quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Discurso do presidente da República Islâmica

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Teerão apela ao “desarmamento global”

O Irão propôs hoje “negociações globais” com vista a um “total desarmamento nuclear”, defendendo que a eliminação destas armas é a “única garantia contra o seu uso ou ameaça de uso”.

A proposta foi apresentada pelo embaixador iraniano nas Nações Unidas, durante a Conferência de Desarmamento a decorrer em Genebra e antecede mais um relatório da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) sobre o dossier nuclear da República Islâmica.

“A existência de armas nucleares significa, simplesmente, que todos os Estados vão continuar a viver num permanente sentimento de insegurança”, disse Alireza Moaiyeri. “Nesse contexto – acrescenta – o principal objectivo da Conferência deveria excluir esta fonte de insegurança e estabelecer um mundo livre de armas nucleares.”

Segundo Moaiyeri, Teerão apoia o início de conversações sobre um tratado para interditar a produção de plutónio e urânio altamente enriquecido, necessários ao fabrico da bomba. Tal pacto deveria abranger os “stocks” existentes de material físsil e a sua futura produção, acrescentou o embaixador.

A Conferência de Desarmamento não tem conseguido chegar a um consenso para negociar qualquer pacto global desde que, nos anos 1990, concordou proibir as armas químicas e as explosões nucleares subterrâneas.

Diplomatas presentes na Suíça exprimiram optimismo de que a nova Administração norte-americana possa levar a um maior dinamismo, uma vez que o Presidente Obama se comprometeu, publicamente, com um maior desarmamento nuclear. [fonte]

Irão: decide por ti mesmo

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Larijani: Irão está disponível a falar com os EUA "sem condições prévias"

O presidente do Parlamento iraniano, Ali Larijani, anunciou hoje que Teerão está pronto a discutir com os Estados Unidos, “sem condições prévias” desde que os americanos apresentem “um conceito” para este diálogo.

“O diferendo sobre o [programa] nuclear não é um problema insolúvel se deixarmos de estar entricheirados nas nossas posições actuais. Estamos prontos para discutir sem condições prévias, mas para isso precisamos de um verdadeiro ponto de partida”, declarou o representante iraniano, em entrevista ao jornal alemão “Suddeutsche Zeitung”.

Larijani foi o representante iraniano à conferência de segurança de Munique, onde ouviu ontem o vice-presidente norte-americano dizer que os Estados Unidos estão “prontos a falar” com o regime iraniano e dar-lhe uma escolha muito clara: “mantenham o rumo actual e conhecerão a pressão e o isolamento; renunciem ao vosso programa nuclear ilegal e a apoiar o terrorismo e receberão contrapartidas importantes”.

Numa clara reacção a este discurso, o responsável disse que “se os americanos estão verdadeiramente dispostos a resolver os problemas então devem apresentar-nos um conceito”, pois até ao momento “não foi apresentada “nenhuma oferta concreta”. Apenas ouvimos “declarações em entrevistas e em discursos” e isso é insuficiente, sublinhou.

Larijani lamentou ainda que os americanos digam “que estão prontos a falar sem condições prévias” mas continuam “com os mesmos ‘clichés’ da cenoura e do pau, ao ligar o início de conversações à suspensão do programa nuclear iraniano, actualmente centrado na fase de enriquecimento de urânio.

A concretizar-se esta disponibilidade das duas partes, interromper-se-á um silêncio de três décadas entre Washington e Irão, que cortaram relações diplomáticas na sequência da revolução Islâmica de 1979. [fonte]

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Irã coloca em órbita o primeiro satélite Omid

O Irã disse que o primeiro satélite próprio, lançado pelo país na terça-feira, tem fins pacíficos e que todas as nações deveriam se beneficiar deste tipo de tecnologia. O satélite foi colocado em órbita com a ajuda do foguete Safir-2.

"A tecnologia do satélite tem fins puramente pacíficos, para atender às necessidades do país", disse Manouchehr Mottaki, ministro das Relações Exteriores do Irã, em uma entrevista coletiva antes da cúpula da União Africana, em Adis-Abeba. As informações são da agência BBC.

O lançamento do satélite Omid (esperança) marca o aniversário da Revolução Islâmica de 1979.

A tecnologia balística de longo alcance usada para levar os satélites ao espaço também pode ser usada para o lançamento de armas, embora o Irã afirme não ter intenção de fazer isso.

"A diferença entre o nosso país e os outros que têm essa capacidade é que acreditamos que a ciência pertence a toda a humanidade", disse. "Algumas pessoas acreditam que as tecnologias avançadas pertencem somente a alguns países".

Mottaki disse que a capacidade militar do Irã é somente defensiva.

"Na história do Irã, nos últimos 100 anos, você não pode apontar nenhuma agressão cometida pelo Irã contra qualquer outra nação", disse.

"O povo iraniano ama a paz. Eles querem paz com todos os países do mundo". [fonte]

Reunião sobre o Irão termina com apelo à cooperação à República Islâmica

Representantes do Grupos dos Seis, que junta os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU e a Alemanha, pediram ao Irão que cooperasse com as exigências da ONU em relação ao seu programa nuclear, num encontro hoje, em Wiesbaden (Alemanha).

Na sua primeira reunião desde a tomada de posse de Barack Obama como Presidente dos EUA, os Seis congratularam-se ainda com a oferta americana de conversações directas com a República Islâmica.

Os grupo de Seis países vai “consultar os próximos passos enquanto a Administração americana leva a cabo uma revisão de política”, segundo um comunicado divulgado a seguir ao encontro. Uma nova reunião deve realizar-se após esta revisão em Washington, que deverá acontecer em Março.

Na véspera do encontro, o Irão lançou um satélite no que chamou “um grande avanço na tecnologia espacial”, para coincidir com o aniversário, na próxima semana, dos 30 anos da revolução islâmica que derrubou o Xá Reza Pahlavi, apoiado pelos Estados Unidos.

A tecnologia poderá ser usada para fins militares, e por isso causou apreensão o seu lançamento, justamente na véspera do encontro de hoje dos Seis, apesar do Irão garantir que não usará esta tecnologia para fins militares. A República Islâmica também garante que o seu programa nuclear tem apenas fins civis, mas para terminar as dúvidas a ONU pede que o Irão suspenda a actividade que poderá permitir fabricar a bomba atómica, o enriquecimento de urânio.

Teerão tem negado fazê-lo, argumentado que quer dominar todo o ciclo de produção nuclear, e por isso a República Islâmica foi já submetida a várias rondas de sanções das Nações Unidas. [fonte]

Os Mujahedin do Povo e a política dos EUA para com o Irão