O Irão propôs hoje “negociações globais” com vista a um “total desarmamento nuclear”, defendendo que a eliminação destas armas é a “única garantia contra o seu uso ou ameaça de uso”.
A proposta foi apresentada pelo embaixador iraniano nas Nações Unidas, durante a Conferência de Desarmamento a decorrer em Genebra e antecede mais um relatório da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) sobre o dossier nuclear da República Islâmica.
“A existência de armas nucleares significa, simplesmente, que todos os Estados vão continuar a viver num permanente sentimento de insegurança”, disse Alireza Moaiyeri. “Nesse contexto – acrescenta – o principal objectivo da Conferência deveria excluir esta fonte de insegurança e estabelecer um mundo livre de armas nucleares.”
Segundo Moaiyeri, Teerão apoia o início de conversações sobre um tratado para interditar a produção de plutónio e urânio altamente enriquecido, necessários ao fabrico da bomba. Tal pacto deveria abranger os “stocks” existentes de material físsil e a sua futura produção, acrescentou o embaixador.
A Conferência de Desarmamento não tem conseguido chegar a um consenso para negociar qualquer pacto global desde que, nos anos 1990, concordou proibir as armas químicas e as explosões nucleares subterrâneas.
Diplomatas presentes na Suíça exprimiram optimismo de que a nova Administração norte-americana possa levar a um maior dinamismo, uma vez que o Presidente Obama se comprometeu, publicamente, com um maior desarmamento nuclear. [fonte]
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