Teerã, 26 ago (EFE).- O ministro da Defesa do Irã, general Mustafa Nayar, anunciou hoje que seu país testou "com sucesso" a primeira "bomba inteligente" iraniana, de 900 quilos e guiada por laser.
Ainda segundo o ministro, a produção do armamento em nível industrial já começou.Imagens da bomba foram exibidas pela rede de TV iraniana "Alalam", que citou Nayar enquanto afirmava que a arma pode ser lançada por caças-bombardeiros F-4 e F-5, a 20 quilômetros de distância de seus alvos.
O ministro disse que a nova bomba, de fabricação nacional, tem "uma capacidade destrutiva maior". Além disso, demonstrou sua confiança em que a produção do armamento em nível industrial "aumentará consideravelmente a capacidade defensiva da República Islâmica".
Nayar também anunciou que começaram a funcionar quatro linhas de produção de balas com capacidade de perfurar coletes.
Segundo o ministro, o objetivo do Irã com a criação de material bélico é "meramente defensivo".
"Todas as armas de fabricação nacional nos setores aéreo, marítimo e terrestre, incluindo os mísseis e as armas pesadas, são unicamente para elevar a capacidade defensiva do Irã", afirmou.
"Os meios de comunicação imperialistas, especialmente os americanos e sionistas (israelenses), tentam apresentar nossa capacidade defensiva como uma ameaça aos países da região", acrescentou.
"Nossas armas são para a segurança e a estabilidade da região e não representarão ameaça alguma para qualquer país da região", afirmou o ministro.
O teste da "bomba inteligente" iraniana ocorreu duas semanas após Teerã afirmar ter testado seu primeiro avião de combate de fabricação nacional "Azrajsh", que foi classificado como um "novo êxito tecnológico dos especialistas iranianos".
Além disso, o comandante dos Guardiões da Revolução, Yahya Safaui, revelou na semana passada que este corpo militar de elite conta com material bélico sofisticado de fabricação nacional, incluindo mísseis de até dois mil quilômetros de alcance.
As notícias sobre os "avanços" militares iranianos começaram a ser difundidas depois que os EUA anunciaram que venderão US$ 20 bilhões em armas à Arábia Saudita e a outros vizinhos árabes da República Islâmica.
Além disso, coincidem com a crescente tensão entre EUA e Irã pela pela intenção de Washington de classificar os poderosos Guardiões da Revolução, considerados a coluna vertebral da defesa do regime xiita de Teerã, como uma "organização terrorista".
O porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores do Irã, Mohamad Hosseini, disse ser contra a intenção americana e disse que Teerã "adotará uma decisão adequada" se os Guardiões da Revolução forem considerados terroristas.
Último Segundo
0 comentários:
Enviar um comentário