política internacional.<br /><br /></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8162814689999723234.post-858986443150182072010-04-03T02:29:00.000-07:002010-04-03T02:32:04.178-07:00Entrevista a Rasool Mohajer, Embaixador do Irão em Lisboa<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://img1.rtp.pt/icm//thumb/phpThumb.php?src=/antena1/images/53/53af6cddcb8662531fca7a54803124e8&w=473&sx=27&sy=28&sw=545&sh=514&q=75"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 303px; height: 285px;" src="http://img1.rtp.pt/icm//thumb/phpThumb.php?src=/antena1/images/53/53af6cddcb8662531fca7a54803124e8&w=473&sx=27&sy=28&sw=545&sh=514&q=75" alt="" border="0" /></a>Embaixador do Irão em Lisboa acusa os Estados Unidos de serem comandados a partir de Israel.<br /></div><div style="text-align: justify;"><br />O Irão diz que é transparente na política de energia nuclear e que a Agência Internacional de Energia Atómica viu tudo o que quis ver. Por outro lado, o Embaixador Rasool Mohajer sublinha que o Irão não vai alterar a política que tem seguido e lembra que a "gritaria" de alguns países que pedem mais sanções enfrenta o apoio, por exemplo, de Rússia e China, países que "entendem o Irão".<br /><br />Rasool Mohajer diz ainda que o Irão é um país independente, que não espera uma guerra mas que no passado já deu boas lições aos invasores. Quanto a Israel, Rasool Mohajer diz que influencia de forma decisiva a política dos Estados Unidos na região. Entre a política seguida por Obama e George W Bush, o Embaixador do Irão ainda não vê qualquer diferença. Entrevista do jornalista José Manuel Rosendo.<br /></div><br /><embed src="http://tv1.rtp.pt/antena1/player.swf" bgcolor="#ffffff" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" flashvars="file=http://mp3.rtp.pt/mp3/wavrss/info/nacional/770642_60548.mp3" width="491" height="20"></embed>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8162814689999723234.post-89371742091388416962010-03-08T16:09:00.000-08:002010-03-08T16:19:48.145-08:00Ahmadinejad qualifica de "grande mentira" atentados de 11 de Setembro<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcCq2suRk2koWKN0Cdyo89Wu1ZJVrEW0Kda81V5ztdeUSYBUssWVViHyLzT4xSB4tCKqMojWSXwuGryxbLwitQMCY6SS7ydAdgPGWj3FiX51wEzFekYaSSUrLKqtSTknmFLgfKpIgwIx_B/s1600-h/911.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 200px; height: 150px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcCq2suRk2koWKN0Cdyo89Wu1ZJVrEW0Kda81V5ztdeUSYBUssWVViHyLzT4xSB4tCKqMojWSXwuGryxbLwitQMCY6SS7ydAdgPGWj3FiX51wEzFekYaSSUrLKqtSTknmFLgfKpIgwIx_B/s200/911.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5446422160449248978" border="0" /></a>Teerão - O Presidente do Irão, Mahmud Ahmadinejad, afirmou que a versão oficial dos atentados de 11 de Setembro é uma "grande mentira" utilizada pelos Estados Unidos para justificar a invasão do Afeganistão.<br /></div><div style="text-align: justify;"><br />"O 11 de setembro foi uma grande mentira e um pretexto para a guerra contra o terrorismo e para a invasão do Afeganistão", disse Ahmadinejad numa reunião com funcionários do Ministério das Informações, citado pelos media iranianos.<br /><br />"Os atentados de 11 de Setembro fazem parte de uma complexa estratégia dos serviços secretos", disse também.<br /><br />O presidente iraniano já tinha questionado a versão norte-americana dos atentados de 2001, que responsabiliza a Al-Qaida, mas esta foi a primeira vez que lhe chamou uma "grande mentira".<br /><br /><span style="font-style: italic;">Angola Press</span>, 7 de Março de 2010.<br /></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8162814689999723234.post-42958478878812356462010-03-08T16:01:00.000-08:002010-03-08T16:04:20.322-08:00Lula diz não ser prudente "encostar o Irão a parede"<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2ycTB2lJCT3Vf1ElfCkP1psxn9gpUHpfxRBLFfoopOFStUvekIVW0Mn5Izrr7qfITQV_tJcs3MaFlW1aIlWF7Ai02l7l9tmSWsWzk75G234UNYC7V5LulDIh_du0NzY1VOOyoiq2DkkZH/s1600-h/LulaAhmadinejad.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 200px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2ycTB2lJCT3Vf1ElfCkP1psxn9gpUHpfxRBLFfoopOFStUvekIVW0Mn5Izrr7qfITQV_tJcs3MaFlW1aIlWF7Ai02l7l9tmSWsWzk75G234UNYC7V5LulDIh_du0NzY1VOOyoiq2DkkZH/s200/LulaAhmadinejad.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5446418173150665938" border="0" /></a>Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou quarta-feira, que não é prudente "encostar o Irão a parede", mas sim, investir no diálogo para resolver o impasse sobre o programa nuclear da República Islâmica.<br /></div><div style="text-align: justify;"><br />As declarações foram feitas pouco antes do encontro de Lula com a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, que busca o apoio do Brasil, que ocupa uma cadeira rotativa no Conselho de Segurança da ONU, para impor novas sanções ao Irão pelo seu programa nuclear.<br /><br />"Não é prudente encostar o Irão a parede, o que é prudente é estabelecer negociações", afirmou Lula a jornalistas.<br /><br />O presidente voltou a defender o uso de energia nuclear para fins pacíficos. "Se o Irão tiver concordância com isso, o Irão terá o apoio do Brasil", afirmou Lula.<br /><br />Sobre um possível pedido de apoio brasileiro da secretária dos EUA contra o Irão, Lula disse que a questão deve ser tratada com o chanceler Celso Amorim, que recebeu Hillary antes do encontro dela com o presidente.<br /><br />Lula, que disse já ter tratado com líderes mundiais, incluindo o presidente norte-americano, Barack Obama, sobre a posição do Brasil com relação ao Irão, acrescentou que pretende ter uma "conversa muito franca" com o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, sobre a questão.<br /><br />"Se o Irão quiser ir além disso (uso pacífico da energia nuclear), o Irão irá contra o que está estabelecido na Constituição brasileira, e por isso nós não poderemos concordar", afirmou o presidente.<br /><br />Lula tem viagem prevista à República Islâmica em Maio. Ahmadinejad esteve no Brasil em Novembro do ano passado, quando Lula também defendeu o direito iraniano a um programa nuclear com fins pacíficos.<br /><br /><span style="font-style: italic;">Angola Press</span>, 4 de Março de 2010.<br /></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8162814689999723234.post-8700896907589673442010-03-08T15:54:00.000-08:002010-03-08T15:57:55.093-08:00Teerão critica falta de confiança dos ocidentais na política nuclear<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGE-1yU00Gi0kWLMO2j7WkH-JSTErSmGxHSWPHmysatTRXjfAQhIqLs5SZpSJBkJZB7819c4elcoSjAgybhNJj4C1-XdrVcJFdtECyVPKjfeS8JRlo5JQmRLqmwn6qafn7dwcY8Js-NWE6/s1600-h/aiea.png"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 192px; height: 142px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGE-1yU00Gi0kWLMO2j7WkH-JSTErSmGxHSWPHmysatTRXjfAQhIqLs5SZpSJBkJZB7819c4elcoSjAgybhNJj4C1-XdrVcJFdtECyVPKjfeS8JRlo5JQmRLqmwn6qafn7dwcY8Js-NWE6/s200/aiea.png" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5446416526521477522" border="0" /></a>O Irão criticou ontem a falta de confiança dos Estados Unidos, da França e da Alemanha na política nuclear iraniana, numa carta aberta ao conselho de ministros da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), reunido em Viena para examinar a possibilidade de novas sanções contra Teerão.<br /></div><div style="text-align: justify;">Na carta, o Irão cita as “faltas de cumprimento” dos três países nos contratos assinados com Teerão na área nuclear, antes da revolução de 1979. O país pede aos ministros da AIEA que tenham em consideração a questão no momento de avaliar as “contestações legítimas” do Irão no âmbito nuclear. A República Islâmica afirma que um problema de confiança com as grandes potências levou o país a rejeitar a proposta de trocar o urânio iraniano ligeiramente enriquecido por combustível para o reactor de pesquisas de Teerão, e a decidir iniciar no seu próprio território a produção de urânio altamente enriquecido (a 20 por cento).<br />A recusa provocou uma condenação da AIEA em Novembro. Os ministros da agência analisam desde ontem uma quarta etapa de sanções contra Teerão no Conselho de Segurança da ONU.<br />Na carta aberta, o Irão recorda as divergências com os Estados Unidos, Alemanha e França, que não entregaram, após a revolução islâmica de 1979, o combustível nuclear que o regime do xá havia comprado para o reactor de Teerão e a central nuclear de Busher.<br /><br />Programa nuclear duvidoso<br /><br />O director-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Yukiya Amano, advertiu ontem, em Viena, que os inspectores do órgão não conseguiram confirmar a natureza pacífica do programa nuclear do Irão. “Não conseguimos comprovar que todo o material nuclear no Irão é destinado a actividades pacíficas, já que o Irão não ofereceu à AIEA a cooperação necessária”, disse o japonês na abertura da reunião do conselho de ministros da AIEA.<br />Segundo Amano, que assumiu o cargo em Dezembro, a “cooperação necessária” inclui a “aplicação das resoluções relevantes do conselho de ministros e do Conselho de Segurança da ONU”, além da implementação do protocolo adicional do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP). Este protocolo permite aos especialistas da AIEA fazer inspecções sem aviso prévio em qualquer instalação da República Islâmica.<br /><span style="font-style: italic;">Jornal de Angola</span>, 2 de Março de 2010<br /></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8162814689999723234.post-70191144236051178372010-03-02T11:53:00.000-08:002010-03-02T11:59:22.959-08:00Guerra ao Terror: desculpa para treinar terroristas<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhw49e4QVFin-JN3U_HsHrM9_ASBh_1b0vfGYlmAnw_lDZ627DEME0yPlK3JKhyRdTwyamjAnpr5dltGv34KLdPs40uX2fBmkB_yRQ7X6Agk9VM4OzLk-Exw1JY4SuNfAUZEJPclRSy4dH6/s1600-h/Mottaki.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 200px; height: 135px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhw49e4QVFin-JN3U_HsHrM9_ASBh_1b0vfGYlmAnw_lDZ627DEME0yPlK3JKhyRdTwyamjAnpr5dltGv34KLdPs40uX2fBmkB_yRQ7X6Agk9VM4OzLk-Exw1JY4SuNfAUZEJPclRSy4dH6/s200/Mottaki.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5444127452092462626" border="0" /></a>O Ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Manouchehr Mottaki, afirmou que a pretensa Guerra ao Terror do ex-presidente dos EUA, George W. Bush, na verdade serviu de cobertura para o treino de terroristas.<br /></div><div style="text-align: justify;"><br />“Combater o terrorismo por acaso significará apoiar assassinos profissionais?” Questionou no Conselho dos Direitos Humanos da ONU, em Genebra, de acordo com o porta-voz o Ministério dos Negócios Estrangeiros, Ramin Mehmanparast, que o acompanhou nesta viagem.<br /><br />“Os EUA devem explicar porque razão agendaram um encontro com Abdolmalek Rigi. Os EUA devem explicar porque razão se encontrava Abdolmalek Rigi na base dos EUA no Afeganistão e porque razão este se ia encontrar com dirigentes americanos de topo na base americana de Manas, nos arredores da capital de Kyrgyz, Bishkek”, acrescentou.<br /><br />A semana passada, as forças de segurança iranianas capturaram o líder do grupo terrorista de Jundallah, Abdolmalek Rigi, enquanto este se encontrava a bordo de um voo do Dubai para o Kyrgistão.<br /><br />“Os EUA não estão a par de que mais de 400 pessoas foram assassinadas ou feridas em actos criminosos levados a cabo por este grupo?”, acrescentou Mottaki.<br /><br />Mehmanparast indicou que o ministro dos Negócios Estrangeiros também criticou os aliados europeus dos Estados Unidos por removerem a Organização dos Mujahedin do Povo (MKO) da sua lista de grupos terroristas.<br /><br />O MKO, listado como grupo terrorista no Irão, no Iraque, no Canadá e nos Estados Unidos da América, assumiu a autoria de inúmeros atentados mortais levados a cabo contra membros do governo iraniano e contra civis iranianos nos últimos 30 anos.<br /><br />Entre estes ataques incluem-se os assassinatos do falecido presidente Mohammad-Ali Rajaei, do primeiro-ministro Mohammad-Javad Bahonar e do chefe judiciário Mohammad Beheshti.<br /><br />Também é conhecida a colaboração da MKO com o ex-ditador iraquiano Saddam Hussein na supressão das revoltas no Sul do Iraque em 1991 e no massacre dos curdos iraquianos.<br /><br />A organização é, para além disto, conhecida pelos seus aspectos de seita, nomeadamente pelas tácticas de intimidação exercidas contra os seus próprios membros, tais como o assassinato e a tortura de membros que a abandonem.<br /><br /></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8162814689999723234.post-4410390200521786442010-03-02T07:50:00.001-08:002010-03-02T08:02:03.187-08:00AAPRII<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguiYbEnqd9MdBtNLfaIkW0uhsrsTHmWLngTgnaaMkfPDvznx4tJ4zZaSiYETDs8YCQ86Ip0AxReCVbgdKi-gmyOpj9ni0hT_JZOSRoApjJJmm-EDOSPJEJdnVxVnnJgUPPXeOW6YZtLMiM/s1600-h/AAPRII.png"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 170px; height: 87px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguiYbEnqd9MdBtNLfaIkW0uhsrsTHmWLngTgnaaMkfPDvznx4tJ4zZaSiYETDs8YCQ86Ip0AxReCVbgdKi-gmyOpj9ni0hT_JZOSRoApjJJmm-EDOSPJEJdnVxVnnJgUPPXeOW6YZtLMiM/s200/AAPRII.png" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5444067185236889586" border="0" /></a>Foi com alguma surpresa, mas também com agrado, que verificámos o surgimento da <a href="http://aaprii.com/">Associação de Amizade de Portugal à República Islâmica do Irão</a> (AAPRII), embora tal denote também o mau trabalho da AAPI nos últimos quatro anos, que na prática, embora contando com o reconhecimento das autoridades de Teerão, nunca se legalizou como associação.<br /></div><div style="text-align: justify;">Reproduzimos em seguida o primeiro comunicado da AAPRII e adicionamos o seu endereço às nossas ligações. Com a <a href="http://aaprii.com/">AAPRII</a>, o <a href="http://www.portugaliranbc.com/">PIBC</a> e a ainda activa AAPI, a República Islâmica do Irão conta actualmente com a simpatia de três organismos independentes. Que muitos mais surjam.<br /><br /><div style="text-align: center;"><span style="font-weight: bold;">Comunicado 1 - Terrorismo em Teerão</span><br /></div><br />No dia 12 de Janeiro de 2010 houve uma tremenda explosão em Teerão. Vítima entre elas o físico nuclear Massoud Ali Mohammadi.<br /><br />A investigação não deixou dúvida - ATENTADO.<br /><br />A comunicação social ocidental noticiou "secamente" sem dar ao sucedido qualquer relevância, nem gastou muito tempo ou espaço. E, sem comentários.<br /><br />Os habituais e repetitivos comentadores políticos ficaram mudos.<br /><br />Igual situação em Nova York ou Tel Aviv daria horas de antena e Km de papel, e os comentadores políticos deliciar-se-iam<br /><br />Fora do contexto da guerra, que está claramente deferido, qualquer ataque a pessoas ou bens é crime. Se a motivação for económica, que é o mais corriqueiro chamam-lhe delito comum. Se for familiar trata-se de crime passional, etc, etc ...Se a motivação é política é terrorismo.<br /><br />Que se saiba não houve desentendimento, na família do Sr.... nem aquele atentado benificiou, quem quer que fosse, pessoalmente. Não restam pois dúvidas que se tratou de motivação política. Terrorismo. Então porque não foi tratadopela comunicação social como já nos vem habituando a ver tratar.<br /><br />Terrorismo? Toda a gente, íncluindo esta associação, condena o terrorismo. Mas todo o terrorismo? Ou será que há dois tipos de terrorismo? Um mau, apelidado de satânico pelo americano Bush: Argélia 195..; Congo 1959/60; Angola 1961; ETA no tempo de Franco; Laos e Camboja durante a guerra do Vietnam; assassínios sem conta na Améria Latina; massacres a palestinianos; bombardeamentos a civis no Iraque; Afeganistão e Paquistão; bombardeamento a Trípoli em 1986, etc...; E um bom como o atentado em Teerão?<br /><br /></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8162814689999723234.post-79738649772922738822010-02-14T15:28:00.000-08:002010-02-14T15:40:51.572-08:00A traição dos Nobel<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtSYh7nIx3iJHuPkvLC0U0wVjDLHFWzLeWr9LXmP5veFnraXIll8C4uYOuzRweruxvzmn5vwvu5AYqUUSXMgkQFoDyBmq2UlslebejIv77bfyLny4LCB83-CBuEx6iEX5KV7j0OffmVX4c/s1600-h/ElieWiesel.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 135px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtSYh7nIx3iJHuPkvLC0U0wVjDLHFWzLeWr9LXmP5veFnraXIll8C4uYOuzRweruxvzmn5vwvu5AYqUUSXMgkQFoDyBmq2UlslebejIv77bfyLny4LCB83-CBuEx6iEX5KV7j0OffmVX4c/s200/ElieWiesel.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5438247314085108354" border="0" /></a>Elie Wiesel baptizou modestamente a sua benévola fundação com o nome de Fundação Elie Wiesel para a Humanidade. Ao abrigo desta recolheu as assinaturas de 43 personalidades galardoadas com o prémio Nobel em apoio à resistência interna do Irão (New York Times, 7 de Fevereiro, 2010, p. 19). Embora Wiesel tenha sido galardoado com o Prémio Nobel da Paz (em 1986), o seu apelo pode ser considerado tudo, excepto um apelo para uma resolução pacífica e negociada da “questão iraniana” na Ásia ocidental.<br /></div><div style="text-align: justify;">Permitam-me recordar os laureados com o prémio Nobel que assinaram este apelo uma das principais razões para a recusa voluntária, de Jean-Paul Sartre, da aceitação do Prémio Nobel da Literatura em 1964: “Não será a mesma coisa se eu assinar Jean-Paul Sartre ou Jean-Paul Sartre, vencedor do Prémio Nobel. Um escritor deve recusar deixar-se transformar numa instituição, mesmo que esta lhe surja do modo mais honorífico.”<br />Para além do seu apoio aos seus dissidentes, há muito que Wiesel tem sido um falcão exacerbado no que diz respeito ao Irão, como o confirmou logo após a publicação do seu apelo. Numa quase adenda na forma de uma entrevista declarou que não derramaria uma lágrima “caso saiba que Ahmadinejad foi assassinado” e, referindo-se a este como sendo “uma ameaça patológica à paz mundial”, asseverou que o presidente do Irão “tenciona destruir Israel e causar uma catástrofe mundial”. Wiesel aproveitou também a ocasião para repudiar o <a href="http://www.goldbergreports.com/">Relatório Goldstone</a> como constituindo “um crime contra o povo judeu, como um todo”.<br />No que diz respeito ao Irão, Wiesel encontra-se em completa harmonia com Shimon Peres, o presidente de Israel, de linha dura, que incongruentemente partilhou o Prémio Nobel da Paz com Yitzhak Rabin e com Yasser Arafat (em 1994).<br />Podemos apenas ansiar que o presidente Barack Obama, a mais recente personalidade galardoada com o Prémio Nobel da Paz, acabe por honrar o mérito da honra que lhe foi atribuída prematuramente (que, no espírito de Sartre, podia pelo menos ter considerado recusar). O presidente imperial da América devia ajudar na reabilitação das intenções e do espírito do desejo de Alfred Nobel em premiar anualmente “a personalidade que mais tenha contribuído ou mais tenha trabalhado em benefício da fraternidade entre as nações, a abolição ou a redução dos exércitos existentes e pela promoção e participação em congressos nos quais se discuta a paz.”<br /><br />12 de Fevereiro, 2010, <a href="http://www.counterpunch.org/"><span style="font-style: italic;">Counterpunch</span></a><br /><span style="font-weight: bold;">Arno J. Meyer</span><br /></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8162814689999723234.post-48053515011754421762010-02-07T04:00:00.000-08:002010-02-13T13:55:00.026-08:00Os reaccionários coloridos<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPC7eQCSeE1hJdK4d57h5xMfTzZIsiZLfHDPhdmNvEpdEXzxRF7sauzEo-iwGcQJ70DaPfvEa-92ZU3yF2Fhz6loVFtgBDsq2Uh6eHOCXBqKKGMV0kY_CZKwJWadEbcNp4Z9oCwQOkZ6WR/s1600-h/ClaudioMutti.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 131px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPC7eQCSeE1hJdK4d57h5xMfTzZIsiZLfHDPhdmNvEpdEXzxRF7sauzEo-iwGcQJ70DaPfvEa-92ZU3yF2Fhz6loVFtgBDsq2Uh6eHOCXBqKKGMV0kY_CZKwJWadEbcNp4Z9oCwQOkZ6WR/s200/ClaudioMutti.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5435473617657240258" border="0" /></a><span style="font-weight: bold;">Rinascita – Professor Mutti, tem-se interessado pelo desenvolvimento da Revolução islâmica no Irão desde que, há trinta anos, publicou alguns escritos do Imã Khomeini nas Edizioni all’insegna del Veltro. Actualmente acompanha o desenrolar da política iraniana por intermédio do observatório da revista de estudos geopolíticos “Eurásia”, da qual é redactor. Que lugar ocupa o Irão actualmente no contexto geopolítico?</span><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /><span style="font-weight: bold;">C. Mutti –</span> Embora se encontre rodeado por potências hostis (os regimes wahabitas e filoamericanos da península arábica) e por países submetidos à ocupação militar ocidental (Iraque, Afeganistão e Paquistão), a República Islâmica do Irão tem vindo a aumentar o seu peso geopolítico, de modo que exerce actualmente uma influência regional que se estende do Tajiquistão até aos movimentos de libertação do Líbano e da Palestina, e entre os países seus amigos encontramos a Turquia e a Síria. Por fim, é fundamental o facto do Irão ocupar uma posição geográfica de enorme valor para a segurança da Rússia e dispor de um património petrolífero de vital importância para o crescimento económico da China. Deste modo, a República Islâmica do Irão pode contar com a solidariedade das duas maiores potências do continente eurásico.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Rinascita – Quem são, na realidade, os manifestantes que a imprensa ocidental designa de “estudantes”, “reformistas”, “ala verde”, “revolucionários” e assim sucessivamente?</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">C. Mutti –</span> Mais do que de revolucionários tratam-se, na verdade, de autênticos reaccionários, tal como o demonstram dar azo a equívocos as suas próprias palavras de ordem, das mais explicitas entre estas a – “Morte à vilayat-e faqih” – que deseja o fim da governação islâmica. Além disso, são muito dignos de nota as palavras referentes ao seu posicionamento internacional: “Nem Gaza nem Líbano, só me sacrifico pelo Irão!” e “Morte à Rússia e à China!”. Por último, é interessante que os manifestantes tenham ressuscitado o termo “República iraniana”, que era o do usurpador Xá Reza. As reivindicações expressas por estas frases não são pertença de uma mera franja extremista do movimento reaccionário, são também as palavras dos seus líderes. Tanto o são que Mir Hussein Mussavi (o candidato derrotado nas últimas eleições presidenciais) se tem negado a desautorizá-las.<br /><br />Por outro lado, sabemos que a oposição é uma coligação multicolor que reagrupa indivíduos de várias orientações políticas: reaccionários nostálgicos da dinastia Pahlevi, resíduos dos grupúsculos marxistas que o Imã Khomeini chamava, depreciativamente, de “comunistas Made in USA”, e terroristas democráticos da organização dos Mujahedin do Povo [Muyahidin-e khalq].<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Rinascita –</span> <span style="font-weight: bold;">Contudo, se não me falha a memória as Edizioni all’insegna del Veltro publicaram uma compilação de documentos dos Mujahedin do Povo…</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">C. Mutti –</span> Aquele livro (Documenti della guerra sacra) foi publicado em 1979, ou seja, numa altura em que os Mujahedin do Povo lutavam contra o regime colaboracionista do Xá ao lado de outros elementos políticos do povo iraniano. Só posteriormente é que os militantes da dita organização apontaram as suas armas contra os seus compatriotas, responsabilizando-se por sanguinários atentados levados a cabo por células no estrangeiro e merecendo o ignominioso epíteto de munafiqin (“hipócritas”).<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Rinascita – Quais são as estruturas estrangeiras que inspiram as acções dos actuais opositores ao governo islâmico?</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">C. Mutti –</span> Já em Junho de 2009, no discurso pronunciado na ocasião da Oração da Sexta-Feira, o Aiatola Khamenei estabeleceu uma clara relação entre os acontecimentos pós eleitorais no Irão e a chamada “revolução das rosas” orquestrada por Soros na Geórgia. A acusação do Aiatola Khamenei foi confirmada por uma notícia publicado a edição do “Stampa” de 28 de Junho de 2009, num artigo de Maurizio Molinari: O Departamento de Estado estadunidense colocou à disposição dos activistas “reformistas” fundos federais no valor de 20 milhões de dólares. Em 2006 Condoleeza Rice já tinha disponibilizado 66 milhões de dólares para os “dissidentes” iranianos. Já para não falar do dinheiro provavelmente oferecido pelas células estruturas subversivas que intervêm pontualmente no apoio às ditas “revoluções coloridas”: o Center for International Private Enterprise, o National Democratic Institute for International Affais, o International Republican Institute, etc.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Rinascita – Na sua opinião, Khamenei tem os dias contados? O presidente Ahmadinejad cairá?</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">C. Mutti –</span> Para nos apercebermos do enorme consenso de que goza o Aiatola Khamenei, basta dar uma vista de olhos aos vídeos das manifestações populares organizadas em seu apoio (um desses vídeos encontra-se também no portal da Coordenadora do Projecto Eurásia <a href="http://www.cpeurasia.org/">www.cpeurasia.org</a>). Compare-se os milhões de pessoas que se manifestaram em seu nome com os parcos milhares de hooligans “direito-humanistas” recrutados na sua esmagadora maioria nos bairros do norte de Teerão.<br /><br />Quanto ao presidente Ahmadinejad, a solidez da sua posição está confirmada pelo consenso eleitoral recentemente decretado em seu favor pelo povo iraniano.<br /><br />(Entrevista de Davide D’Amario efectuada a Claudio Mutti, “<a href="http://www.rinascita.eu/">Rinascita</a>”, 15 de Janeiro de 2010)<br /></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8162814689999723234.post-64237600524898569752010-02-04T15:22:00.000-08:002010-02-04T15:24:21.405-08:00Nuclear: Israel fala na possibilidade de usar a força contra o Irão<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhl6okImdwB6sYHfrvebH7_9Fet2OcPYszBu0SM6WnZFfWzCASHJNorlboS61B5ah8OYPEwuLtK3jTkW-KgBxYSEy1O2Gr_DQ9SLRNPK8dLFrFx46-a1B3jlFWTvyKea-wOf0LH-0zC0C40/s1600-h/brasaodeisrael.png"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 162px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhl6okImdwB6sYHfrvebH7_9Fet2OcPYszBu0SM6WnZFfWzCASHJNorlboS61B5ah8OYPEwuLtK3jTkW-KgBxYSEy1O2Gr_DQ9SLRNPK8dLFrFx46-a1B3jlFWTvyKea-wOf0LH-0zC0C40/s200/brasaodeisrael.png" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5434533128944880626" border="0" /></a><span style="font-weight: bold;">Lusa</span> - O ministro dos Assuntos Estratégicos israelita, Moshe Yaalon, evocou hoje a possibilidade de usar a força para impedir que o Irão obtenha armas nucleares. </div><div style="text-align: justify;"><p>"O plano do Irão vai ser provavelmente interrompido por uma mudança de regime ou, se não houver nenhuma outra escolha, pela utilização de força", disse o governante, numa conferência dedicada aos problemas de segurança, em Herzliyya (Norte de Telavive).</p><p>"É importante continuar a deixar claro ao regime extremista iraniano que todas as opções continuam na mesa e que ignorar as exigências da comunidade internacional terminará provavelmente com lágrimas amargas para o Irão", acrescentou.</p></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8162814689999723234.post-13582615452288566282009-08-27T12:55:00.000-07:002010-02-13T13:45:38.928-08:00Temos que aprender a ser humildes perante o voto do povo<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbFim3hiXgoX-dhS3whofLbg0ecX9TS1kVcsF4WtGpm48gc7ts41EcPRK865svQhxJVOp6m3zqn3oklPU1h-ATNmWIKHuWlDGlSFY5HfunTo1XIpOfa7mN4MijDmA0w8i57AITsYOEpHRU/s1600-h/RasoolMohajer.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 180px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbFim3hiXgoX-dhS3whofLbg0ecX9TS1kVcsF4WtGpm48gc7ts41EcPRK865svQhxJVOp6m3zqn3oklPU1h-ATNmWIKHuWlDGlSFY5HfunTo1XIpOfa7mN4MijDmA0w8i57AITsYOEpHRU/s320/RasoolMohajer.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5374736529251230978" border="0" /></a>Durante a semana passada, o Senhor Presidente Mahmoud Ahmadinejad participou nas cerimónias oficiais e iníciou o décimo mandato da presidência do Irão. Para mais quatro anos, o Presidente Ahmadinejad terá a responsabilidade para dirigir o Irão. As eleições realizadas no dia 12 de Junho foram as trigésimas primeiras eleições dos trinta anos da vida da República Islâmica do Irão e a taxa da participação dos eleitores atingiu os 85%. A grande participacão do povo iraniano desmostrou o seu grande interesse inédito no destino do seu país e, assim, permite aos países democráticos do mundo comparar a taxa de participação dos iranianos com as dos outros países.<br /></div><div style="text-align: justify;"><br />Ao contrário de alguns países, no Irão, a participação nas eleições não é obrigatória. Por isso, a participação maciça do povo iraniano prova o seu interesse incondicional para o seu estado. Sem qualquer escolha ou sugestão para um dos candidatos, o Líder do Irão, o Ayatollah Ali Khamenei, apenas tinha pedido a participação maciça do povo. O Estado iraniano tinha preparado as eleições com diversos meios, como os debates directos entre os candidatos, que foram vistos pelos 50 milhões de iranianos. Todos os preparativos encorajaram e motivaram o povo para uma participação maciça nas eleições. Queremos que os observadores internacionais e os médias digam em quais dos países do mundo e em que democracias antigas o povo participa nas eleições neste nível.<br /><br />Mais importante ainda, para perceber o poder do povo em qualquer país, temos que olhar para a sua história e a dos seus países vizinhos. Será que, com a confiança nos seus próprios sistemas, os responsáveis dos países do Médio Oriente, da Ásia e da Europa permitem um debate livre sobre todos os assuntos?<br /><br />Durante os últimos quatro anos, o Presidente Ahmadinejad investiu mais nas zonas afastadas e desfavorecidas do Irão e várias vezes visitou as cidades e aldeias que nunca qualquer autoridade tinha visitado. Nenhum dos antigos presidentes do Irão tinha tomado estas iniciativas. Estes factos acrescentaram a sua grande popularidade nas pequenas cidades e aldeias do Irão. Com excepção de Teerão (o capital) e uma outra província iraniana, o Presidente Ahmadinejad teve com 63% dos votos a maioria dos votos.<br /><br />Durante os últimos anos, as regras e os mecanismmos praticos da realização das eleições no Irão são as mesmas que as eleições anteriores. Também, nestas eleições, a Comissão Observadora das eleições tinha preparado os novos mecanismos para a protecção dos votos do povo e para evitar as fraudes: contagem informática em simultâneo com a contagem manual; atribuição dos códigos locais para os boletins da cada cidade e região; e, também, a observação acentuada da Comissão Observadora e a presença dos observadores dos candidatos nos locais dos votos. 92 000 representantes pessoais dos candidadtos (40 000 representantes de Senhor Moussavi que foi o principal adversário de Senhor Ahmadineja) vigiaram os locais de votação (por exemplo, no passado, na altura das eleições que deram vitória aos dois mandatos do Senhor Hashemi Rafsanjani e a um mandato do Senhor Khatami não havia presença dos representantes dos candidatos nos locais de votação).<br /><br />Desde há trinta anos que a Revolução Islâmica do Irão nasceu e pôs fim aos 2500 anos da dinastia, e que tudo está baseado e apoiado no voto do povo. É de facto um ponto de partida na história milenária do Irão. A sociedade iraniana não é uma sociedade morta, muda e sem voz. As divergências existentes reflectam o dinamismo e a diversidade da sociedade iraniana. No Irão, o povo escolhe o seu Líder, o seu Presidente e até os responsáveis locais. É interessante de saber que, de acordo com o artigo 177 da Constituição da República Islâmica do Irão, a gerência do país é baseada no voto do povo. E este princípio é eterno e imúdavel. <br /><br />Durante as três últimas décadas, sempre, os governos organizadores das eleições assistiram à vitória dos seus opositores. Num só olhar às tendências políticas do Ayatollah Khamenei, dos Senhores Hashemi Rafsanjani, Khatami e Ahmadinejad, percebemos que o estado iraniano reconheceu como o seu presidente quem teve a vitória nas eleições presidênciais iranianas. E ísso uma grande lição para todos.<br /><br />Seria bom que os raros países, que não esconderam o seu desgosto nos resultados das eleições presidênciais do Irão e que não assistiram à vitória do seu candidato favórito, seguissem este método do sistema iraniano e respeitassem o voto do povo. Será que um dia as grandes potências aceitarão o voto do povo apesar da sua concordância ou discordância com a pessoa eleita? Será que a decisão da Comissão das Eleições dos EUA no ano 2000 (apesar dos vários protestos de Al Gore) sobre a vitória de Bush com uma pequena margem é mais importante do que a decisão da Comissão das Eleições do Irão nas quais a taxa da participação é dos 85% e que a margem da vitória é de 11 milhões de votos? Um dos países do Norte da Europa anunciou abertamente a existência das fraudes nas eleições presidências do Irão. Sem presença dos seus observadores no Irão como é possível justificar tal declaração numas eleições cuja a diferença entre os votos do vencedor das eleições com os outros candidatos é de 11 milhões?<br /><br />Depois da realização das eleições, houveram protestos no Irão. Por isso, o Comité das Eleições examinou os resultados e depois de três semanas confirmou a legalidade das eleições. O Comité das Eleições, numa iniciativa sem precedente, verificou 10% das caixas dos votos e registou, pela primeira vez, o resultado de todas as 47000 caixas no seu site. Assim, em todo o território iraniano, o povo teve acesso aos resultados dos votos recolhidos no interior e exterior do país. Como se sabe, em todo o território iraniano há meios do acesso ao internet, e, ao nível mundial, o Irão é o terceiro país dos bloguistas. Na realidade, os resultados das contagens foram expostos ao povo. Foi um acto inédito nas eleições iranianas.<br /><br />Como já foi mencionado aqui, os protestos, as críticas e as manifestações não são actos inéditos no Irão. Por isso, sempre foi sublinhado que as divergências das opiniões no Irão são assuntos internos e naturais no âmbito do poder do povo e que os problemas serão resilvidos internamente.<br /><br />A República Islâmica do Irão é um grande poder com um dos mais antigos sistemas do poder do povo na Região. É conhecido como um país moderado que se afasta de extremismo, com um povo altamente instruido que nunca invadiu ou atacou os seus países vizinhos. Na nossa era, os países como os EUA, que são eles próprios conhecidos na instauração do extremismo, são obrigados a corrigir os seus erros e aproveitar das experiências e influência do Irão na Região. Porque procuram se salvar do impasse que eles próprios criaram. E isso, será, de certeza, possível com o voto e a vontade do povo iraniano. <br /><br />Temos que ser humildes perante o voto e a escolha do povo (qualquer que seja a sua escolha). A questão é que, infelizmente, os médias estrangeiros não mostram bem a realidade iraniana e influenciam as opiniões e decisões que são limitadas nestes olhares errados. Não é por acaso que quem viaja para o Irão no regresso a sua primeira frase é: "o que vi foi totalmente diferente e oposto do que os médias relatavam!"<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Rasool Mohajer</span><br />Embaixador da República Islâmica do Irão em Lisboa<br /></div>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8162814689999723234.post-2926812384169084052009-06-25T12:01:00.000-07:002009-06-25T12:05:20.944-07:00Oração de Sexta-feira de S. Ex. Ayatollah Ali Khamenei, Líder Supremo da República Islâmica do Irão<div style="text-align: justify;">A Embaixada da República Islâmica do Irão apresenta o seuscumprimentos e tem a honra de informar que;<br /><br />Nos discursos da Oração de Sexta-feira, Sua Excelência Ayatollah Ali Khamenei, o Líder Supremo do Irão explicou os problemas relacionados com as eleições presidênciais da República Islâmica do Irão. Neste discurso, o Lider declarou que os quase 40 milhões de iranianos participaram nas eleições de 12 de Junho no Irão, com uma taxa 85% de participação, e que as diferenças entre o Presidente reeleito com o seu rival eleitoral sobre os resultados das eleições, são um assunto interno das famílias iranianas. E foi pedido aos países estrangeiros para não intervirem nos assuntos internos do Irão.<br /><br />O Líder Supremo considerou que a única via para seguir os protestos contra os resultados das eleições presidências do Irão é a via legal, e pediu que, em vez de chamar os apoiantes dos candidatos para as ruas e pressionar o comité das eleições, escolhessem as provas concretas sobre os seus protestos e apresenta-las à Comissão das eleições. O Ayatollah Khamenei declarou, também, que a desobedência à lei e às vias legais são o início da ditaura e uma situação perigosa para o futuro do país.<br /><br />Como os assuntos e os protestos contra os resultados das eleições foram suficientemente apresentados neste discuro, é conveniente que todos os assuntos que são elaborados e divulgados nos médias sejam apresentados directamente às altas autoridades responsáveis do Irão e que as opiniões directas das altas autoridades do Irão sejam recebidas e avaliadas.<br /><br />O completo discurso da Sua Excelência Senhor Ayatollah Khamenei proferido na oração de Sexta-feira está apresentado, em inglês, em:<br /><br /><a href="http://www.youtube.com/watch?v=Co2r-iNMpBs">http://www.youtube.com/watch?v=Co2r-iNMpBs</a><br /><br /><a href="http://www.youtube.com/watch?v=jFDtmuDeIbs">http://www.youtube.com/watch?v=jFDtmuDeIbs</a><br /><br />Por causa de ser longo do discurso, o mesmo está apresentado em duas partes: 29 minutos iniciais do discurso, a primeira parte, está no primeiro link, e o restante, no segundo.<br /><br />Além destes dois links, o resumo, em inglês, do discurso de Sua Excelência Ayatollah Khamenei encontra-se no link seguinte:<br /><br /><a href="http://english.khamenei.ir//index.php?option=comcontent&task=view&id=1137">http://english.khamenei.ir//index.php?option=comcontent&task=view&id=1137<br /></a><br /><span style="font-weight: bold;">Embaixada da República Islâmica do Irão</span><br />Rua Alto do Duque, 49<br />1400-009 Lisboa<br />Tel.: 21 30 41 850<br />Fax: 21 30 10 777<br /></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8162814689999723234.post-28584599609158652009-06-22T05:52:00.000-07:002009-06-22T05:59:20.557-07:00A CIA e o laboratório iraniano<div style="text-align: justify;">A notícia de uma possível fraude eleitoral espalhou-se em Teerão como um rastilho de pólvora e levou à rua os partidários do aiatola Rafsanjani contra o do aiatola Khamenei. Este caos é provocado à socapa pela CIA, que semeia a confusão inundando os iranianos de mensagens SMS contraditórias. Aqui esta o relato desta experiência de guerra psicológica.<br /><br />Em Março de 2000 a secretária de Estado Madeleine Albright admitiu que a administração Eisenhower havia organizado uma mudança de regime no Irão, em 1953, e que este acontecimento histórico explica a hostilidade actual dos iranianos face aos Estados Unidos. Na semana passada, aquando do seu discurso no Cairo dirigido aos muçulmanos, o presidente Obama reconheceu oficialmente que "em plena Guerra Fria os Estados Unidos desempenharam um papel na derrubada de um governo iraniano eleito democraticamente" [1] .<br /><br />Na época, o Irão era controlado por uma monarquia de opereta dirigida pelo xá Mohammad Reza Pahlavi. Ele fora colocado no trono pelos britânicos, que haviam forçado o seu pai, o oficial cossaco pro-nazi Reza Pahlavi, a demitir-se. Contudo, o xá teve de ajustar-se a um primeiro-ministro nacionalista, Mohammad Mossadegh. Este, com a ajuda do aiatola Abou al-Qassem Kachani, nacionaliza os recursos petrolíferos [2] . Furiosos, os britânicos convencem os Estados Unidos de que é preciso travar a deriva iraniana antes que o país afunde no comunismo. A CIA põe então em acção a Operação Ajax visando derrubar Mossadegh, com a ajuda do xá, e substituí-lo pelo general nazi Fazlollah Zahedi, até então detido pelos britânicos. Ele instalará o regime de terror mais cruel daquela época, ao passo que o xá servirá de cobertura para as suas exacções posando para as revistas populares ocidentais.<br /><br />A operação Ajax foi dirigida pelo arqueólogo Donald Wilber, pelo historiador Kermit Roosevelt (neto do presidente Theodore Roosevelt) e pelo general Norman Schwartzkopf Sr. (cujo filho homónimo comandou a operação Tempestade do Deserto). Ela permanece um modelo de subversão. A CIA imagina um cenário que dá a impressão de um levantamento popular quando se trata de uma operação secreta. O auge do espectáculo foi uma manifestação em Teerão com 8000 figurantes pagos pela Agência a fim de fornecer fotos convincentes à imprensa ocidental [3] .<br /><br />A história repetir-se-ia? Washington renunciou a atacar militarmente o Irão e dissuadiu Israel de tomar uma tal iniciativa. Para chegar a "mudar o regime", a administração Obama prefere jogar a carta — menos perigosa, mas mais aleatória — da acção secreta. Após a eleição presidencial iraniana, vastas manifestações opuseram nas ruas de Teerão os partidários do presidente Mahmoud Ahmadinejad e do guia Ali Khamenei, de um lado, aos partidários do candidato perdedor Mir-Hossein Mousavi e do ex-presidente Akbar Hashemi Rafsanjani do outro. Elas traduziam uma profunda clivagem na sociedade iraniana entre um proletariado nacionalista e uma burguesia que lamenta ser mantida afastada da globalização económica. Agindo debaixo do pano, Washington tenta pesar nos acontecimentos para remover o presidente eleito.<br /><br />Mais uma vez, o Irão é um campo de experimentação de métodos inovadores de subversão. A CIA apoia-se numa arma nova: o domínio dos telefones móveis.<br /><br />Desde a generalização dos telefones móveis, os serviços secretos anglo-saxões multiplicaram as suas capacidades de intercepção. Enquanto a escuta dos telefones por fio precisa da colocação de ganchos de derivação, portanto de agentes no local, a escuta dos portáteis pode ser feita à distância graças à rede Echelon. Contudo, este sistema não permite intercepção das comunicações telefónicas via Skype — daí o êxito dos telefones Skype nas zonas de conflito [4] . A National Security Agency (NSA) acaba de fazer diligências junto aos fornecedores de acesso Internet do mundo inteiro para obter a sua colaboração. Aqueles que aceitaram foram muito bem pagos [5] .<br /><br />Nos países que ocupam — Iraque, Afeganistão e Paquistão —, o anglo-saxões interceptam a totalidade das conversações telefónicas quer seja emitidas por telemóveis ou por aparelhos com fio. A finalidade não é dispor de transcrições de tal ou tal conversação, mas identificar as "redes sociais". Por outras palavras, os telefones são espiões que permitem saber com quem uma dada pessoa está em relação. Partindo daí, pode-se esperar identificar as redes de resistência. Num segundo tempo, os telefones permitem localizar os alvos identificados — e "neutralizá-los".<br /><br />Eis porque, em Fevereiro de 2008, os insurrectos afegãos ordenam aos diversos operadores para cessarem a sua actividade a cada dia das 17 horas às 3 da manhã, de maneira a impedir os anglo-saxões de seguirem os seus deslocamentos. As antenas-relais daqueles que contrariaram esta ordem foram destruídas [6] .<br /><br />Inversamente, – excepto uma central telefónica atingida por erro –, as forças israelenses trataram de não bombardear as antenas de telemóveis em Gaza, aquando a operação Chumbo endurecido, em Dezembro/2008-Janeiro/2009. Trata-se de uma mudança completa de estratégia da parte dos ocidentais. Desde a guerra do Golfo prevalecia a "teoria dos cinco círculos" do coronel John A. Warden: o bombardeamento das infraestruturas telefónicas era considerado como um objectivo estratégico tanto para mergulhar a população na confusão como para cortar as comunicações entre os centros de comando e os combatentes. Doravante, é ao contrário: é preciso proteger as infraestruturas de telecomunicações. Durante os bombardeamentos de Gaza, o operador Jawwal [7] ofereceu crédito aos seus assinantes, oficialmente para ajudá-los, de facto no interesse dos israelenses.<br /><br />Dando mais um passo, os serviços secretos anglo-saxões e israelenses desenvolveram métodos de guerra psicológica baseados na utilização extensa dos telemóveis. Em Julho de 2008, após a troca de prisioneiros e feridos entre Israel e o Hezbollah, robots lançaram dezenas de milhares de mensagens para telemóveis libaneses. Um voz em árabe advertia contra toda participação na Resistência e difamava o Hezbollah. O ministro libanês das telecomunicações, Jibran Bassil [8] , apresentou uma queixa à ONU contra esta flagrante violação da soberania do país [9] .<br /><br />Com base no mesmo modelo, dezenas de milhares de libaneses e sírios receberam uma chamada automática em Outubro de 2008 propondo-lhes 10 milhões de dólares contra toda informação que permitisse localizar e entregar soldados israelenses prisioneiros. As pessoas interessadas em colaborar eram convidadas a ligar para um número no Reino Unido [10] .<br /><br />Este método acaba de ser empregue no Irão para intoxicar a população difundindo notícias chocantes, e para canalizar o descontentamento que elas provocam.<br /><br />Em primeiro lugar, trata-se de difundir por SMS durante a noite dos tumultos a notícia segundo a qual o Conselho dos Guardiões da Constituição (o equivalente ao Tribunal Constitucinal) havia informado Mir-Hossein Mousavi da sua vitória. A partir daí, o anúncio, várias horas mais tarde, dos resultados oficiais — a reeleição de Mahmoud Ahmadinejad com 65% dos votos expressos — parecia uma fraude gigantesca. Entretanto, três dias antes, o sr. Mousavi e os seus amigos consideravam a vitória maciça do sr. Ahmadinejad como certa e esforçavam-se por explicá-la pelos desequilíbrios na campanha eleitoral. Assim, o ex-presidente Akbar Hashemi Rafsanjani pormenorizava as suas queixas numa carta aberta. Os institutos de sondagem dos EUA no Irão prognosticavam um avanço de 20 pontos percentuais do sr. Amadinejad sobre o sr. Mousavi [11] . Em momento algum a vitória do sr. Mousavi pareceu possível, mesmo sendo provável que fraudes tenham acentuado a margem entre os dois candidatos.<br /><br />. Num segundo tempo, foram seleccionados cidadãos, ou deram-se a conhecer na Internet, para conversar no Facebook ou assinar mensagens do Twitter. Eles receberam então, sempre por SMS, informações — verdadeiras ou falsas — sobre a evolução da crise política e as manifestações em curso. Eram mensagens anónimas que difundiam notícias de fuzilamentos e numerosos mortos; notícias até hoje não confirmadas. Por um infeliz azar de calendário, a sociedade Twitter devia suspender o seu serviço durante uma noite, o tempo necessário para a manutenção das suas instalações. Mas o Departamento de Estado dos Estados Unidos interveio para lhe pedir que adiasse esta operação [12] . Segundo o New York Times, estas operações contribuem para semear a desconfiança na população [13] .<br /><br />Simultaneamente, num esforço novo, a CIA mobiliza os militantes anti-iranianos nos EUA e no Reino Unidos para aumentar a desordem. Um Guia prático da revolução no Irão foi-lhes distribuído. Ele inclui vários conselhos práticos, tais como:<br /># acertar as contas Twitter no fuso horário de Teerão;<br /># centralizar as mensagens nas contas Twitter @stopAhmadi, #iranelection et #gr88;<br /># não atacar os sítios internet oficiais do Estado iraniano. "Deixem isso para o exército dos EUA" (sic).<br /><br />Uma vez aplicados, estes conselhos impedem toda autenticação das mensagens Twitter. Já não se pode saber se eles são enviados por testemunhas das manifestações em Teerão ou por agentes da CIA em Langley, e não se pode mais distinguir o verdadeiro do falso. O objectivo é criar cada vez mais confusão e levar os iranianos a lutarem entre si.<br /><br />Os estados-maiores, por toda a parte do mundo, seguem com atenção os acontecimentos em Teerão. Cada um deles tenta avaliar a eficácia deste novo método de subversão no laboratório iraniano. É evidente que o processo de desestabilização funcionou. Mas não é seguro que a CIA possa canalizar os manifestantes para que eles façam por si mesmos aquilo que o Pentágono recusou fazer e que eles não têm qualquer vontade de fazer: mudar o regime, acabar com a revolução islâmica.<br />17/Junho/2009<br />[1] "Discours à l'université du Caire" , por Barack Obama, Réseau Voltaire, 4 juin 2009.<br />[2] "BP-Amoco, coalition pétrolière anglo-saxonne" , par Arthur Lepic, Réseau Voltaire, 10 juin 2004.<br />[3] Sobre o golpe de 1953, a obra de referênci é All the Shah's Men : An American Coup and the Roots of Middle East Terror, par Stephen Kinzer, John Wiley & Sons éd (2003), 272 pp. Para os leitores francófonos, assinalamos o último capítulo do livro recente de Gilles Munier, Les espions de l'or noir , Koutoubia éd (2009), 318 pp.<br />[4] "Taliban using Skype phones to dodge MI6" , par Glen Owen, Mail Online, 13 septembre 2008.<br />[5] "NSA offering 'billions' for Skype eavesdrop solution" , par Lewis Page, The Register, 12 février 2009.<br />[6] "Taliban Threatens Cell Towers" , par Noah Shachtman, Wired, 25 février 2008.<br />[7] Jawwal est la marque de PalTel, la société du milliardaire palestinien Munib Al-Masri.<br />[8] Jibran Bassil é um dos líderes principais da Courant patriotique libre, o partido nacionalista de Michel Aoun.<br />[9] " Freed Lebanese say they will keep fighting Israel ", Associated Press, 17 juillet 2008.<br />[10] O autor deste artigo foi testemunha destes apelos. Pode-se também consultar "Strange Israeli phone calls alarm Syrians. Israeli intelligence services accused of making phone calls to Syrians in bid to recruit agents ", Syria News Briefing, 4 décembre 2008.<br />[11] Citado em "Ahmadinejad won. Get over it" , por Flynt Leverett e Hillary Mann Leverett, Politico, 15 juin 2009.<br />[12] " U.S. State Department speaks to Twitter over Iran ", Reuters, 16 juin 2009.<br />[13] "Social Networks Spread Defiance Online" , por Brad Stone e Noam Cohen, The New York Times, 15 juin 2009.<br /><br />Ver também: <a href="http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1387528">Irão: Google e Facebook lançam ferramentas em farsi</a>.<br /><br />O original encontra-se em <a href="http://www.voltairenet.org/article160639.html">http://www.voltairenet.org/article160639.html</a><br /><br />Este artigo encontra-se em <a href="http://resistir.info">http://resistir.info</a>/.<br /></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8162814689999723234.post-32167413551911484612009-06-22T05:46:00.000-07:002009-06-22T05:52:13.744-07:00Irão: A mentira das "eleições roubadas"<div style="text-align: justify;"> "Mudança para os pobres significa comida e empregos, não um código de vestuário descontraído ou recreações diversas... A política no Irão é muito mais sobre guerra de classe do que sobre religião".<br />Editorial do <span style="font-style: italic;">Financial Times</span>, 15/Junho/2009<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Introdução</span><br /><br />Dificilmente haverá qualquer eleição, na qual a Casa Branca tenha um interesse significativo, em que a derrota eleitoral do candidato pró EUA não seja denunciada como ilegítima por todos os políticos e mass media da elite. Nos últimos tempos, a Casa Branca e os seguidores gritaram infracção após as livres (e monitoradas) eleições na Venezuela e em Gaza, enquanto alegremente fabricaram um "êxito eleitoral" no Líbano apesar do facto de a coligação liderada pelo Hezbollah ter recebido mais de 53% dos votos.<br /><br />As eleições concluídas a 12 de Junho de 2009 no Irão são um caso clássico. O candidato à reeleição, o nacionalista-populista presidente Mahmoud Ahmadinejad (MA) recebeu 63,3% da votação (ou 24,5 milhões de votos), ao passo que o principal candidato da oposição liberal, apoiado pelo Ocidente, Hossein Mousavi (HM) recebeu 34,2% (ou 13,2 milhões de votos).<br /><br />A eleição presidencial iraniana atraiu um comparecimento recorde de mais de 80% do eleitorado, incluindo uma votação sem precedentes 234.812 do estrangeiro, na qual HM obteve 111.792 e MA 78.300. A oposição liderada por HM não aceitou a sua derrota e organizou uma série de manifestações de massa que se tornaram violentas, resultando na queima e destruição de automóveis, bancos, edifícios públicos e confrontações armadas com a polícia e outras autoridades. Quase todo o espectro de fazedores de opinião ocidentais, incluindo todos os grandes media electrónicos e impressos, os principais sítios web liberais, radicais, libertários e conservadores, reflectiram a queixa da oposição de fraude eleitoral desenfreada. Neo-conservadores, conservadores libertários e trotsquistas juntaram-se aos sionistas louvando os protestários da oposição como a guarda avançada de uma revolução democrática. Democratas e republicanos condenaram o regime, recusaram-se a reconhecer o resultado da votação e louvaram os esforços dos manifestantes para subverter o resultado eleitoral. O New York Times, a CNN, o Washington Post, o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel e toda a liderança dos presidentes das principais organizações judias americanas clamaram por sanções mais duras contra o Irão e anunciaram o proposto diálogo de Obama com o Irão como esforço inútil.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">A mentira da fraude eleitoral</span><br /><br />Os líderes ocidentais rejeitaram os resultados porque "sabiam" que o seu candidato reformista não podia perder... Durante meses publicaram entrevistas diárias, editoriais e reportagens de campo "pormenorizando" os fracassos da administração de Ahmadinejad. Mencionaram o apoio de clérigos, antigos oficiais, comerciantes do bazar e acima de tudo mulheres e jovens de cidades fluentes em inglês para provar que Mousavi estava destinado a uma vitória esmagadora. Uma vitória de Mousavi foi descrita como uma vitória das "vozes moderadas", pelo menos na versão da Casa Branca daquele vago cliché. Eminentes académicos liberais deduziram que a contagem de votos fora fraudulenta porque o candidato da oposição, Mousavi, perdeu no seu próprio enclave étnico entre os azeris. Outros académicos afirmaram que o voto da juventude" – baseado nas suas entrevistas com estudantes universitários da alta e média classe média das vizinhanças do Norte de Teerão eram esmagadoramente a favor do candidato "reformista".<br /><br />O que é espantoso acerca da condenação universal do Ocidente do resultado eleitoral como fraudulento é que nem uma única partícula de evidência, tanto na forma escrita como de observação, foi apresentada tanto antes como uma semana após a contagem de votos. Durante toda a campanha eleitoral, nenhuma acusação crível (ou mesmo dúbia) de interferência junto aos eleitores foi levantada. Como os media ocidentais acreditaram na sua própria propaganda de uma vitória intrínseca do seu candidato, o processo eleitoral foi descrito como altamente competitivo, com debates públicos candentes e níveis sem precedentes de actividade pública e desembaraçada pelos prosélitos dos candidatos. A crença numa eleição livre e aberta era tão forte que os líderes ocidentais e os mass media acreditaram que o seu candidato favorito venceria.<br /><br />Os media ocidentais confiaram nos seus repórteres que cobriam a manifestações de massa dos apoiantes da oposição, ignorando e subestimando o enorme comparecimento a favor de Ahmadinejad. Pior ainda, os media ocidentais ignoraram a composição de classe das manifestações competidoras – o facto de que o candidato à reeleição estava a ter o apoio da muito mais numerosa classe trabalhadora pobre, camponeses, artesões e empregados de sectores públicos ao passo que o grosso dos manifestantes da oposição provinha de estudantes da classe alta e média, da classe dos negócios e dos profissionais.<br /><br />Além disso, a maior parte dos líderes de opinião e repórteres ocidentais baseados em Teerão extrapolou as suas projecções a partir das suas observações na capital – poucos aventuraram-se nas províncias, cidades e aldeias de pequena e média dimensão, onde Ahmadinejad tem a sua base de massa de apoio. Além do mais, os apoiantes da oposição eram uma minoria activista de estudantes facilmente mobilizada para actividades de rua, ao passo que o apoio de Ahmadinejad provinha da maioria da juventude trabalhadora e donas de casa que exprimiriam o seu ponto de vista na urna eleitoral mas tinham pouco tempo ou inclinação para empenhar-se em política de rua.<br /><br />. Um certo número de sabichões dos jornais, incluindo Gideon Rachmn do Financial Times, apresenta como evidência de fraude eleitoral o facto de Ahmadinejad ter ganho 63% dos votos numa província de língua azeri contra o seu oponente, Mousavi, de etnia azeri. A suposição simplista é que a identidade étnica ou a pertença a um grupo linguístico é a única explicação possível do comportamento eleitoral, ao invés de outros interesses sociais ou de classe.<br /><br />Um olhar mais atento ao padrão de votação na região Leste-Azerbaijão do Irão revela que Mousavi venceu apenas na cidade de Shabestar entre as classes alta e média (e apenas por uma pequena margem), dado que foi completamente derrotado nas áreas rurais mais vastas, onde as políticas redistributivas do governo Ahmadinejad ajudaram os de etnia azeri a cancelarem dividas, obterem créditos baratos e empréstimos fáceis para os agricultores. Mousavi venceu na região do Azerbaijão Ocidental utilizando suas ligações étnicas para ganhar os eleitores urbanos. Na altamente populosa província de Teerão, Mousavi bateu Ahmadinejad nos centros urbanos de Teerão e Shemiranat ao ganhar o voto dos distritos da classe média e alta, ainda que tenha perdido duramente nos subúrbios adjacentes da classe trabalhadoras, pequenas cidades e áreas rurais.<br /><br />A ênfase descuidada e distorcida sobre "votação étnica" citada por redactores do Financial Times e do New York Times a fim de apresentar a vitória de Ahmadinejda como uma "eleição roubada" é acompanhada pela obstinada e deliberada vontade dos media de recusarem um rigoroso inquérito de opinião à escala nacional efectuado por dois peritos dos EUA apenas três semanas antes da votação, o qual mostrava Ahmadinejad a liderar por uma margem de 2 para 1 – ainda maior do que a sua vitória eleitoral de 12 de Junho. Este inquérito revelava que entre os de etnia azeri Ahmadinejad era favorecido por uma margem de 2 para 1 em relação a Mousavi, demonstrando como os interesses de classe representados por um candidato podem ultrapassar a identidade étnica do outro candidato ( Washington Post, 15/Junho/2009). O inquérito também demonstrava como as questões de classe, dentro de grupos etários, eram mais influentes na moldagem de preferências políticas do que o "estilo de vida geracional". De acordo com este inquérito, mais de dois terços da juventude iraniana era demasiado pobre para ter acesso a um computador e aqueles com idade dos 18 aos 24 anos "incluíram o bloco eleitoral mais forte a favor de Ahmadinejad entre todos os outros grupos" ( Washington Post, 15/Junho/2009).<br /><br />O único grupo de apoiou fortemente Mousavi foi o dos estudantes universitários e dos licenciados, donos de negócios e classe média alta. O "voto da juventude", o qual os media ocidentais louvou como "pró reformista", era uma clara minora de menos de 30% mas veio de um grupo altamente privilegiado, eloquente e que em grande parte falava inglês, com um monopólio sobre os media ocidentais. A sua presença esmagadora nas reportagens ocidentais criou o que foi mencionado como o "Síndroma de Teerão Norte", o confortável enclave da classe alta do qual provieram muitos destes estudantes. Se bem que eles pudessem ser articulados, bem vestidos e fluentes em inglês, no segredo da urna eleitoral foram profundamente derrotados.<br /><br />Na generalidade, Ahmadinejad saiu-se muito bem nas províncias produtoras de petróleo e petroquímica. Isto pode ter sido um reflexo da oposição dos trabalhadores do petróleo ao programa "reformista", o qual incluía propostas para "privatizar" empresas públicas. Da mesma forma, o presidente em exercício saiu-se muito bem junto às províncias fronteiriças devido à sua ênfase no fortalecimento da segurança nacional em relação às ameaças estado-unidenses e israelenses depois de uma escalada de ataques terroristas transfronteiriços patrocinados pelos EUA a partir do Paquistão e de incursões apoiadas por Israel a partir do Curdistão iraquiano, as quais mataram grande número de cidadãos iranianos. O patrocínio e o financiamento maciço dos grupos por trás destes ataques é uma política oficial dos EUA desde a administração Bush, a qual não foi repudiada pelo presidente Obama. De facto, ele escalou-a como preparação para as eleições.<br /><br />O que os comentadores ocidentais e os seus protegidos iranianos ignoraram é o impacto poderoso que as devastadoras guerras dos EUA e a sua ocupação do Iraque e do Afeganistão têm sobre a opinião pública iraniana: a posição forte de Ahmadinejad em matéria de defesa contrastou com a postura pró ocidental e fraca de muitos dos propagandistas da campanha da oposição.<br /><br />A grande maioria dos eleitores favoráveis ao presidente em exercício provavelmente sentiu que os interesses da segurança nacional, da integridade do pais e do sistema de previdência social, com todas as suas falhas, podiam ser melhor defendidos e melhorados com Ahmadinejad do que com os tecnocratas das classe alta apoiados pela juventude privilegiada orientada para o ocidente que aprecia mais os estilos de vida individualistas do que os valores da comunidade e solidariedade.<br /><br />A demografia dos votos revela uma polarização de classe real contrapondo capitalistas individualistas de alto rendimento e orientados para o mercado livre à classe trabalhadora, de baixo rendimento, apoiantes de uma "economia moral" baseada na comunidade na qual a usura e a especulação são limitadas por preceitos religiosos. Os ataques abertos de economistas da oposição às despesas do governo com a previdência, com o crédito fácil e com os pesados subsídios a alimentos básicos não os favoreceram junto à maioria dos iranianos beneficiários daqueles programas. O Estado era encarado como o protector e benfeitor dos trabalhadores pobres contra o "mercado", o qual representava riqueza, poder, privilégio e corrupção. O ataque da oposição à "intransigência" da política externa do regime e a posições "isolando" o Ocidente só tinha eco junto a estudantes liberais da universidade e grupos de negócios do import-export. Para muitos iranianos, o fortalecimento militar do regime foi vista como tendo impedido um ataque dos EUA ou de Israel.<br /><br />A escala do défice eleitoral da oposição deveria contar-nos quão fora de sintonia ela está em relação às preocupações vitais do seu próprio povo. Deveria recordar-nos que ao mover-se para mais perto da opinião ocidental, ela removeu-se dos interesses quotidianos da segurança, habitação, emprego e preços subsidiados dos alimentos que tornam a vida tolerável para aqueles que vivem abaixo da classe média e do lado de fora dos portões privilegiados da Universidade de Teerão.<br /><br />O êxito eleitoral de Ahmadinejad, visto na perspectiva do contexto histórico, não deveria surpreender. Em competições eleitorais semelhantes entre nacionalistas-populistas contra liberais pró ocidentais, os populistas ganharam. Os exemplos passados incluem Perón na Argentina e, mais recentemente, Chávez da Venezuela, Evo Morales na Bolívia e mesmo Lula da Silva no Brasil, todos eles tendo demonstrado uma capacidade para assegurar margens próximas ou mesmo superiores a 60% em eleições livres. As maiorias votantes nestes países preferem a previdência social em relação a mercados sem restrições, a segurança nacional e não alinhamentos com impérios militares.<br /><br />As consequências da vitória eleitoral de Ahmadinejad estão abertas a debate. Os EUA podem concluir que continuar a apoiar uma minoria barulhenta, mas pesadamente derrotada, tem poucas perspectivas de assegurar concessões sobre o enriquecimento nuclear e um abandono do apoio do Irão ao Hesbollah e ao Hamas. Uma abordagem realista seria abrir uma discussão ampla com o Irão e reconhecer, como o senador Kerry destacou recentemente, que o enriquecimento de urânio não é uma ameaça existencial para ninguém. Esta abordagem diferiria agudamente daquela dos sionistas americanos, incorporada no regime Obama, que segue a orientação de Israel de pressionar por uma guerra antecipativa com o Irão e que utiliza o argumento especiosos de que nenhuma negociação é possível com um governo "ilegítimo" em Teerão que "roubou uma eleição".<br /><br />Acontecimentos recentes sugerem que líderes políticos na Europa, e mesmo alguns em Washington, não aceitam a linha dos mass media sionistas de "eleições roubadas". A Casa Branca não suspendeu a sua oferta de negociações com o governo recém-eleitos mas centrou-se ao invés na repressão dos protestatários da oposição (e não na contagem de votos). Da mesma forma, os 27 países da União Europeia exprimiram "séria preocupação acerca da violência" e apelaram a que "as aspirações do povo iraniano sejam alcançadas através de meios pacíficos e que a liberdade de expressão seja respeitada" ( Financial Times, 16/Junho/2009, p.4). Excepto quanto a Sarkozy da França, nenhum líder da UE questionou o resultado da votação.<br /><br />A interrogação na sequência das eleições é a resposta israelense. Netanyahu assinalou aos seus seguidores sionistas americanos que eles deveriam utilizar o ardil da "fraude eleitoral" para exercer a máxima pressão sobre o regime Obama no sentido de acabar com todos os planos para encontrar-se com o novamente reeleito Ahmadinejad.<br /><br />Paradoxalmente, comentaristas estado-unidenses (da esquerda, direita e centro) que "compraram" a mentira da fraude eleitoral estão de forma não intencional a proporcionar a Netanyahu e seus seguidores americanos argumentos e falsificações: Onde eles vêm guerras religiosas, nós vemos guerras de classe; onde eles vêem fraude eleitoral, nós vemos desestabilização imperial.<br /><br />© Copyright James Petras, Global Research, 2009<br /><br />O original encontra-se em <a href="http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=14018">http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=14018</a><br /><br />Este artigo encontra-se em <a href="http://resistir.info">http://resistir.info</a>/ .<br /></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8162814689999723234.post-5917065657493526662009-06-16T13:39:00.000-07:002009-06-16T13:44:02.910-07:00Medvedev ignora polémica e quer cooperação com Ahmadinejad<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqwc4WExKYa46pNr-nF1lRiYZDhqLhCKaS1nozqZKOv5KMhVka4E3IUwjNhL1nMBt9CPEz39P48uSz1SnkJ7l4XDoHJ6gwSOPKq98OvXRLcH98Wqfdbl3-bT2o1edXmmonP-luESVTE9IY/s1600-h/medvevahmadinejad.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 200px; height: 150px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqwc4WExKYa46pNr-nF1lRiYZDhqLhCKaS1nozqZKOv5KMhVka4E3IUwjNhL1nMBt9CPEz39P48uSz1SnkJ7l4XDoHJ6gwSOPKq98OvXRLcH98Wqfdbl3-bT2o1edXmmonP-luESVTE9IY/s200/medvevahmadinejad.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5348028845594739794" border="0" /></a>Os presidentes da Rússia, Dmitri Medvedev, e do Irão, Mahmoud Ahmadinejad, decidiram hoje na cidade russa de Yekaterinburg «continuar a cooperação em matéria económica e humanitária».<br /></div><div style="text-align: justify;"><br />Segundo Natalia Timakova, porta-voz do presidente russo, citada pela agência oficial RIA Novosti, as partes concordaram também em «manter os contactos».<br /><br />Anteriormente tinha sido comunicado que Medvedev tinha cancelado a reunião bilateral que realizaria com Ahmadinejad no âmbito da cimeira da Organização de Cooperação de Xangai (SCO).<br /><br />Medvedev tem «uma agenda muito apertada» devido ao fórum daquela organização regional, que também inclui a China e quatro países da Ásia Central, e a primeira cimeira formal do grupo Bric, formado por Brasil, Rússia, Índia e China, explicou a delegação russa.<br /><br />Ahmadinejad participa na cimeira da SCO na cidade russa de Yekaterinburg, nos Urais, na qualidade de observador, juntamente com os presidentes do Afeganistão e do Paquistão, o primeiro-ministro da Índia e um enviado da Mongólia.<br /><br />O líder iraniano, que faz a gestão para a entrada formal do Irão na SCO, tinha previsto inicialmente chegar na segunda-feira a Yekaterinburg, mas adiou a visita «por razões pessoais», segundo fontes diplomáticas russas.<br /><br />Desde a reeleição de Ahmadinejad, no sábado, Teerão é palco de violentos protestos da oposição para denunciar fraude eleitoral, nas quais pelo menos sete pessoas morreram.<br /><br />O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) russo não fez declarações oficiais sobre as eleições no Irão e só o vice-ministro do MNE, Serguei Riabkov, afirmou hoje que as eleições são «um assunto interno do povo iraniano».<br /><br />«Aprovamos a realização destas eleições e damos as boas-vindas ao reeleito presidente do Irão na terra russa», disse Riabkov durante numa conferência de imprensa em Yekaterinburg.<br /><br />A visita de Ahmadinejad à cidade russa «reflecte as relações de boa vizinhança e tradicionalmente amistosas entre Moscovo e Teerão», afirmou o diplomata, segundo a agência RIA Novosti.<br /><br />«É simbólico que a sua primeira visita ao exterior após ser reeleito seja à Rússia«, acrescentou. [<a href="http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=394008">fonte</a>]<br /></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8162814689999723234.post-71175535027958434742009-06-16T13:37:00.000-07:002009-06-16T13:39:33.221-07:00Ahmadinejad declarado vencedor das eleições presidenciais no Irão<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7YxwAthB4hIcADZSm8aURqc3C92P6S1pgFy15KpVHx9pzq4u7vApHgtZdxCffCLNO-TGxXWBO6bE0ihKgOWSXSg64b_FL8M0kscwYHU__2nBlqzm1wLoFXMTuaTz_g8DaRviIKhQwtIk4/s1600-h/apoiantesahmadinejad.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 200px; height: 128px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7YxwAthB4hIcADZSm8aURqc3C92P6S1pgFy15KpVHx9pzq4u7vApHgtZdxCffCLNO-TGxXWBO6bE0ihKgOWSXSg64b_FL8M0kscwYHU__2nBlqzm1wLoFXMTuaTz_g8DaRviIKhQwtIk4/s200/apoiantesahmadinejad.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5348027757678410962" border="0" /></a>O Presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad venceu as eleições presidenciais com 64 por cento dos votos, garantindo assim um segundo mandato, anunciou esta manhã a Comissão Eleitoral iraniana.<br /></div><div style="text-align: justify;"><br />O seu principal opositor, Mir-Hossein Moussavi, conseguiu 32 por cento dos votos, numas eleições que registaram uma taxa de participação de 82 por cento.<br /><br />Moussavi protestou contra o que diz serem violações óbvias nas eleições presidenciais de ontem. "Estou a avisar, não me vou render a esta farsa perigosa". A sua candidatura pediu já ao Conselho dos Guardiões que reveja os "erros" destas eleições.<br /><br />O candidato derrotado diz que não houve boletins de voto em número suficiente em inúmeras assembleias de voto e que milhões de eleitores foram impedidos de votar.<br /><br />"O resultado das acções de várias entidades oficiais põe em causa os fundamentos da República Islâmica e conduzirá a uma tirania", disse Moussavi.<br /><br />A sede de campanha da candidatura de Moussavi foi encerrada pela polícia, impedindo os apoiantes do candidato de fazerem uma conferência de imprensa, relata a BBC.<br /><br />Teerão, a capital, vive um dia de tensão. Centenas de apoiantes de Moussavi manifestaram-se nas ruas depois do anúncio dos primeiros resultados. "Vamos ficar aqui, vamos morrer aqui", gritavam, reunidos em frente à sede de campanha do seu candidato.<br /><br />"Eles arruinaram o país e querem arruiná-lo ainda mais durante os próximos quatro anos", acrescentaram.<br /><br />A polícia dispersou-os com bastões.<br /><br />As manifestações continuaram durante a tarde, com apoiantes de Moussavi a incendiarem caixotes do lixo. Por outro lado, apoiantes de Ahmadinejad atacaram manifestantes pró-Moussavi nas ruas da capital, relata a AFP.<br /><br />A partir de hoje, qualquer concentração de apoiantes dos quatro candidatos às eleições foi proibida pelo Governo.<br /><br />Por sua vez, na grande avenida que atravessa a capital de Norte a Sul, os simpatizantes de Ahmadinejad exultavam. "Estou muito contente com a vitória do meu candidato. Ele ajuda os pobres e detém os criminosos", afirmou Kamra Mohammadi, um vendedor ambulante de 22 anos. [<a href="http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1386434">fonte</a>]<br /></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8162814689999723234.post-77695706363528034362009-05-18T10:39:00.000-07:002009-05-18T10:44:16.486-07:00Irão reivindica energia nuclear para todos, armas nucleares para ninguém<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGlccp7wRjYoGxffPHKUQ0CQuE4TNyAJCWq86r7zWnCazCLZ0JqTQ_tYrZus0q2SBmcqs8f4nj0dPIKmMnrs1AnIkqf0SEOY9IwnlO3yJ2EjgB2NzPFpHZAlL3ILB8ovHe1wAaC1E6_Bwa/s1600-h/MottakiEuronews.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 179px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGlccp7wRjYoGxffPHKUQ0CQuE4TNyAJCWq86r7zWnCazCLZ0JqTQ_tYrZus0q2SBmcqs8f4nj0dPIKmMnrs1AnIkqf0SEOY9IwnlO3yJ2EjgB2NzPFpHZAlL3ILB8ovHe1wAaC1E6_Bwa/s200/MottakiEuronews.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5337220657524133986" border="0" /></a>Manoucher Mottaki, ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão é um seguidor do líder supremo da Revolução Ali Khamenei. Vai coordenar as negociações iranianas do grupo 5+1 (os membros do Conselho de Segurança da ONU e a Alemanha). Com a administração Obama, de atitude mais conciliadora em relação ao Irão, está criado o ambiente de expectativa nas discussões sobre o programa nuclear do Irão.<br /></div><div style="text-align: justify;"><br /><span style="font-weight: bold;">euronews – O Irão está disposto a fazer novas reuniões ministeriais entre seis partes… o que oferece?</span><br /><br />Manoucher Mottaki – (Muito obrigado em nome de Alá o misericordioso) ...o Irão vai actualizar a proposta feita no ano passado. Porque, desde então, o mundo mudou: deu-se a crise económica e monetária, alteraram-se algumas administrações….<br /><br /><span style="font-weight: bold;">euronews – Refere-se à norte-americana…</span><br /><br />MM – ...por isso é necessário reexaminar o projecto de novas medidas, preparar nova proposta.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">euronews – A questão mais importante é a nuclear. Vai oferecer algo de novo?</span><br /><br />MM – Consideramos que os direitos do Irão são negociáveis não têm de estar sujeitos a acordos. O direito das nações a terem energia nuclear é um direito de que gozam todos os membros das Nações Unidas. O nosso ponto de vista é claro: energia nuclear para todos, armas nucleares para ninguém.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">euronews – Acha que o facto de alguns países terem armas nucleares, actualmente, dá o direito a outros países, que não as têm, de as procurarem obter?</span><br /><br />MM – Um desses países que refere é o que possui maior arsenal nuclear. Felizmente, podemos observar uma viragem de rumo, o que é inédito desde 1945, depois da II Guerra Mundial…e devemos ajudar esse país a manter essa posição aceitável.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">euronews – Acha que o discurso do presidente Ahmadinejad é útil num mundo em que o Irão tenta negociar e mostrar mais abertura, especialmente com o novo governo norte-americano, que parece mais receptivo do que o executivo anterior em relação ao Irão?.</span><br /><br />MM – Está a tentar, diplomaticamente, ligar estas duas questões, não é necessário… mesmo se, nos Estados Unidos, há vários grupos que seguem essa linha de pensamento. Por isso temos de ter em conta e ligar todos os interesses, ou seja dos americanos, interesses de Israel.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">euronews – Este tipo de retórica ajuda a manter uma posição de força nas novas negociações da administração norte-americana de Obama no Médio Oriente?</span><br /><br />MM – A raíz da crise deve ser procurada na região e essa é a legitimidade deste regime na região, como foi estabelecido: a terra palestiniana não estava sem pessoas, porque palestinianos, muçulmanos, cristãos e judeus viviam lá. Tal como na Europa não há pessoas sem terra, eram cidadãos de diferentes países europeus, já lá viviam.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">euronews – A sua apreciação é simplesmente racista em relação a outro país, Israel, e a população que vive na região? Que pensa sobre isso?</span><br /><br />MM – Essa é uma interpretação errada do II encontro de Durban. Vamos em frente…<br /><br /><span style="font-weight: bold;">euronews – Não, não…era uma pergunta, o que responde a isto? Não acha a sua conversa racista também?</span><br /><br />MM – Claro que não.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">euronews – Porquê?</span><br /><br />(riso sem resposta)<br /><br /><span style="font-weight: bold;">euronews – Porquê?</span><br /><br />MM – Estamos a conversar sobre um problema, uma crise que é uma realidade numa região e ninguém pode resolver este problema. Nós tentamos explicar porque é problema sem solução. Não somos parte do problema, pelo contrário, na região sempre fomos parte da solução em relação ao Iraque, em relação ao Líbano, em relação ao Afeganistão.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">euronews – Então, pode oferecer a cooperação para resolver os problemas no Iraque, no Afeganistão.</span><br /><br />MM – Temos uma certa responsabilidade na região, e, nos últimos seis ou sete anos, desempenhámos um papel importante na política de desenvolvimento do Iraque, na institucionalização das várias estruturas do governo no Iraque, no Parlamento e outras, e apoiamos esse processo.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">euronews – Que acha da política norte-americana do pau e da cenoura? Porque estende a mão ao Irão mas, com a outra mão, a secretária de Estado Hillary Clinton diz que estão a preparar sanções contra o Irão para o caso da questão nuclear não se resolver.</span><br /><br />MM – As políticas experimentadas no passado sem atingir resultados deviam servir para lembrar as diferentes partes que é melhor reequacionar e estabelecer outras políticas diferentes.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">euronews – Um embargo do Ocidente ao petróleo iraniano seria problemático?</span><br /><br />MM – Se estiverem dispostos a decidir então vêem a nossa reacção, não se preocupe com isso….<br /><br /><span style="font-weight: bold;">euronews – Que tipo de reacção?</span><br /><br />MM – Estudamos o assunto se decidirem tomar essa decisão.<br /></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8162814689999723234.post-81516730646371077062009-05-09T05:42:00.000-07:002009-05-09T05:44:25.188-07:00Ahmadinejad formaliza candidatura à eleição presidencial iraniana<div style="text-align: justify;">Teerão - O presidente do Irão, Mahmud Ahmadinejad, formalizou oficialmente hoje (sexta-feira) no ministério do Interior sua candidatura para um segundo mandato à eleição presidencial de 12 de Junho, informou a agência Isna.<br /><br />"Mahmud Ahmadinejad chegou ao ministério do Interior e formalizou oficialmente sua candidatura à eleição presidencial", disse a agência.<br /><br />Eleito em 2005, o presidente ultraconservador vai disputar um novo mandato de quatro anos.<br /><br />Indagado pela AFP sobre suas chances de reeleição, Ahmadinejad, 52 anos,afirmou: "Não penso nessas coisas, meu único objetivo é servir ao povo".<br /><br />O dirigente já tinha se definido como um "servidor do povo" durante a campanha de 2005.<br /><br />Desta vez, ele acrescentou: "Quando uma nação inteira vai às urnas, o resultado é sempre bom e surpreendente, e tenho boas esperanças".<br /><br />Por enquanto, as principais candidaturas são as do ex-presidente do Parlamento, o reformador Mehdi Karubi, e do ex-líder dos Guardiões da Revolução, Mohsen Rezai.<br /><br />O ex-primeiro-ministro e conservador moderado Mir Hossein Mussavi deve formalizar sua candidatura no sábado. Caberá depois ao Conselho dos Guardiões da Constituição examinar todas as candidaturas antes de anunciar, nos dias 20 e 21 de Maio, as pessoas autorizadas a se apresentar.<br /><br />A campanha eleitoral deve começar em 22 de Maio e terminar na noite de 10 de Junho, na antevéspera da eleição.<br /><br />Ahmadinejad é uma das figuras mais polêmicas do regime islâmico.<br /><br />Eleito em 2005 para a surpresa de todos, ele gosta de se apresentar como um devoto do Islão e um homem do povo.<br /><br />Ele se refere com frequência ao Mahdi, o 12º imã do Islã xiita. Os xiitas acreditam que Mahdi voltará para instaurar um reinado de justiça na Terra.<br /><br />Ahmadinejad manteve um modo de vida muito simples, e costuma desde sua eleição visitar todas as aldeias de seu país, por mais isoladas que sejam.<br /><br />Ele deflagrou uma grande polémica ao qualificar o Holocausto de "mito" e ao afirmar que Israel devia ser "varrido do mapa".<br /><br />Também simboliza a recusa do Irão de suspender seu programa nuclear, que comparou a "um comboio sem travões e sem marcha a ré".<br /><br />O dirigente ainda chamou de "meros pedaços de papel" as resoluções emitidas pelo Conselho de Segurança da ONU para punir a República Islâmica.<br /><br />Ahmadinejad foi bastante criticado no Irão por causa de uma política económica cara, que segundo especialistas provocou uma forte inflação mas também aumentou a pobreza e o desemprego.<br /><br />Porém, esta política condiz com sua promessa de "colocar o dinheiro do petróleo na mesa do povo".<br /><br />Ele nunca deixou de defender os valores da Revolução Islâmica, o que lhe rendeu o apoio praticamente incondicional do guia supremo, o aiatolá Ali Khamenei.<br /><br />Para muitos analistas, Ahmadinejad tem grandes chances de ser reeleito. Outros consideram, porém, que a candidatura de Mussavi constitui para ele uma verdadeira ameaça. [<a href="http://www.portalangop.co.ao/motix/pt_pt/noticias/internacional/Ahmadinejad-formaliza-candidatura-eleicao-presidencial-iraniana,f1afa6c7-40fe-40e1-8b9c-52186eb23d72.html">fonte</a>]<br /></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8162814689999723234.post-19728690192872486272009-04-26T16:17:00.000-07:002009-04-26T16:18:33.001-07:00Irão avisa EUA que é melhor não fazer ameaças para não estragar clima de diálogo<div style="text-align: justify;"><span id="ctl00_ContentPlaceHolder1_txtTextos" style="font-size: 11px;">Teerão minimizou a ameaça de endurecimento das sanções contra o Irão feita pela secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton caso a nova abertura para negociações oferecida pela Administração Obama não seja aceite pela República Islâmica. “A era das ameaças e das pressões políticas acabou. Acreditamos é preciso resolver os problemas através do diálogo e da interacção”, afirmou o porta-voz do Governo, Gholam Hossein Elham.<br /><br />Ontem, tinha sido a vez do ex-Presidente Akbar Hachemi Rafsanjani apelar aos Estados Unidos para que se abstivessem de ameaçar o Irão com novas sanções. “Clinton disse: ‘Estamos prontos a discutir mas preparamos, paralelamente, sanções paralisantes contra o Irão. Fariam melhor em não divulgar estes comentários, para não estragar a atmosfera favorável às negociações que existe actualmente no Irão”, afirmou, num aviso claro aos EUA.<br /><br />As palavras de Clinton ameaçando novas sanções são de quarta-feira. No mesmo dia, o Irão tinha respondido favoravelmente a um apelo das grandes potências para regressar ao diálogo sobre as suas actividades nucleares, embora ressalvando que continuaria a actividade de enriquecimento de urânio. [<a href="http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1376624">fonte</a>]<br /></span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8162814689999723234.post-25897748738681669972009-04-22T14:45:00.001-07:002009-04-22T14:46:45.492-07:00Parlamentar iraniano tacha de “barbárie moderna” o gesto dos apoiantes do sionismo na conferência de Genebra<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjB7MB9sc6qhFdvb9gwvK_YoNh5WqNq6oHy-eBiG3piCpypxE0593DFKunNG81rBafZnFiLsdgT8mUmp_j7cl4F5vPBXTMDo63oAeuQtmS0yB-gJ5RML0pRIvrOQwTFzxTQZwNTcEpJVohE/s1600-h/KazemYalali.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 200px; height: 120px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjB7MB9sc6qhFdvb9gwvK_YoNh5WqNq6oHy-eBiG3piCpypxE0593DFKunNG81rBafZnFiLsdgT8mUmp_j7cl4F5vPBXTMDo63oAeuQtmS0yB-gJ5RML0pRIvrOQwTFzxTQZwNTcEpJVohE/s200/KazemYalali.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5327635324097234194" border="0" /></a>Teerão, Irão [IRNA] – Kazem Yalali, port-voz da Comissão de Segurança Nacional e Política Externa do Parlamento do Irão, manifestou terça-feira em declarações à IRAN: “O gesto dos apoiantes do regime sionista ao provocarem um alvoroço quando o presidente do Irão tomava a palavra na conferência contra o racismo de Durban II provocou muitas reacções. Estes gestos são uma barbárie moderna que demonstra o carácter esclavagista deles e são um indicativo da veracidade das posturas do Irão.”<br /><br />Sobre as pessoas que se levantaram enquanto o presidente iraniano Mahmud Ahmadinejad falava na tribuna de Durban II; Yalali sentenciou que “basicamente, essas pessoas estão incomodadas e o seu incómodo é uma indicação do grande movimento que existe no mundo contra o regime hegemonista internacional.”<br /><br />“O incómodo surge quando a pessoa sente que fracassou e não tem nenhuma outra saída. A atitude de alguns países ocidentais e de algumas personagens que intentaram causar o alvoroço no discurso de Ahmadinejad demonstrou que as mesmas não respeitam muito que defendamos os direitos humanos, a democracia e a liberdade de expressão.”<br /><br />“Porque têm tanto medo de um discurso, eles, que tanto falam de liberdade de expressão? Porque fazem tanto escândalo a meio de um discurso?”, questionou-se em tom retórico, para asseverar e continuar que tudo o resto “demonstra quão vazios são os seus lemas já que têm medo das palavras que se atam ao direito e à postura que se decanta pela liberdade.”<br /><br />Yalali susteve que os que montaram o espectáculo saíram perdedores já que com isso provocaram uma repercussão ainda maior no mundo e muitos agora são os que terão curiosidade em ler o discurso do presidente do Irão, coisa que não fariam antes.<br /></div>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8162814689999723234.post-84493596684878135342009-04-22T14:29:00.000-07:002009-04-22T14:31:14.146-07:00Ahmadinejad em Genebra: “Expansionismo e racismo são as raízes dos problemas da humanidade”<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWiND0r-fIaK_xOJ2-2NbAzb59MQuS6eGQ9reH9t9PJKbTlf3O264BK_a9hWkU2CD0v8tr9aOLlWJl_ZnsoBV26rCg3w7FdN3nZaAU77mgd2Y5diqAkcW17pJJOk_ynTYonavOE7RiBKN_/s1600-h/DurbanII01.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 200px; height: 143px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWiND0r-fIaK_xOJ2-2NbAzb59MQuS6eGQ9reH9t9PJKbTlf3O264BK_a9hWkU2CD0v8tr9aOLlWJl_ZnsoBV26rCg3w7FdN3nZaAU77mgd2Y5diqAkcW17pJJOk_ynTYonavOE7RiBKN_/s200/DurbanII01.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5327631246753655090" border="0" /></a>Genebra, Suíça [IRNA] – O presidente do Irão, Mahmud Ahmadinejad, manifestou na cidade suíça de Genebra, onde encontra nesta altura para participar na Conferência Internacional Contra o Racismo Durban II: “A definição incorrecta do ser humano e da comunidade humana, os egoísmos, o expansionismo e o racismo, são as raízes dos problemas da humanidade.”<br /><br />Ahmadinejad, que efectuou estas declarações na segunda-feira num encontro com os presidentes dos organismos da ONU com sede em Genebra, acrescentou: “Hoje no mundo fala-se de momentos difíceis; em muitas zonas do mundo existem crises políticas, económicas e sociais, e nos últimos 60 anos talvez não tenha havido um só dia em que a sombra da guerra, a ameaça, a hostilidade e o ódio não se tenha sentido sobre a Terra.”<br /><br />Susteve o mandatário iraniano que “a actual situação é muito mais frágil” porque “antes da crise económica mundial mais de mil milhões de pessoas viviam na indigência, e de certeza que esta cifra já aumentou, bem como a cifra do desemprego e a diminuição da esperança de vida.”<br /><br />“Hoje são vários os países que se encontram sob um regime de ocupação – prosseguiu – cujos povos vivem nas piores condições. Hoje o tráfico de drogas já se converteu em algo banal, algo que se repercute negativamente na moral e na saúde de grande parte das pessoas em geral e da juventude em particular. Esta situação influenciou de maneira importante as relações políticas e securitárias e o desenvolvimento do terrorismo no mundo. Hoje os massacres e o terror aumentam por momentos em todo o planeta. Chegou a hora de efectuarmos um esforço conjunto e pensarmos em uníssono para conhecer do modo correcto os problemas actuais da humanidade e actuarmos com uma resolução conjunta para reformar este status quo.”<br /><br />Ahmadinejad susteve que entre as soluções “fundamentais” para solucionar todos estes desmandos estão o “respeito para com o ser humano e a sua dignidade bem como a de todos os indivíduos, respeitar critérios únicos, admitir os mesmos direitos para todos os povos, deixar que todos participem na administração do mundo e alterar a actual situação.”<br /><br />Acredito que chegou a altura de se levar a cabo uma revisão de base dos sistemas que regem o mundo e se defina um novo sistema de acordo com uma definição correcta do ser humano, dos direitos humanos e das suas necessidades”, apostolou.<br /><br />“A ONU é quem deveria ser a vanguarda de tal reforma estrutural e criar as oportunidades para que todos possam participar da dita reforma”, propôs.<br /></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8162814689999723234.post-21408412418924907822009-04-22T14:07:00.000-07:002009-04-22T14:09:12.351-07:00De Teerão<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGtwo8g9kjy3Dta6IO5Ch_e12fnh42ZEy9ibsULck06KFIxNqtt8dmm75bafohJrg0myqmDtV5flbzhmQHqX7yB_NldcW35gHhsdzisrm9GaqCqyQ-owarIKfSX3WO54vt_rFR51UZmKc7/s1600-h/017.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 200px; height: 133px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGtwo8g9kjy3Dta6IO5Ch_e12fnh42ZEy9ibsULck06KFIxNqtt8dmm75bafohJrg0myqmDtV5flbzhmQHqX7yB_NldcW35gHhsdzisrm9GaqCqyQ-owarIKfSX3WO54vt_rFR51UZmKc7/s200/017.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5327625647909314642" border="0" /></a>Escrevo em Teerão, esta grande e milenária cidade, cujos ruídos entram pela minha janela enquanto amanhece. Hoje é Sábado, 4 de Abril, e quando me levantava às 6:00 da manhã em Caracas aqui eram 9:00 da noite do dia 3… todavia! Que coisas estas as do espaço e do tempo com as suas leis e a sua relatividade!<br /><br />Ligo o televisor, conectado directamente ao satélite, e ali está Vanessa com o seu programa Contra Golpe, desde o local recuperado do Porto de Maracaibo. O vento bate forte vindo do lago e a Pátria chega-me de repente através do ecrã. Ouço a voz do povo, dos conselhos comunais ali presentes. Ouço a voz da Força Armada na pessoa do coronel presidente do porto. Ouço pois, a voz da Revolução que avança.<br /><br />E daqui te digo, homem, mulher, compatriota que m lê: não desfaleçamos na Ofensiva Revolucionária em toda a frente de Batalha!<br /><br />Pudemos comunicar-nos via telefónica com Vanessa. E logo com o Dossier de Walter Martínez. Falamos várias horas, enquanto continuava a subir o sol além das montanhas nevadas de Teerão, aqui no coração do Médio Oriente.<br /><br />Entretanto, todo o mundo tem estado pendente da Reunião do G-20 em Londres, a capital do velho império britânico. Começou com pompa e circunstância e podemos dizer que terminou sem dor nem glória, apesar do optimismo expressado nas declarações de alguns dos seus protagonistas.<br /><br />Já o havia dito em Caracas, em Doha, aqui em Teerão, recordando o grande caudilho José Gervásio Artigas: “Não devemos esperar nada de ninguém senão de nós mesmos”. E assim é, em verdade.<br /><br />A quem senão aos que não querem ver a realidade lhes pode ocorrer colocar nas mãos de um incendiário a tarefa de apagar o incêndio?<br /><br />Mas foi exactamente isso que decidiram: dar de novo gigantescas quantidades de dólares ao Fundo Monetário Internacional, ao Banco Mundial… Valha-me Deus!... Outorgar mais poderes à Organização Mundial do Comércio e ameaçar inclusivamente aqueles países do terceiro mundo que caiam no “pecado do proteccionismo”. Salva-se quem puder!<br /><br />Sinceramente não querem ou não podem escapar à perversa lógica neoliberal e pretendem agarrar-se aos princípios do selvagem modelo capitalista. Assim são os fundamentalistas!<br /><br />Nós, por outro lado, continuamos a construir o nosso caminho e transitando por este, empregando os nossos modestos esforços na confirmação do mundo multipolar, multicêntrico, no qual se consiga trazer à realidade aquele conceito bolivariano do “equilíbrio do Universo”.<br /><br />Hoje, Sábado, conclui-se aqui em Teerão o Encontro do G-2, Irão e Venezuela, com a assinatura de um conjunto de novos acordos que constituem a linha de partida do novo mapa 2010-2020, sobre o qual navegaremos estas duas Repúblicas, os seus povos irmãos e as suas revoluções.<br /><br />Ontem inauguramos em Teerão a sede do novo Banco Binacional Irano-Venezuelano (BBIV), para cujo nascimento trabalhamos intensamente durante mais de dois anos e que doravante se constitui num novo instrumento precisamente para a libertação da ditadura do dólar.<br /><br />Esta criação de um Banco Binacional entre a nação persa e a nossa recorda-nos aquelas palavras que Martin Luther King pronunciava em 1963: “Recusamo-nos a acreditar que o banco da justiça esteja falido”. Enquanto que em todo o mundo, em especial nos grandes centros financeiros, continuam a falir e a cair os grandes bancos, no nosso Sul, justiça seja feita, nascem novas instituições financeiras ao abrigo se um novo conceito que dista muito do capitalismo em queda livre. Com o Irão começamos também a projectar a criação de uma empresa Grande Nacional de medicamentos que contribua para romper com as grandes multinacionais farmacêuticas da morte. O fortalecimento de outros projectos – agro-pecuários, alimentares, mineiros, energéticos – foram parte importante da nossa agenda dentro do propósito estratégico de converter a nossa nação numa potência soberana e independente, na medida do possível.<br /><br />O Encontro da ASPA em Doha, e esta dos G-2, Irão e Venezuela, são a prova palpável de que outro mundo já começa a ser possível, ante o triste espectáculo observado também com atenção da nossa parte, nas antípodas, do encontro dos G-20.<br /><br />Esta noite viajaremos para o Japão. Será uma grande viagem. E logo iremos a Pequim, essa gigantesca cidade capital da nova superpotência mundial do século XXI.<br /><br />Agora quase não tenho nem tempo para escrever. Portanto, estas linhas de hoje são mais curtas que o normal. Desde modo não se queixaram nem Jesse nem Eleazar.<br /><br />Quando estiverem a ler estas minhas palavras, estaremos já no avião da Cubana que Fidel nos emprestou, rumo ao Japão. E já será Domingo de Ramos. Peço aqui desde estes mundos de Deus, que Cristo retorne de verdade, os seus valores, a sua paixão, a sua esperança. Peço que ressuscite cada dia nos corações de todas e de todos. E que se torne uma bela realidade o Reino que vem anunciar-nos: o socialismo!<br /><br />ATÉ À VITÓRIA SEMPRE<br /><br />VENCEREMOS<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Hugo Rafael Chávez Frias </span>[<a href="http://aslinhasdechavez.blogspot.com/">fonte</a>]<br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8162814689999723234.post-38184009877127047572009-03-29T03:49:00.001-07:002009-03-29T03:49:41.107-07:00Irão confirma presença na Conferência Internacional sobre a reconstrução do Afeganistão<embed src='http://tv1.rtp.pt/noticias/player.swf' width='312' height='150' bgcolor='#ffffff' allowscriptaccess='always' allowfullscreen='true' flashvars='image=http://img.rtp.pt/noticias/images/PlayerMp3_logoA1.jpg&file=http://mp3.rtp.pt/mp3/wavrss/info/nacional/281933_29761.mp3&screencolor=ffffff'></embed>Unknownnoreply@blogger.com0