sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Irã e Síria rejeitam "interferência exterior" em eleições do Líbano


Teerã, 3 set (EFE).- Irã e Síria expressaram que defendem "eleições meramente libanesas, sem a interferência exterior" para escolher o sucessor do presidente Émile Lahoud, informam hoje os meios de comunicação iranianas.

Esta postura foi informada pelos ministros de Assuntos Exteriores do Irã, Manouchehr Mottaki, e da Síria, Walid al-Moalem, em reunião realizada ontem à noite em Teerã, na qual coordenaram também as posturas de seus respectivos países a respeito das crises no Iraque e nos territórios palestinos.

Moalem, cujo país é quase o único aliado árabe do Irã, se encontra em Teerã para assistir à reunião ministerial que o Movimento de Países Não-Alinhados (NOAL) inaugurará hoje para discutir "os direitos humanos e a diversidade cultural".

"A situação no Líbano não suporta uma solução imposta do exterior (...) os libaneses devem estar de acordo eles mesmos sobre seus interesses nacionais", disse o chefe da diplomacia iraniana, enquanto Moalem reiterou que Damasco respeitará "o que os libaneses decidirem".

O Parlamento libanês elegerá o sucessor de Lahoud entre 25 de setembro e 24 de novembro, data na qual termina seu mandato, que foi prorrogado durante três anos em 2004 a pedido da Síria, segundo argumenta a oposição libanesa.

"Estamos de acordo sobre a necessidade de uma solução puramente libanesa" à crise política no Líbano, acrescentou o ministro sírio.

Moalem e Mottaki acusaram os EUA de ingerência nos assuntos do Líbano para "servir seus a próprios interesses", segundo a agência "Irna".

Já os americanos acusam Síria e Irã - considerados o principal apoio político à milícia libanesa xiita do Hisbolá - de intromissão nos assuntos do Líbano e do Iraque, e de apoiar "organizações terroristas".

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