terça-feira, 2 de março de 2010

Guerra ao Terror: desculpa para treinar terroristas

O Ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Manouchehr Mottaki, afirmou que a pretensa Guerra ao Terror do ex-presidente dos EUA, George W. Bush, na verdade serviu de cobertura para o treino de terroristas.

“Combater o terrorismo por acaso significará apoiar assassinos profissionais?” Questionou no Conselho dos Direitos Humanos da ONU, em Genebra, de acordo com o porta-voz o Ministério dos Negócios Estrangeiros, Ramin Mehmanparast, que o acompanhou nesta viagem.

“Os EUA devem explicar porque razão agendaram um encontro com Abdolmalek Rigi. Os EUA devem explicar porque razão se encontrava Abdolmalek Rigi na base dos EUA no Afeganistão e porque razão este se ia encontrar com dirigentes americanos de topo na base americana de Manas, nos arredores da capital de Kyrgyz, Bishkek”, acrescentou.

A semana passada, as forças de segurança iranianas capturaram o líder do grupo terrorista de Jundallah, Abdolmalek Rigi, enquanto este se encontrava a bordo de um voo do Dubai para o Kyrgistão.

“Os EUA não estão a par de que mais de 400 pessoas foram assassinadas ou feridas em actos criminosos levados a cabo por este grupo?”, acrescentou Mottaki.

Mehmanparast indicou que o ministro dos Negócios Estrangeiros também criticou os aliados europeus dos Estados Unidos por removerem a Organização dos Mujahedin do Povo (MKO) da sua lista de grupos terroristas.

O MKO, listado como grupo terrorista no Irão, no Iraque, no Canadá e nos Estados Unidos da América, assumiu a autoria de inúmeros atentados mortais levados a cabo contra membros do governo iraniano e contra civis iranianos nos últimos 30 anos.

Entre estes ataques incluem-se os assassinatos do falecido presidente Mohammad-Ali Rajaei, do primeiro-ministro Mohammad-Javad Bahonar e do chefe judiciário Mohammad Beheshti.

Também é conhecida a colaboração da MKO com o ex-ditador iraquiano Saddam Hussein na supressão das revoltas no Sul do Iraque em 1991 e no massacre dos curdos iraquianos.

A organização é, para além disto, conhecida pelos seus aspectos de seita, nomeadamente pelas tácticas de intimidação exercidas contra os seus próprios membros, tais como o assassinato e a tortura de membros que a abandonem.

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