Segundo Attiyah, a idéia de estabelecer uma zona de livre-comércio foi proposta pelo Irã através de uma mensagem enviada à Secretaria-Geral do CCG pelo ministro de Assuntos Exteriores iraniano, Manouchehr Mottaki, no qual expressava o desejo de seu país de entabular negociações diretas a esse respeito. "Não é nada novo (..) houve contatos sobre esse assunto anteriormente, mas desta vez (Irã) expressa seu desejo de forma oficial e pública", disse o secretário-geral do CCG.
Além das relações com o Irã, a reunião ministerial do CCG discutiu os esforços para solucionar as crises no Iraque, Líbano e nos territórios palestinos, assim como a polêmica envolvendo o programa nuclear iraniano.
O ministro de Estado saudita para Assuntos Exteriores, Nazar Ebeid Madani, reiterou após o encontro que os países dessa rica aliança petrolífera árabe "coincidem sobre a necessidade de solucionar a polêmica (entre Irã e a comunidade internacional) pelos meios pacíficos, e evitar qualquer tipo de enfrentamento militar" na região.
No entanto, Madani e Attiyah não comentaram a recente declaração do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, na qual expressou que seu país está disposto, junto com os países da zona, especialmente a Arábia Saudita, a "encher o vazio" que causaria uma eventual retirada das tropas americanas do Iraque.
Madani confirmou que o reino wahhabista, um país sunita com especial influência no mundo islâmico, e que ostenta a presidência rotativa da Liga Árabe e do CCG, estuda abrir uma embaixada no Iraque, e que enviou há uma semana uma missão a Bagdá para tratar desse assunto com as autoridades locais.
Estadão, 02 de Setembro de 2007 [fonte]
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