quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Amado e homólogo iraniano confirmam contactos sobre gás


Os ministros dos Negócios Estrangeiros de Portugal e do Irão confirmaram hoje a existência de contactos regulares entre empresas dos dois países para a exploração conjunta de gás.

«Há, há vários meses, contactos para - creio - a exploração conjunta de um campo no Irão. Esses contactos desenvolvem-se na esfera das empresas e não são, necessariamente, objecto de qualquer decisão política», disse Luís Amado à imprensa depois de receber em Lisboa o homólogo iraniano, Manuhcher Mottaki.

O ministro iraniano confirmou igualmente esses contactos, sublinhando que «a energia faz parte das relações entre os dois países há longa data», e precisou que, no caso do gás, «houve algumas negociações há alguns meses entre empresas dos dois países» que, quando forem concluídas, «vão dar um novo passo no relacionamento económico» luso-iraniano.

De acordo com o jornal Diário de Notícias, a petrolífera portuguesa Galp está em negociações com a empresa de petróleo do Irão para entrar na exploração e produção de gás natural liquefeito naquele país.

Mottaki já tinha evocado, na sua declaração inicial à imprensa, as «relações de amizade de muitos séculos» entre Portugal e o Irão e o «grande potencial para o desenvolvimento» dessa relações, «especialmente na área energética».

Luís Amado referiu-se também a essas relações seculares e às actividades que várias empresas portuguesas desenvolvem no ou com o Irão, mas sugeriu que as relações bilaterais beneficiariam de um melhor relacionamento do Irão com a comunidade internacional.

«A nossa preocupação, agora, é criar condições estratégicas e políticas que permitam desenvolver muito mais as relações económicas, comerciais e culturais entre os dois países», disse o ministro português.

«Para isso, é necessário criar uma cultura de confiança nas relações entre os nossos governos e os nossos Estados que permita ao Irão abrir-se a todas as potencialidades de relacionamento com a comunidade internacional, na qual Portugal se insere», acrescentou Amado. [fonte]

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