terça-feira, 16 de junho de 2009

Medvedev ignora polémica e quer cooperação com Ahmadinejad

Os presidentes da Rússia, Dmitri Medvedev, e do Irão, Mahmoud Ahmadinejad, decidiram hoje na cidade russa de Yekaterinburg «continuar a cooperação em matéria económica e humanitária».

Segundo Natalia Timakova, porta-voz do presidente russo, citada pela agência oficial RIA Novosti, as partes concordaram também em «manter os contactos».

Anteriormente tinha sido comunicado que Medvedev tinha cancelado a reunião bilateral que realizaria com Ahmadinejad no âmbito da cimeira da Organização de Cooperação de Xangai (SCO).

Medvedev tem «uma agenda muito apertada» devido ao fórum daquela organização regional, que também inclui a China e quatro países da Ásia Central, e a primeira cimeira formal do grupo Bric, formado por Brasil, Rússia, Índia e China, explicou a delegação russa.

Ahmadinejad participa na cimeira da SCO na cidade russa de Yekaterinburg, nos Urais, na qualidade de observador, juntamente com os presidentes do Afeganistão e do Paquistão, o primeiro-ministro da Índia e um enviado da Mongólia.

O líder iraniano, que faz a gestão para a entrada formal do Irão na SCO, tinha previsto inicialmente chegar na segunda-feira a Yekaterinburg, mas adiou a visita «por razões pessoais», segundo fontes diplomáticas russas.

Desde a reeleição de Ahmadinejad, no sábado, Teerão é palco de violentos protestos da oposição para denunciar fraude eleitoral, nas quais pelo menos sete pessoas morreram.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) russo não fez declarações oficiais sobre as eleições no Irão e só o vice-ministro do MNE, Serguei Riabkov, afirmou hoje que as eleições são «um assunto interno do povo iraniano».

«Aprovamos a realização destas eleições e damos as boas-vindas ao reeleito presidente do Irão na terra russa», disse Riabkov durante numa conferência de imprensa em Yekaterinburg.

A visita de Ahmadinejad à cidade russa «reflecte as relações de boa vizinhança e tradicionalmente amistosas entre Moscovo e Teerão», afirmou o diplomata, segundo a agência RIA Novosti.

«É simbólico que a sua primeira visita ao exterior após ser reeleito seja à Rússia«, acrescentou. [fonte]

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