quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Presidente da África do Sul defende direito iraniano à exploração nuclear pacífica


No acto de recepção do novo embaixador iraniano em Pretória, o presidente da África do Sul, Tambo Mbeki, defendeu os direitos de Teerão à exploração divil da energia nuclear, "na qualidade de membro do Tratado de Não Proliferação de armas nucleares (TNP)". Nesta cerimónia o mandatário sul-africano insistiu ainda que o seu governo "continuará a apoiar o Irão", neste sentido.

"O papel do Irão na solução das crises desta zona é efectivo", manifestou Mbeki, por sua vez anunciou também a sua disposição para visitar Teerão "dentro de pouco tempo", tendo em conta "as negociações construtivas" que tem mantido com o seu colega iraniano, Mahmud Ahmadinejad.

domingo, 27 de janeiro de 2008

Saeed Jalili: "O nuclear é um direito do Irão"


Como secretário do Conselho Supremo de Segurança do Irão, Saeed Jalili é o chefe dos negociadores do programa nuclear iraniano e tem que gerir todas as implicações políticas. Agora, tem uma difícil tarefa à frente, com as Nações Unidas a poderem decidir novas sanções contra Teerão, por não respeitar as anteriores resoluções e continuar a enriquecer urânio. As conversações estão num impasse, como Saeed Jalili deu a entender nesta entrevista exclusiva à EuroNews.

Sergio Cantone, EuroNews: "O que pensa sobre esta falta de confiança do Ocidente em relação à capacidade nuclear iraniana?"

Saeed Jalili: "É muito claro hoje que estes países estão apenas à espera dum falso pretexto para tomar estas medidas contra o Irão. Esses mesmos países tinham a melhor cooperação possível com o ditador do Irão, com o antigo regime e assinaram um acordo nuclear com esse regime. Quando essa ditadura foi derrubada pelo povo iraniano, começaram a impôr sanções contra o nosso país e contra o nosso povo."

EuroNews: "A palavra é estabilidade. A resposta é estabilidade. O Irão não está a dar confiança aos outros países..."

Saeed Jalili: "Pensamos, e acreditamos, que a comunidade internacional está a apoiar a posição iraniana, no que toca às actividades e ao programa nuclear pacífico. Mais de 120 países, do movimento dos não-alinhados, apoiaram o programa nuclear iraniano e os seus direitos no âmbito do programa de energia nuclear. Só dois ou três países é que se consideram iguais à comunidade internacional. Até o relatório dos serviços secretos americanos reconhece que o Irão tem um programa nuclear pacífico."

EuroNews: "E sobre a existência de Israel?"

Saeed Jalili: "Acreditamos que a ocupação, a coerção, não dão legitimidade. Tudo tem que ser determinado por um processo democrático, essa é a única solução. Se o resultado de um processo democrático é o desaparecimento de uma entidade, então há um problema com essa entidade."

EuroNews: "Se tem essas ideias a respeito da existência de Israel, essa entidade como lhe chama, não pensa que há países amigos de Israel, como os Estados Unidos ou alguns países europeus, que vão deixar de confiar no Irão, numa altura em que o Irão está a construír uma capacidade nuclear, mesmo dizendo que é civil?"

Saeed Jalili: "Sempre dissemos que a terra palestiniana pertence ao povo que lá vive, incluindo judeus, cristãos e muçulmanos. Não há diferenças entre eles. As pessoas que foram expulsas da terra palestiniana têm o direito de regressar à pátria. E essas pessoas devem ter o direito de participar num processo democrático pela auto-determinação, e a decisão deve ser respeitada, independentemente de qual seja. Não sou eu, nem você, nem nenhum país que deve decidir por eles. Por que se sentem eles em perigo por causa de um simples processo democrático?"

EuroNews: "Acha importante o Irão continuar com o enriquecimento de urânio?"

Saeed Jalili: "Não é importante, mas faz parte dos nossos direitos, segundo o Tratado de Não-Proliferação. Temos um certo número de obrigações e um certo número de direitos. Devemos cumprir as nossas obrigações, mas devemos também poder gozar dos nossos direitos, no quadro do tratado. A questão é: por que razão é importante para esses países? Porque querem eles privar-nos dos nossos direitos?"

EuroNews: "Um país com uma capacidade nuclear pequena e reduzida, como o Irão, pode importar urânio enriquecido de outros países, como a Rússia, o que pode até ser mais barato. Porquê ter uma tecnologia iraniana de enriquecimento?"

Saeed Jalili: "A razão principal é que é uma tecnologia nacional, vamos desenvolvê-la no nosso país. segundo o nosso plano de desenvolvimento a 20 anos, vamos produzir 20.000 megawatts de energia nuclear. Vamos gerar energia através de centrais nucleares e, para isso, vamos precisar de construír 20 centrais nucleares em 20 anos e para isso precisamos de milhares de milhões, em termos de investimento. Quais são as garantias de que esses países vão fornecer-nos combustível para as centrais, se nem sequer aviões de passageiros e peças soltas são capazes de fornecer? Quanta energia pensa que podemos produzir com as centrifugadoras que temos agora? Mesmo se aumentarmos o número dez vezes, não vamos conseguir alimentar nem sequer uma só central nuclear."

EuroNews: "Acha que o tema do nuclear pode fazer parte das conversações alargadas com os Estados Unidos, a respeito da situação no Médio Oriente?"

Saeed Jalili: "Sim, sem problemas. Mas o verdadeiro problema não é haver conversações ou negociações, o problema é como vamos abordar as conversações no futuro. Quando duas partes se encontram para negociar, põe-se a questão de se falam como amigos, como parceiros, como rivais ou como inimigos."

EuroNews: "E quanto à mudança de atitude em França e na Alemanha, que acha?"

Saeed Jalili: "O resultado das políticas vai ser proporcional à atitude que estão a ter. Esses países podem ter mudado de atitude em relação às políticas, as empresas desses países estão agora menos presentes no nosso país e agora estão a assistir ao resultado dessa política." [fonte]

Irão pretende abastecer Europa por Sines

Portugal "pode ter uma parte maior do bolo das relações do Irão com a Europa" no campo energético, disse ontem, em Lisboa, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Manouchehr Mottaki.

O país "pode armazenar energia" do Irão "ou obter aquela de que necessita", segundo o responsável pela diplomacia de Teerão, confirmando que "a cooperação energética na exploração de gás e também na compra de petróleo fazem parte" de uma negociação em curso envolvendo a Galp pelo lado português.

O seu homólogo português, Luís Amado, confirmou a existência "há vários meses de contactos" entre a Galp e a NIOC (National Iranian Oil Company, a empresa nacional de petróleos iraniana) para projectos conjuntos na área da exploração hidrocarbonetos. Segundo a Lusa, que citou palavras de Amado na conferência de imprensa após o encontro com Mottaki, a preocupação portuguesa "é agora a de criar condições estratégicas e políticas que permitam desenvolver muito mais as relações económicas, comerciais e culturais entre os dois países".

Se as negociações com a Galp correrem bem, o Irão poderá ser um dos fornecedores de gás natural da petrolífera portuguesa, confirmaram ao DN fontes ligadas às negociações. Em contrapartida, o Irão gostaria de armazenar petróleo, em Sines, para distribuir depois para outros mercados europeus.

Um projecto que poderá vir a ser estudado entre as duas partes caso cheguem a um acordo, confirmaram as mesmas fontes. Uma possibilidade semelhante está prevista no memorando de entendimento assinado, em Outubro, entre a Galp e a Petróleos da Venezuela.

O fornecimento de gás liquefeito por parte do Irão à Galp, e uma possível entrada desta na exploração de gás naquele país são dois aspectos que já estão em discussão há vários meses entre a empresa portuguesa e as autoridades iranianas. Fontes da Galp, por seu turno, limitam-se a confirmar a existência de negociações e a sublinhar que não há qualquer acordo.

No decurso da estadia do ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, em Lisboa, houve apenas mais um encontro de trabalho, adiantaram as mesmas fontes.

Agora, as negociações entre a Galp e a NIOC vão continuar .

O MNE iraniano, que se exprimiu sempre em persa com tradução para português, exibiu uma nota de razoável optimismo e mostrou-se convicto da possibilidade de acordo.

Segundo Mottaki, as propostas portuguesas estão actualmente a "serem analisadas pelo Ministério do Petróleo" iraniano. O diplomata de Teerão realçou, ainda no plano económico, a existência de condições para empresas portuguesas - "no investimento e no comércio" - estarem presentes no seu país, colocando ainda ênfase na "longa relação" de cinco séculos entre Portugal e Teerão, "uma relação sem nenhum aspecto negativo em aberto". [fonte]

Federação do Irão escolhe Javier Clemente

Segundo fez saber Mehdi Taj, os representantes da Federação concluíram hoje, numa reunião realizada em Bilbau, as negociações com o treinador espanhol.

O acordo estabelece que, durante os próximos três anos, Javier Clemente, actualmente com 57 anos, venha a auferir um vencimento de cerca de 30 mil euros mensais.

Recorde-se que o treinador português Artur Jorge chegou a ser contactado para o cargo de seleccionador do Irão, mas acabou por ser preterido com a justificação de que teria o “perfil ideal para o cargo”. [fonte]

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Iraque: Presidente do Irão deve realizar visita histórica a Bagdad

Bagdad, 23/01 - O presidente do Irão, Mahmoud Ahmadinejad, aceitou um convite para visitar Bagdad, afirmou na quarta-feira o Ministério das Relações Exteriores do Iraque.

A viagem história faria de Ahmadinejad o primeiro dirigente iraniano a colocar os pés dentro do ex-rival.

Na década de 1980, o Irão e o Iraque travaram uma guerra de oito anos em que centenas de milhares de pessoas foram mortas. Mas as relações entre os dois países melhoraram depois de o ditador iraquiano Saddam Hussein ter sido derrubado do poder na invasão liderada pelos EUA, em 2003, e de um governo comandado por xiitas ter assumido o comando do Iraque.

"O presidente Ahmadinejad aceitou um convite feito pelo presidente Talabani (Jalal Talabani) para que viesse ao Iraque", disse à Reuters o vice-ministro iraquiano das Relações Exteriores, Labeed Abawi.

Um assessor de Ahmadinejad, que pediu para não ter sua identidade revelada, afirmou: "Ouvimos informações a respeito disso, mas nenhuma data foi ainda estipulada."

Tanto Talabani quanto o primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, já visitaram o Irão, um país xiita que, segundo alguns analistas, possui uma influência maior sobre o Iraque do que os EUA.

Ahmadinejad aceitou o convite em um momento de grande tensão entre os governos norte-americano e iraniano. Os EUA acusaram o Irão de ameaçar seus navios de guerra no estreito de Hormuz, no começo deste mês.

Os dois países também se desentendem por causa do programa nuclear iraniano e por causa do que os norte-americanos descrevem como a "influência negativa" do Irão dentro do Iraque ao supostamente armar e treinar milícias xiitas. O Irão nega as acusações e afirma estar comprometido com a paz no território vizinho.

O governo iraquiano, aliado dos EUA e ainda dependente das forças norte-americanas para proteger suas fronteiras, afirmou não querer ficar preso em qualquer tipo de fogo cruzado mantido entre a potência mundial e os iranianos. [fonte]

Amado e homólogo iraniano confirmam contactos sobre gás


Os ministros dos Negócios Estrangeiros de Portugal e do Irão confirmaram hoje a existência de contactos regulares entre empresas dos dois países para a exploração conjunta de gás.

«Há, há vários meses, contactos para - creio - a exploração conjunta de um campo no Irão. Esses contactos desenvolvem-se na esfera das empresas e não são, necessariamente, objecto de qualquer decisão política», disse Luís Amado à imprensa depois de receber em Lisboa o homólogo iraniano, Manuhcher Mottaki.

O ministro iraniano confirmou igualmente esses contactos, sublinhando que «a energia faz parte das relações entre os dois países há longa data», e precisou que, no caso do gás, «houve algumas negociações há alguns meses entre empresas dos dois países» que, quando forem concluídas, «vão dar um novo passo no relacionamento económico» luso-iraniano.

De acordo com o jornal Diário de Notícias, a petrolífera portuguesa Galp está em negociações com a empresa de petróleo do Irão para entrar na exploração e produção de gás natural liquefeito naquele país.

Mottaki já tinha evocado, na sua declaração inicial à imprensa, as «relações de amizade de muitos séculos» entre Portugal e o Irão e o «grande potencial para o desenvolvimento» dessa relações, «especialmente na área energética».

Luís Amado referiu-se também a essas relações seculares e às actividades que várias empresas portuguesas desenvolvem no ou com o Irão, mas sugeriu que as relações bilaterais beneficiariam de um melhor relacionamento do Irão com a comunidade internacional.

«A nossa preocupação, agora, é criar condições estratégicas e políticas que permitam desenvolver muito mais as relações económicas, comerciais e culturais entre os dois países», disse o ministro português.

«Para isso, é necessário criar uma cultura de confiança nas relações entre os nossos governos e os nossos Estados que permita ao Irão abrir-se a todas as potencialidades de relacionamento com a comunidade internacional, na qual Portugal se insere», acrescentou Amado. [fonte]

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Presidente do Irã deve realizar visita histórica ao Iraque

BAGDÁ, Iraque (Reuters) - O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, aceitou um convite para visitar Bagdá, afirmou na quarta-feira o Ministério das Relações Exteriores do Iraque.

A viagem história faria de Ahmadinejad o primeiro dirigente iraniano a colocar os pés dentro do ex-rival.

Na década de 1980, o Irã e o Iraque travaram uma guerra de oito anos em que centenas de milhares de pessoas foram mortas. Mas as relações entre os dois países melhoraram depois de o ditador iraquiano Saddam Hussein ter sido derrubado do poder na invasão liderada pelos EUA, em 2003, e de um governo comandado por xiitas ter assumido o comando do Iraque.

"O presidente Ahmadinejad aceitou um convite feito pelo presidente Talabani (Jalal Talabani) para que viesse ao Iraque", disse à Reuters o vice-ministro iraquiano das Relações Exteriores, Labeed Abawi.

Um assessor de Ahmadinejad, que pediu para não ter sua identidade revelada, afirmou: "Ouvimos informações a respeito disso, mas nenhuma data foi ainda estipulada."

Tanto Talabani quanto o primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, já visitaram o Irã, um país xiita que, segundo alguns analistas, possui uma influência maior sobre o Iraque do que os EUA.

Ahmadinejad aceitou o convite em um momento de grande tensão entre os governos norte-americano e iraniano. Os EUA acusaram o Irã de ameaçar seus navios de guerra no estreito de Hormuz, no começo deste mês.

Os dois países também se desentendem por causa do programa nuclear iraniano e por causa do que os norte-americanos descrevem como a "influência negativa" do Irã dentro do Iraque ao supostamente armar e treinar milícias xiitas. O Irã nega as acusações e afirma estar comprometido com a paz no território vizinho.

O governo iraquiano, aliado dos EUA e ainda dependente das forças norte-americanas para proteger suas fronteiras, afirmou não querer ficar preso em qualquer tipo de fogo cruzado mantido entre a potência mundial e os iranianos. [fonte]

Ahmadinejad: a nova resolução da ONU sobre o nuclear “não terá consequências”

A nova resolução da ONU para dissuadir Teerão de desenvolver armas nucleares, que obteve ontem o acordo dos membros permanentes do Conselho de Segurança, “não terá consequências”, disse hoje o Presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad.

“A nossa posição é muito clara. Para nós, o caso nuclear está encerrado”, declarou Ahmadinejad, citado no site da Internet da televisão estatal.

Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU “adoptaram uma resolução sem consequências”, acrescentou.

Ontem não foi divulgado o teor do texto acordado, mas um alto responsável norte-americano, citado pela AFP e Reuters, adianta que a resolução “acentua a severidade das sanções” já adoptadas contra o regime iraniano e “acrescenta novos elementos”.

Em causa estará, segundo a mesma fonte, um reforço do congelamento de contas bancárias no estrangeiro e da proibição de concessão de vistos a personalidades ligadas ao regime. [fonte]

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Gaza: Irão apela levantamento popular contra crimes israelitas

O Irão defendeu hoje um levantamento popular nos países islâmicos contra os «crimes» e o bloqueio imposto por Israel à Faixa de Gaza, que causou a interrupção do fornecimento de electricidade da única central do território palestiniano.

«Os Estados Unidos e seus aliados são os protectores da entidade sionista (Israel) que comete esses crimes contra o povo palestiniano em Gaza», disse o presidente do Parlamento iraniano, Gholam Haddad Adel, citado pela agência Irna.

«O mundo islâmico deve fazer frente a esses crimes, e não permanecer com os braços cruzados», acrescentou, durante uma sessão no Legislativo, classificando de «vergonhoso o silêncio» das organizações internacionais.

A Faixa de Gaza, controlada pelo movimento islâmico Hamas - apoiado pelo Irão - «é alvo quase diariamente de violentos ataques israelitas e está agora à beira de uma crise humanitária, os seus habitantes precisam urgentemente de combustível, água e electricidade», acrescentou.

Vários países árabes condenaram os recentes ataques e as medidas punitivas israelitas contra a população de Gaza, tendo o Irão pedido na semana passada a realização de uma reunião de emergência da Organização da Conferência Islâmica (OCI), integrada por 57 países, para discutir a situação. [fonte]

MNE iraniano em Lisboa para conversar com Galp

O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão vai estar em Portugal amanhã para acelerar contactos com vista a um acordo com a Galp e outros desenvolvimentos das relações bilaterais, soube o DN de fontes ligada ao processo. Manucher Mutaki (na foto com um representante da Associação de Amizade Portugal Irão, Flávio Gonçalves - nde) lidera uma delegação “multidisciplinar”, que deverá “reforçar o que foi conseguido durante a recente visita do ministro do Petróleo”, revelaram as mesmas fontes.

Um acordo comercial com a petrolífera portuguesa poderá ser o primeiro passo para outros voos mais altos.

Manucher Mutaki deverá encontrar-se com Luís Amado, ministro dos Negócios Estrangeiros português, com Jaime Gama, presidente da Assembleia da República, e com “outras personalidades” nacionais. Um encontro com o primeiro-ministro José Sócrates estava ontem ainda por confirmar.

Segundo o DN noticiou no passado dia 5 de Outubro, a NIOC, empresa nacional de petróleo do Irão, tinha nessa altura já dado início a negociações com a Galp no sentido de a petrolífera portuguesa entrar na exploração e produção de gás natural liquefeito naquele país. A informação foi na altura transmitida pelo director-executivo da empresa iraniana e representante especial do ministério dos petróleos no Irão, Hojotollah Guanimifard. Segundo aquele responsável, uma delegação de duas pessoas da Galp Energia tinha-se deslocado há alguns meses ao Irão para discutir esse assunto. “Foi um primeiro contacto, depois disso já recebemos uma carta da Galp a solicitar mais informações, à qual respondemos e temos mantido contactos”, afirmou.

Guanimifard disse então que ficaria “muito satisfeito” se fosse possível chegar a uma parceria. Contudo, não escondeu que há outras empresas estrangeiras em jogo, cujas propostas o Irão estaria a valiar. “Estamos num processo de escolha”, sustentou, não deixando no entanto de salientar que o mercado português de gás também seria olhado pelo Irão “como uma nova janela de oportunidade na Europa”.

O mesmo responsável assegurava na altura que ainda não estava a discutir blocos a atribuir à Galp. Apenas se estava a falar de zonas de exploração, adiantou, entretanto, uma fonte da petrolífera portuguesa. O director executivo da NIOC sublinhou ainda a longa relação que a sua empresa mantém com a Galp, como sua fornecedora de petróleo. A NIOC fornece à Galp 12 mil barris de petróleo por dia. [fonte]

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Irão recebe terceiro lote de combustível nuclear


O Irão recebeu hoje um terceiro lote de combustível nuclear para a central de Bushehr, que está a ser construída por empresas russas, noticiou a agência RIA-Novosti.

Trata-se de uma carga de 11 toneladas de urânio que, de acordo com fontes do Organismo de Energia Nuclear do Irão, faz parte de um conjunto de cinco lotes que serão fornecidos pela Rússia, mediante o calendário estabelecido.

O director da companhia russa Atomstroiexport, Serguei Chmatko, que está a construir a central nuclear iraniana, Bushehr só entrará em funcionamento em 2009.

Porém, o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Manuchehr Mottaki, declarou que a central começará a trabalhar a 50 por cento da capacidade antes do Verão.

A Rússia começou a fornecer combustível nuclear para a central de Bushehr em 16 de Dezembro passado. Ao todo, Moscovo deverá enviar para o Irão 82 toneladas de combustível nuclear.

As autoridades russas sublinharam que estes fornecimentos estão a ser realizados sob o controlo da Agência Internacional para Energia Atómica (AIEA).

Os Estados Unidos não esconderam a sua insatisfação face à cooperação russo-iraniana no campo nuclear.

"O Irão não precisa de aprender a enriquecer urânio se o combustível nuclear para os reactores é fornecido pela Rússia", declarou o Presidente norte-americano, George W. Bush, na sequência do anúncio do envio do primeiro fornecimento de urânio de Moscovo para o Irão, no passado mês de Dezembro.

Por sua vez, o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, considerou que "a Rússia não vê necessidade económica para a continuação do programa de enriquecimento de urânio pelo Irão".

O líder espiritual do Irão, Ali Khamenei, sublinhou já que o país irá continuar a enriquecer urânio para garantir combustível para as futuras centrais nucleares. [fonte]

Ahmadinejad diz que Bush não conseguiu semear divisão no Médio Oriente


O Presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, congratulou-se hoje por o seu homólogo americano, George W. Bush, não ter conseguido “semear a divisão” entre os países do Médio Oriente durante o périplo que realizou na última semana.

O Presidente americano “quis semear a divisão entre os povos da região, mas a sua viagem, para consumo interno devido à aproximação das presidenciais, não teve o efeito esperado”, declarou o dirigente iraniano, durante uma entrevista à televisão por satélite Al-Jazira.

“Esta viagem foi um fracasso”, garantiu Ahmadinejad, sublinhando que Bush não conseguiu convencer os seus aliados árabes da “ameaça” que o regime iraniano representa aos seus olhos.

Questionado sobre a possibilidade de um ataque militar americano ao Irão, Ahmadinejad reafirmou que “o povo iraniano sempre soube defender os seus direitos”, acrescentando que “os agressores sabem que se arrependerão” de qualquer imprudência.

Ainda assim, o Presidente iraniano não acredita que um ataque possa ser lançado contra o seu país, uma vez que os avisos feitos por Washington “servem apenas para camuflar os seus fracassos e falhas”.

George W. Bush visitou durante uma semana vários países do Golfo Pérsico, depois de uma passagem por Israel e pelos territórios palestinianos, numa deslocação em que repetiu por várias vezes a necessidade de enfrentar a ameaça iraniana. Washington suspeita que Teerão esteja a usar o seu programa nuclear para desenvolver bombas atómicas e acusa o país de ser o principal financiador e fornecedor de grupos terroristas activos na região.

Os países árabes, apesar da desconfiança com que encaram o protagonismo crescente do vizinho persa, mostram-se reticentes em apoiar a escalada de confrontação movida por Washington contra o regime iraniano.

Ontem, o chefe da diplomacia do Kuwait, aliado dos EUA na região, classificou o regime iraniano como “amigo” do país, depois de no dia anterior o seu homólogo saudita ter dito que o Irão “é um país importante para a região”. [fonte]

Presidentes egípcio e turco contra acção militar no Irão

Cairo, Egipto (PANA) - O Presidente egípcio, Hosni Mubarak, e o seu homólogo turco, Abdullah Gul, advertiram contra a utilização da força contra o Irão para lhe obrigar a renunciar às suas ambições nucleares.

Durante uma conferênca de imprensa conjunta no Cairo, o Presidente Mubarak declarou que a situação necessita uma solução outra que as bombas e a invasão.

"Não temos nenhum pormenor sobre o programa nuclear iraniano, mas se tal programa representar um perigo deve-se remediar de maneira pacífica", declarou o Presidente Mubarak.

"A utilização da força não é necessária porque pode ter consequências graves na região e no mundo", acrescentou o Presidente egípcio, que devia reunir-se quarta-feira com o seu homólogo norte-americano, George Bush, durante algumas horas.

"Os problemas devem ser resolvidos por via diplomática", acrescentou, por seu turno, o Presidente turco.

George Bush, que termina um périplo de oito dias pelo Médio Oriente, declarou nos Emirados Árabes Unidos que o Irão se tornou "o principal padrinho do terrorismo mundial" e a maior ameaça para a estabilidade da região com a Al Qaeda.

"É por isso que os Estados Unidos estão a reforçar os seus compromissos de segurança de longa data com os seus aliados no Golfo e no mundo inteiro para fazer face ao perigo antes que não seja muito tarde", declarou o Presidente Bush.

O Egipto sempre expressou a sua preocupação pela opção militar contra o Irão.

Os Estados Unidos acusam o Irão de usar energia nuclear para fabricar uma bomba nuclear.

O Governo iraniano lembra que o seu programa não visa desenvolver uma bomba, mas satisfazer a forte procura de energia nuclear da sua população em crescimento. [fonte]

Presidente iraniano diz que Israel matou palestinos com consentimento de Bush

GAZA (AFP) — O presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, afirmou nesta quarta-feira que o presidente americano, George W. Bush, deu "sinal verde" para as operações israelenses que deixaram 19 palestinos mortos em Gaza, informou um porta-voz do grupo islamita Hamas.

Ahmadinejad fez esses comentários durante uma conversa telefônica com o primeiro-ministro do Hamas em Gaza, Ismail Haniyeh (que não tem o reconhecimento da comunidade internacional), precisou o porta-voz de seu gabinete, Taher Al Nunu.

"O presidente iraniano Ahmadinejad ligou para o primeiro-ministro Ismail Haniyeh para apresentar suas condolências ao povo palestino e ao dr. Mahmud Zahar pela perda de seu filho", indicou Nunu.

Um filho de Zahar, que era um dos líderes mais influentes do Hamas, é uma das 19 vítimas da operações israelenses.

Bush realizou na semana passada uma visita a Israel e aos territórios palestinos em sua viagem pela região. [fonte]

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Irão está disposto a resolver questão nuclear

O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Ali Bagheri, assegurou hoje em Madrid que o Irão está preparado para resolver «definitivamente» as divergências com a comunidade internacional sobre o respectivo programa nuclear.

Em conferência de imprensa por ocasião da sua participação no 1º Fórum da Aliança de Civilizações, Bagheri assegurou que actualmente «as circunstâncias são muito favoráveis» e que o Irão «está a preparar-se para resolver definitivamente a questão».

O vice-ministro lembrou que o último relatório do director-geral da Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA), Mohamed ElBaradei, «demonstrava que tinham sido solucionadas algumas das ambiguidades que existiam relativamente à questão nuclear».

Bagheri reprovou «os dois pesos e duas medidas internacionais» utilizados pelos seis países que participam nas negociações, recriminou os Estados Unidos pela sua ingerência na solução do problema, e também os «unilateralistas que querem que a Europa não tenha um papel destacado a nível mundial».

Neste sentido, insistiu em que as circunstâncias actuais são muito favoráveis e que, na sua opinião, um fracasso nesta questão representaria «um fracasso da Europa no seu papel internacional».

Bagheri reiterou que «as acções nucleares iranianas são totalmente transparentes» e criticou o presidente norte-americano, George W. Bush, pela sua atitude e declarações que fez no périplo por vários países árabes, «algo que não ajuda à calma e tranquilidade na região», disse.

Considerou ainda que os países da região «não têm problemas entre si».

«Bush, da mesma forma como disse querer levar segurança ao Afeganistão, e tranquilidade ao Iraque, com toda certeza quer fazer o mesmo noutras áreas do Golfo», ironizou. [fonte]

Irão: Governo considera de fracasso visita de Bush ao Golfo Pérsico


Teerão, 14/01 - O governo iraniano considerou domingo que os seus vizinhos árabes fizeram fracassar o plano do presidente dos EUA, George W. Bush, de isolar o país.

O governo iraniano minimizou a importância das advertências de Washington contra Teerão após o incidente de domingo último no Estreito de Ormuz.

O porta-voz do Ministério iraniano dos Negócios Estrangeiros, Mohamad Ali Hosseini, também declarou que a viagem de Bush pelo Médio Oriente e o Golfo Pérsico tem como objectivo "apoiar interesses" de Israel "contra os palestinianos" e incitar os países árabes contra o Irão.

"Os países da região fizeram fracassar os planos de Bush contra o nosso país e fortaleceram a sua cooperação com a República Islâmica", disse Hosseini, segundo a rede de televisão iraniana "Alalam".

Bush, que chegou hoje aos Emirados Árabes Unidos (EAU), após ter visitado Barein, Koweit, Cisjordânia e Israel, lançou novas advertências contra o Irão durante a sua viagem.

Além disso, voltou a acusar Teerão de apoiar milícias insurgentes no Iraque, algo negado pelas autoridades locais.

O presidente dos Estados Unidos ainda se referiu às ameaças, segundo a versão do Pentágono, de lanchas iranianas à navios militares norte-americanos no Estreito de Ormuz, e alertou o Irão para que acções similares não se repitam, já que poderiam ter "sérias consequências". [fonte]

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Israel admite todas opções para impedir Irão nuclear


O primeiro-ministro israelita, Ehud Olmert, advertiu hoje no Parlamento que Israel «não rejeita qualquer opção» para impedir o Irão de obter a bomba atómica, afirmou um participante da sessão parlamentar que pediu para não ser identificado.

Segundo a fonte, esta afirmação de Olmert, feita durante uma reunião da comissão parlamentar de Defesa e dos Negócios Estrangeiros, é a indicação mais clara feita até agora pelo primeiro-ministro de que Israel tenciona utilizar a força militar para destruir as ambições nucleares de Teerão.

«Israel claramente não se conciliará com um Irão nuclear», disse ainda Olmert, segundo a fonte.

«Todas as opções para prevenir o Irão de adquirir capacidades nucleares são legítimas conforme o contexto de como abordaremos este assunto», terá adiantado Olmert.

Esta reunião da comissão parlamentar surge dias depois de Olmert ter discutido as ambições nucleares de Irão com o presidente norte-americano, George W. Bush, em Jerusalém.

Em Jerusalém, Bush declarou que o Irão continuava a ser «uma ameaça para a paz mundial», mas reafirmou o compromisso de tentar resolver a crise sobre o programa nuclear iraniano diplomaticamente.

Israel, que enviou aviões de guerra em 1981 para destruir um reactor não acabado no Iraque, também tinha defendido até hoje uma solução diplomática para a crise com Teerão.

Israel considera o Irão o inimigo mais perigoso e não acredita que o programa nuclear iraniano se destine apenas a produzir energia. [fonte]

Irã envia mensagens a países vizinhos para conter pressão de Bush

O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, reiterou sua disposição em reforçar a cooperação econômica e na segurança com seus vizinhos árabes, aparentemente para conter a pressão exercida pelo presidente dos EUA, George W. Bush, sobre tais países.

Ahmadinejad enviou mensagens aos governantes da Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos (EAU), Qatar, Bahrein, Omã e Kuait --países que integram o Conselho de Cooperação do Golfo (CCG)-- como informaram nesta segunda-feira fontes iranianas.

Bush, que chega hoje à Arábia Saudita para mais uma etapa de sua visita ao Oriente Médio e ao golfo Pérsico, fez ontem novas advertências ao Irã, país acusado pelo presidente americano de patrocinar o terrorismo e de ameaçar os vizinhos do CCG.

Segundo as fontes iranianas, nas mensagens de Ahmadinejad que foram entregues aos embaixadores do CCG em Teerã, o presidente iraniano propõe um plano de cooperação econômica e outro de segurança apresentado em dezembro ao bloco árabe.

O plano, cujo objetivo é "evitar a intervenção estrangeira [em aparente alusão aos EUA] no golfo", segundo o próprio Ahmadinejad, destaca também a cooperação nos campos de investimento, ensino e turismo, assim como o fortalecimento do setor bancário e a proteção do meio ambiente, entre outros.

Além disso, o plano inclui o estabelecimento de uma "rota de norte a sul do golfo para a exportação de energia", e propõe a anulação dos vistos e a permissão para a livre aquisição de imóveis por cidadãos das duas partes, além da criação de uma zona de livre-comércio.

Em suas mensagens aos líderes do CCG, Ahmadinejad lembrou que eles tinham prometido estudar sua proposta, e destacou a importância entre os países da região nos âmbitos político, econômico, cultural e de segurança, acrescentaram as fontes.

O ministro de Relações Exteriores iraniano, Manouchehr Mottaki, repudiou ontem as acusações de Bush de que o Irã apóia o terrorismo, e afirmou que isso "demonstra o fracasso" de sua visita ao Oriente Médio.

Bush iniciou sua viagem na quarta (9) em Israel, e já passou por Cisjordânia, Kuait e Bahrein.
O presidente deve concluir a visita nesta quarta-feira (16), após uma breve passagem pelo Egito. [fonte]

sábado, 12 de janeiro de 2008

ElBaradei se reuniu com Ahmadinejad e com autoridade nuclear iraniana

O diretor geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Mohamed ElBaradei, se reuniu neste sábado pela manhã com o presidente do Irã, Mahmud Ahmadinejad e com o chefe do programa nuclear, Said Khalili, indicaram as agências de notícias iranianas.

ElBaradei e Khalili falaram sobre as "atividades nucleares do Irã, sobre a cooperação entre Teerã e a AIEA e sobre os meios para que as negociações entre o Irã e o grupo 5+1 sejam retomadas", informou a agência Mehr.

Sobre o encontro entre ElBaradei e Ahmadinejad nenhuma informação foi fornecida.

O grupo 5+1 reúne os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, ou seja China, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Rússia, e a Alemanha.

Neste sábado à tarde o diretor da AIEA deverá se reunir com o líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, que tem a última palavra nos assuntos mais importantes do país, em especial a questão nuclear.

Até o momento, Khamenei rejeitou qualquer possibilidade de suspender o programa iraniano de enriquecimento de urânio, como exige o Conselho de Segurança da ONU.

Essa reunião foi classificada de muito importante em Teerã.

Na sexta-feira, após uma reunião de duas horas com o chefe da Organização Iraniana de Energia Atômica, Gholamreza Aghazadeh, o diretor geral da AIEA pediu que Teerã acelere sua cooperação com o organismo internacional "para esclarecer todos os assuntos pendentes" e mostrar um "máximo de transparência".

O Irã se comprometeu em agosto passado a dar todas as respostas necessárias à AIEA antes do final de 2007. Mas ElBaradei deu a entender que ainda resta muito trabalho a ser feito.

ElBaradei pediu a Teerã que aumente sua cooperação para que possa apresentar um relatório ao conselho de governadores da AIEA, que deverá se reunir em março. [fonte]

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Irão: Governo divulga vídeo sobre incidente com navios americanos

Teerão, 10/01 - O Irãdivulgou um vídeo mostrando a sua versão do incidente que ocorreu entre embarcações iranianas e navios americanos no domingo no Estreito de Ormuz.

Neste vídeo, não há sinal de agressão ou de um comportamento ameaçador por parte dos iranianos, como havia sido alegado pelos Estados Unidos, que, na terça-feira, também divulgaram um vídeo do incidente.

No vídeo divulgado pelo Irão, um iraniano aparece a falar em um rádio de mão se identificando e pedindo que os navios americanos indiquem a sua rota e velocidade. "Navio de número 73, esta é uma patrulha iraniana", diz o iraniano.

"Este é o navio de número 73. Eu estou operando em águas internacionais", responde o americano.

No entanto, as imagens duram pouco mais de 5 minutos e não mostrariam todo o incidente, que, segundo os americanos, teria durado 20 minutos.

Na terça-feira, a Marinha americana divulgou um vídeo que diz confirmar a sua alegação de que lanchas iranianasa teriam ameaçado explodir navios americanos.

O incidente ocorreu no domingo quando três embarcações americanas navegavam pelo Estreito de Ormuz, entre a Península Arábica e o Irão. [fonte]

O Kuwait não quer ser usado para eventual ataque ao Irão


Aliado fiel dos Estados Unidos, que o libertaram em 1991 da ocupação iraquiana, o Kuwait acolhe hoje o Presidente George W. Bush como amigo, mas com receios quanto às intenções norte-americanas em relação ao Irão.

Em Março de 2003, o emirado serviu de base principal para invadir Bagdad e derrubar Saddam Hussein. E continua a servir de rota de passagem para as tropas que vão e vêm do Iraque. No entanto, tal como outras monarquias do golfo que dependem de Washington para a sua protecção, o Kuwait teme agora que Bush venha em busca de apoio para uma acção militar contra o vizinho Irão.

Vários responsáveis do emirado, da Defesa aos Negócios Estrangeiros, já por diversas vezes afirmaram que não vão oferecer o seu território aos EUA para um eventual ataque à república dos mullahs. Os dirigentes kuwaitianos, que mantêm boas relações com Teerão, têm clamado frequentemente por uma resolução pacífica da crise gerada pelo dossier nuclear iraniano.

O Kuwait é a primeira das quatro monarquias do golfo Pérsico no programa da viagem de Bush que começou em Israel, na quarta-feira, e termina no Egipto, no dia 16.

Logo após a sua chegada, Bush evocará com o emir, xeque Sabah Al-Ahmad Al-abah, o programa atómico iraniano, o processo de paz israelo-árabe e a situação de quatro kuwaitianos detidos em Guantánamo.

O emirado continua extremamente grato aos EUA pela coligação internacional que George H. Bush, pai de George W., formou em 1991 para pôr fim a sete meses de ocupação pelo Exército de Saddam. O anterior Presidente foi recebido como um herói e coberto de presentes quando visitou o Kuwait, em 1993, depois de ter deixado a Casa Branca.

Desde então, as relações bilaterais foram reforçadas, sobretudo no domínio militar, tendo os dois países assinado um pacto de defesa, até 2012. O Kuwait gastou também milhões de dólares para adquirir material militar norte-americano destinado a modernizar as suas forças armadas.

Em Dezembro de 2007, o Pentágono informou o Congresso da sua intenção de vender aos kuwaitianos equipamento e armas no valor de 1360 milhões de dólares, com o objectivo de melhorar o sistema de defesa antimíssil Patriot, instalado no país onde funciona uma das maiores bases militares dos EUA na região - Camp Arifjan -, com uma presença permanente de cerca de 15 mil soldados. [fonte]

Irão anuncia que iniciou «nova fase» com AIEA

A cooperação entre o Irão e a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) entrou numa «nova fase», afirmou hoje o assessor internacional do Organismo de Energia Atómica do Irão, Mohammed Saidi.

«Considerando a cooperação activa com a AIEA e os acordos em questões importantes sobre o caso nuclear iraniano, as relações entre Teerão e a agência entraram em uma nova fase», disse Saidi, citado pela agência iraniana Irna.

As declarações de Saidi coincidem com a chegada a Teerão do director da AIEA, Mohamed ElBaradei, para discutir durante dois dias com as autoridades do país as respectivas actividades nucleares.

Os Estados Unidos e a União Europeia (UE) suspeitam que o Irão continua com o respectivo programa nuclear, inclusivamente com o enriquecimento de urânio, para conseguir o conhecimento necessário para construir armas nucleares, algo que Teerão nega.

O responsável iraniano acrescentou que a solução das questões pendentes entre o Irão e a AIEA representará uma «normalização» das relações e o caso nuclear iraniano deixará de ser tratado pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Desde Fevereiro de 2006, o Conselho de Segurança é encarregado do chamado «dossier iraniano» e adoptou desde então duas resoluções com sanções diplomáticas e comerciais contra a República Islâmica do Irão.

Os países-membros do Conselho, principalmente os EUA, a França e o Reino Unido, acusam o Irão de ter violado várias normas da AIEA ao não informar a comunidade internacional sobre algumas actividades nucleares e por não querer suspender o enriquecimento como uma medida para gerar confiança.

No sermão de sexta-feira em Teerão, o ayatollah Ahmad Khatami pediu hoje a ElBaradei que encerre as diferenças entre a AIEA e o seu país, e que apresente um relatório «realista e positivo» sobre as actividades nucleares iranianas.

Khatami insistiu em que as actividades nucleares do Irão sempre tiveram fins pacíficos. [fonte]

Maradona presenteia Ahmadinejad com camiseta da Argentina


TEERÃ - O ex-jogador argentino Diego Maradona presenteou o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, com a camiseta da seleção argentina com o número 10, informou hoje a agência "Irna".

A agência estatal iraniana afirmou que Maradona, que foi convidado a viajar ao Irã, enviou a camisa a Ahmadinejad através do embaixador iraniano em Buenos Aires.

Em dezembro, Maradona expressou sua solidariedade - "de todo o coração" - ao povo iraniano e mostrou seu desejo de conhecer Ahmadinejad, segundo o jornal "Página/12".

"Já conheci (Hugo) Chávez e Fidel (Castro). Agora só falta conhecer seu presidente. Quero conhecer Ahmadinejad", afirmou na época.

Segundo a "Irna", o ex-jogador descreveu o presidente iraniano como um "corajoso, que reivindica a justiça".

Ahmadinejad afirmou hoje, em um encontro com embaixadores e diplomatas iranianos credenciados na América Latina, que os povos da região estão "oprimidos".

Ele disse também que as relações entre estes países e o Irã não estão fundadas apenas "no aspecto econômico e material, mas também no bem-estar e no progresso das nações". [fonte]

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Irão nega «ataque» a navio dos EUA

Podia ter sido o rastilho de uma nova guerra entre os Estados Unidos da América e o Irão. No último fim-de-semana, em águas internacionais do Estreito de Ormuz, uma pequena lancha iraniana aproximou-se de um navio de guerra norte-americano e avisou que ia explodir. O incidente, visto como uma provocação pela Casa Branca, é pura e simplesmente negado por Teerão.

Os iranianos dizem que as imagens e a gravação áudio divulgados pela marinha norte-americana são material de arquivo. Três navios de guerra norte-americanos navegam no Estreito de Ormuz. Em águas internacionais vêem-se rodeados por umas pequenas e velozes lanchas, ao todo cinco, identificadas como embarcações da Guarda Revolucionária Iraniana. As lanchas chegam a uma distância de duzentos metros das fragatas e começa então um diálogo que podia muito bem ser o início de uma nova guerra.

As ameaças não passaram das palavras numa altura em que os navios de guerra norte-americanos já se preparavam para responder com fogo. Factos referentes ao último domingo veementemente negados por Teerão. Os iranianos dizem que estas imagens são de arquivo, mera propaganda dos americanos, mas a Casa Branca leva as manobras a sério.

George W. Bush, Presidente dos EUA, diz que «para nós isto é uma provocação. É uma situação perigosa. E eles não o deviam ter feito, pura e simplesmente». Mais uma acha para a fogueira na tensão entre Washington e Teerão em vésperas da visita de Bush ao Médio Oriente. [fonte]

Irão: Guardas da Revolução acusam EUA de manipular vídeo do incidente do estreito de Ormuz

Os Guardas da Revolução, força paramilitar iraniana, acusam os Estados Unidos de terem forjado o vídeo ontem divulgado pelo Pentágono onde se vêem lanchas iranianas a aproximarem-se de três navios norte-americanos no estreito de Ormuz e a proferirem ameaças.

Na acusação, divulgada através da cadeia de televisão Press-TV, os Guardas da Revolução afirmam que a imagem difundida pelo Pentágono é de arquivo e que os diálogos, onde as forças iranianas ameaçam ripostar com fogo, são manipulados.

O confronto entre as embarcações dos dois países, teria ocorrido no domingo, no estreito de Ormuz.

Entretanto a Casa Branca avisou o Irão que, face ao grave incidente, o Irão se deve preparar para assumir consequências dos seus actos. Stephen Hadley, conselheiro do Presidente George W. Bush para a segurança nacional, falou hoje, durante a viagem de avião de Bush para Israel, de “actos muito provocatórios” e avisa que os dois países nunca estiveram tão próximo de um confronto entre as forças militares respectivas.

No estreito de Ormuz circulam a maior parte das transacções petrolíferas mundiais. [fonte]

Irão e Estado da Palestina dominam agenda de Bush

George W. Bush inicia, hoje, uma visita de sete dias ao Médio Oriente. A iniciativa do Presidente americano ocorre a, sensivelmente, um ano da sua saída da Casa Branca e quando os Estados Unidos estão já envolvidos na escolha do candidato partidário às presidenciais de Novembro.

Esta viagem, por tudo isso, é encarada como uma espécie de "visita de despedida" de Bush aos seus aliados e amigos, o que não significa, porém, que o Presidente americano não pretenda tirar partido da mesma.

Dois temas dominam a agenda da viagem de George W. Bush: por um lado, sensibilizar os seus anfitriões árabes para a criação, até ao fim do ano, do Estado da Palestina e, por outro lado, conseguir o mesmo apoio para qualquer atitude que Washington decida tomar face a Teerão.

O primeiro objectivo não deverá ser difícil de alcançar: muitos países árabes desejam encontrar uma solução para a questão palestiniana e os próprios palestinianos sabem - tal como o sabem os israelitas - que perder esta oportunidade significa mais oito anos à espera de um Estado com todas as sua consequências.

Bush, que quer deixar na história algo mais do que o fracasso da sua política no Iraque, está também convencido de que conseguirá avançar com o processo de paz israelo-palestiniano. "Penso que temos as estrelas alinhadas, que conseguimos uma oportunidade, e eu vou aproveitar isso", disse o Presidente dos Estados Unidos na entrevista que deu, recentemente na Casa Branca, à cadeia de televisão Al-Arabiya.

Na sua habitual "conversa em família" radiofónica do fim-de-semana, Bush deu conta do seu optimismo face a um avanço das negociações entre Israel e os palestinianos. Até porque, como então recordou, tanto o primeiro-ministro israelita, Ehud Olmert, como o Presidente palestiniano, Mahmud Abbas, se comprometeram durante a reunião de Anápolis (em Novembro) em fazer todos os esforços para chegar a um acordo.

Olmert e Abbas estão, de facto, empenhados em chegar a acordo. Ontem mesmo, os dois dirigentes estiveram reunidos e acordaram em "acelerar" as negociações para conseguir um acordo de paz o mais rapidamente possível, ou seja, antes de Bush deixar a Casa Branca.

Mas nem todos, tanto em Israel como nos territórios palestinianos, estão dispostos em avançar com o diálogo, ou tão pouco em facilitá-lo. Ontem, a Faixa de Gaza foi, por exemplo, palco de manifestações contra a visita de Bush que foi recordado como o homem que "ajudou Sharon a isolar Arafat".

Em Israel, para já, foram os colonos judeus que saíram à rua para recusar a visita do Presidente dos EUA e afirmar que vão continuara a construir nos territórios da Cisjordânia. No entanto, muitos são os que recordam o facto de Bush nunca ter "tido tempo" para visitar Israel desde que entrou na Casa Branca.

Sensibilizar na "luta contra o Irão" será mais difícil, embora George W. Bush acredita poder convencer os seus anfitriões.

"Estarei lá para garantir, para olhar as pessoas no fundo dos olhos e dizer-lhes: acredito que o Irão é uma ameaça; nós temos uma estratégia para o enfrentar; e nós queremos cooperar convosco", disse o Presidente americano à Al-Arabiya. Mas o certo é que , apesar dos países árabes não olharem com bons olhos as diatribes do Presidente iraniano, estão ainda longe de o isolar ou mesmo de tomar uma atitude beligerante contra Teerão. [fonte]

Irão critica périplo de Bush pelo Médio Oriente


O Irão criticou hoje o próximo périplo pelo Médio Oriente do presidente norte-americano, George W. Bush, classificando-o como uma «ingerência» nos assuntos regionais.

«Consideramos esta visita uma interferência nas relações entre os países da região e acto de propaganda», disse o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Mohammad Ali Hosseini, numa conferência de imprensa.

Bush será o primeiro presidente dos Estados Unidos nos últimos nove anos a visitar Israel, inimigo do Irão.

Bill Clinton foi o último presidente norte-americano a fazê-lo, em 1998, tendo estado também na Cisjordânia, quando Yasser Arafat era presidente da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP).

O objectivo da visita de George W. Bush, que o levará também à Cisjordânia e a outros países da região, será ao mesmo tempo estimular o processo de paz entre Israel e os palestinianos, mas também tranquilizar os seus aliados do Golfo sobre o compromisso norte-americano de garantir a sua segurança e conter a crescente influência do Irão.

A visita de Bush também estimulou um norte-americano convertido ao Islão e membro da Al Qaeda a apelar hoje, via Internet, para que os activistas islamistas recebam o presidente dos Estados Unidos «com bombas e automóveis armadilhados» durante a visita.

«Faço um apelo urgente aos nossos irmãos mudjahidines para que acolham o cruzado, o carrasco Bush, não com flores e aplausos, mas com bombas e automóveis armadilhados«, declarou Adam Yahiye Gadahn numa mensagem sonora.

O apelo de Gadahn, pseudónimo de »Azzam, o Americano«, foi posto em linha numa página Internet islamista e a sua autenticidade não foi ainda certificada.

George W. Bush inicia quarta-feira um périplo pelo Médio Oriente, com Israel por ponto de chegada, visitando depois a Cisjordânia, Kuwait, Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Egipto. [fonte]

ElBaradei desloca-se esta semana ao Irão


O director-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Mohamed ElBaradei, desloca-se no fim da semana a Teerão, onde se reunirá com representantes do Governo iraniano para falar sobre o polémico programa nuclear do país.

Segundo um comunicado da AIEA emitido hoje em Viena, ElBaradei foi convidado pelo Governo de Teerão para se reunir com «altos funcionários» na sexta-feira e no sábado.

«O director-geral espera que a visita desenvolva vias e meios para fortalecer e acelerar a aplicação das salvaguardas no Irão», lê-se na nota.

A AIEA destaca que o objectivo da viagem é «resolver todos os assuntos pendentes e possibilitar que a AIEA obtenha mais certeza sobre o passado e o presente das actividades nucleares do Irão».

Segundo uma fonte da AIEA, ElBaradei viajará acompanhado pelo subdirector da agência encarregue de salvaguardas, o finlandês Olli Heinonen.

A viagem de ElBaradei a Teerão coincidirá com a viagem do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, a vários países do Médio Oriente. [fonte]

Teerão quer Bush longe do Médio Oriente

Viagem considerada “uma interferência” na política da região

Presidente dos EUA vai visitar sete países da «zona mais quente do globo». Irão contesta visita, tal como um norte-americano da Al Qaeda O governo do Irão não poupou, ontem, críticas ao próximo périplo pelo Médio Oriente do presidente norte-americano, George W. Bush. “Consideramos esta visita uma interferência nas relações entre os países da região e acto de propaganda”, acusou o porta-voz da diplomacia iraniana, Mohammad Ali Hosseini. Bush inicia quarta-feira uma viagem pelo Médio Oriente, que começa em Israel, sendo mesmo o primeiro presidente dos EUA a visitar Telavive, inimigo número um de Ahmadinejad, nos últimos nove anos. O objectivo do chefe de estado norte-americano, que também vai à Cisjordânia, Kuwait, Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Egipto, é estimular o processo de paz entre Israel e a Palestina e tranquilizar os seus aliados do Golfo sobre o compromisso norte-americano de garantir a sua segurança e conter a crescente influência do Irão. A visita de Bush também estimulou Adam Yahiye Gadahn, um norte-americano convertido ao Islão e membro da Al Qaeda, a apelar, via Internet, para que os activistas islamistas recebam o presidente dos EUA “com bombas e automóveis armadilhados”, uma mensagem cuja autenticidade, à hora de fecho desta edição, ainda não tinha sido confirmada. [fonte]

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Irão: Começa inscrição para candidatos as legislativas


Teerão, 06/01 - O período de inscrição para a apresentação das candidaturas às eleições legislativas iranianas do dia 14 de Março começou no sábado (05) e durará sete dias, informou a televisão pública do Irão.

Segundo dados da comissão eleitoral, 43,700 milhões de pessoas serão convocadas às urnas para escolher os 290 deputados do Conselho da Shura ou Parlamento da República Islâmica.

O actual Parlamento, eleito em 2004, é controlado por deputados conservadores, mas entre os seus membros há ultra conservadores e aberturistas.

Em comunicado, a comissão eleitoral indica que os candidatos a deputado devem ter fé no islão, excepto aqueles que representem minorias religiosas.

Eles também precisam ter nacionalidade iraniana e se submeter à Constituição e ao mandato da máxima autoridade da República Islâmica, o aiatolá Ali Khamenei.

Podem concorrer pessoas que tenham entre 30 e 75 anos e sem antecedentes criminais. [fonte]

Irão defende programa nuclear considerando-o "necessidade nacional"


Numa visita à cidade de Abarkuh, na província de Yazd (centro do país), Khamenei sustentou que a "preserverança" do governo de Teerão constitui "uma necessidade nacional" uma vez que, se não se utilizar a tecnologia nuclear, o Irão "continuará atrás do resto do mundo".

O acesso ao poder científico e à tecnologia nuclear, sustentou Khamenei, "é um direito óbvio do povo iraniano" e advertiu que qualquer retrocesso no processo "dará coragem ao inimigo para avançar", que não nomeou.

Noutro sentido, Khamenei apelou à necessidade de que os eleitores iranianos participem, "em massa", nas eleições legislativas de 14 de Março próximo.

"A juventude viva e motivada do Irão celebrará estas eleições com grande fervor e contra o desejo dos estrangeiros", acrescentou o líder da revolução iraniana, para quem o sentimento de responsabilidade das autoridades de Teerão é "um dos factores que contribuem para os contínuos progressos" do país. [fonte]

Bush apoiará Israel sem reservas em caso de ataque iraniano


O presidente norte-americano, George W. Bush, afirma que os Estados Unidos apoiarão Israel «sem reservas» se for atacado pelo Irão, numa entrevista de que foi hoje difundido um extracto pela rádio militar israelita.

«Em caso de ataque do Irão a Israel, defenderemos o nosso aliado, sem reservas», declarou Bush numa entrevista exclusiva à cadeia pública da televisão israelita, que irá difundi-la na íntegra hoje à noite.

«Se eu fosse israelita, levaria a sério as palavras do presidente iraniano (Mahmud Ahmadinejad)«, referindo-se às ameaças do líder iraniano de »apagar Israel do mapa«.

Para os Estados Unidos e para os países ocidentais, o Irão é suspeito de pretender dotar-se da bomba atómica.

No início de Dezembro, um relatório de síntese dos 16 serviços de informações dos Estados Unidos referia, no entanto, que o programa nuclear militar iraniano foi suspenso em 2003.

Apesar disso, os ocidentais anunciaram que iriam continuar a exercer pressões sobre Teerão para levá-lo a suspender o enriquecimento de urânio, um combustível indispensável ao fabrico de armas nucleares.

O Irão congratulou-se pela publicação do relatório das »secretas« norte-americanas, que a seu ver prova que Washington está enganado sobre os objectivos do programa iraniano.

George W. Bush iniciará quarta-feira um périplo pelo Médio Oriente que o levará a Israel, Cisjordânia, vários países do Golfo e Egipto. [fonte]

sábado, 5 de janeiro de 2008

Judeus querem levar Maradona ao Museu do Holocausto

A comunidade judaica argentina propôs levar o ex-astro do futebol Diego Armando Maradona ao Museu do Holocausto, em Buenos Aires. A intenção do convite é demonstrar ao ex-jogador a existência do genocídio realizado contra a população judaica européia pelo Terceiro Reich nazista durante a Segunda Guerra Mundial. O motivo da preocupação da comunidade judaica argentina - a maior da América Latina - são as declarações, feitas nos últimos dias por Maradona, sobre sua admiração ao presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, cujo governo nega a existência do Holocausto.

Maradona também declarou que pretende visitar Teerã em breve. "Estou, de todo coração com os iranianos", disse, após receber o convite para viajar ao Irã. O intermediário foi o piqueteiro Luis D'Elia - que controla mais de 70 mil militantes do presidente venezuelano, Hugo Chávez, na Argentina - que declarou que as lideranças judaica argentinas são "fascistas".

O presidente da associação beneficente judaica AMIA, Aldo Donzis afirmou que a Justiça argentina "demonstrou grandes suspeitas em relação a lideranças iranianas envolvidas no atentado realizado contra a AMIA" em 1994. No atentado, supostamente realizado pelo grupo terrorista Hizbollah por ordens do Irã, morreram 85 pessoas. Outras 300 foram feridas e mutiladas.

O Centro Wiesenthal também protestou contra as declarações de Maradona. Segundo o diretor de relações internacionais da entidade, Shimon Samuels, o ex-jogador, "com o falso pretexto do antiimperialismo" está "ansioso por reunir-se com um inimigo dos direitos humanos no Irã". Segundo Samuels, Maradona deveria aproveitar sua visita ao Irã para exigir que o governo iraniano esclareça o atentado contra a AMIA".

O ex-astro do futebol argentino é um tradicional crítico dos Estados Unidos e do governo do presidente George W. Bush. Na Cúpula das Américas, realizada no balneário de Mar del Plata em 2005, o ex-jogador liderou uma marcha contra o presidente americano, que estava na cidade para pressionar a favor da Área de Livre Comércio das Américas (ALCA).

Maradona possui uma tatuagem do líder guerrilheiro Ernesto "Che" Guevara" no braço direito e outra com a efígie do presidente cubano Fidel Castro na panturrilha esquerda. Há duas semanas declarou que pretende acrescentar - em uma parte ainda não definida do corpo - uma tatuagem em homenagem a Chávez.

Desde que tornou-se amigo de Chávez, em 2007, Maradona - simultaneamente - transformou-se em um forte defensor do governo de Ahmadinejad. A polêmica coincide com as ameaças de Ahmadinejad de processar o Estado argentino na Justiça internacional por suas acusações sobre o envolvimento do Irã no atentado contra a AMIA. Além disso, a Justiça argentina pediu a captura internacional de diversas lideranças iranianas. [fonte]

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Irão estima aumentar produção de petróleo para 4,5 milhões de barris por dia

Mohamad Javad, é citado pela televisão iraniana Alalam, estimando que a produção actual seja de 4,15 milhões de barris diários. Mas Javad estima que haverá um aumento de 4,2 milhões de barris por dia até o fim do actual ano fiscal no país (que termina em 19 de Março).

Javad acredita mesmo que "segundo o plano de desenvolvimento quinquenal, precisamos elevar nossa produção de petróleo a 4,5 milhões de barris por dia até 2010, mas parece que conseguiremos este objectivo muito antes do programado".

De acordo com a agência de notícias Efe, o ministro da Energia iraniano, Gholam Hussein Nozari, havia calculado em Novembro a produção iraniana em 4,145 milhões de barris por dia e em 4,3 milhões de barris por dia a capacidade produtiva do país. [fonte]

Artur Jorge confirmado como seleccionador do Irão


O português Artur Jorge vai mesmo orientar a selecção do Irão, confirmou esta quarta-feira a Irna, a agência de notícias oficial iraniana. «Artur Jorge é o novo seleccionador do Irão e tem como missão preparar a campanha de qualificação para o Mundial 2010», anunciou a agência noticiosa.

Já a agência Fars adiantou a mesma notícia, citando o porta-voz da Federação Iraniana, Ali Reghbati. A notícia revelou ainda que o treinador português vai fazer-se acompanhar de dois adjuntos da sua confiança, para além de herdar o iraniano Mansour Ebrahimzadeh da equipa técnica anterior.

Recorde-se que Artur Jorge já passou pelas selecções de Portugal, Suíça e Camarões, mas nunca conseguiu estar num Mundial. O português ficou perto de o fazer quando orientou Portugal e os Camarões, mas falhou por pouco.

Para além disso, foi campeão europeu pelo F.C. Porto e orientou o Benfica, o PSG, o Racing de Paris, o Tenerife, o Vitesse, a Académica, o CSKA Moscovo e o Lusitanos de Creteil. [fonte]

Khamenei: Irão não está interessado em relações com os EUA


O guia supremo iraniano, aytollah Ali Khamenei, afirmou hoje que o Irão não tem interesse em restabelecer relações com os Estados Unidos nas actuais condições.

«As condições do governo americano são tais que nos seria prejudicial agora restabelecer relações», afirmou Khamenei num discurso na cidade de Yazd (centro), transmitido pela televisão local.

Os Estados Unidos colocaram como condição para restabelecer um diálogo directo com Irão a suspensão, por parte do regime islâmico, do processo de enriquecimento de urânio. [fonte]

Israel não planeja uma guerra contra o Irã, diz Shimon Peres


O presidente israelense, Shimon Peres, afirmou acreditar que uma guerra contra o Irã não é necessária, mas alertou para o perigo representado pelo atual governo de Teerã, em entrevista publicada nesta quarta-feira, 2, no jornal alemão Süddeutsche Zeitung.

Peres afirma que o presidente iraniano Mahmud Ahmadinejad é perigoso para Israel e a região, mas que outros meios podem ser utilizados para conter essa ameaça.

"Não creio que uma guerra seja necessária contra o Irã", disse Peres ao ser indagado se apoiaria uma ação militar contra esse país.

"Ahmadinejad pode ser deposto por outros meios. As sanções se reveleram um instrumento muito eficiente. As sanções e não uma guerra foram aplicadas contra as armas nucleares da Coréia do Norte", recordou.

"Países como o Irã que ameaçam o futuro da Humanidade não têm futuro. Sobreviveremos a Ahmadinejad", enfatizou. [fonte]

Maradona quer conhecer Ahmadinejad


Maradona recebeu a Mohshen Baharavand, encarregado de negócios do Irão, no sábado após o empate por 9 x 9 em um jogo da modalidade showbol entre Argentina e Brasil em Buenos Aires.

No encontro, o ex-capitão da seleção argentina mostrou disposição de conhecer o líder da república islâmica, o que foi revelado nesta segunda-feira.

«Com todo meu carinho para o povo do Irão», dizia a legenda escrita por Maradona na camiseta que será exposta no Museu de Presentes do Ministério de Relações Exteriores do Irã.

O futebolista argentino, que desde sempre mostra forte oposição à política do presidente norte-americano, George W. Bush, é um fervoroso admirador de Fidel Castro e Hugo Chávez, dois históricos inimigos de Washington.

«Já conheci Fidel e Chávez (...) agora me falta conhecer o seu presidente. Quero conhecer Ahmadinejad», disse Maradona.

«Estou com o povo do Irão, de verdade digo isso com todo o meu coração», acrescentou. [fonte]